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“TECNOLOGIA DE NUVEM PERMITIU À HUMANIDADE UMA TRANSIÇÃO MAIS TRANQUILA NA PANDEMIA”

De acordo com Marcelo Zuffo, alta demanda por serviços em nuvem fez com que tecnologia evoluísse, dando espaço para novas abordagens que transpuseram barreiras até então intransponíveis

cloud computing, ou, como usamos no Brasil, computação em nuvem, é uma tecnologia muito usada atualmente por empresas, que permite a utilização de recursos computacionais de forma remota, ao utilizar a internet. Os serviços envolvidos nesse tipo de tecnologia podem ser de armazenamento, servidores, banco de dados, software, entre tantos outros. O intuito é oferecer recursos da maneira mais rápida possível, economizando o máximo possível.

No geral, os principais benefícios da computação em nuvem são:  custo, desempenho, velocidade, confiabilidade e uma maior produtividade. “Nós podemos simular vários computadores em um único computador. Esse tipo de conceito nós chamamos de virtualização, ou seja, o computador passa a ser virtualizado e passa a ser uma simulação de si próprio. Com isso, podemos simular vários computadores ao mesmo tempo em uma única máquina física, permitindo uma melhor utilização dos recursos computacionais, visto que um computador tem uma taxa de ociosidade muito grande”, explica Marcelo Zuffo, professor do Departamento de Engenharia de Sistemas Eletrônicos da Escola Politécnica da USP.

E, mesmo dentro do conceito de computação em nuvem, podemos encontrar soluções que combinam diferentes serviços. A nuvem híbrida, por exemplo, combina a nuvem privada com um ou mais serviços em nuvem pública. Zuffo comenta que a nuvem híbrida não é só aquela encontrada em grandes corporações e que, inclusive, em um futuro não tão distante, uma família vai poder ter cinco computadores físicos, ao mesmo tempo em que compartilha e virtualiza esses componentes em uma nuvem familiar.

Apesar da dita segurança nesse tipo de serviço, vemos cada vez mais ataques cibernéticos acontecendo ao redor do mundo. Por esse motivo, o professor Zuffo detalha que o assunto é controverso, pois não necessariamente um sistema de computação em nuvem pode oferecer uma maior segurança em ataques desse tipo, porque, ao ser mais complexo, o cloud computing também é mais vulnerável. A vantagem aqui é que os provedores de serviços de nuvem são os responsáveis por dar essa proteção, podendo ser maior ou menor, dependendo do pacote oferecido.

PANDEMIA E O USO INTENSIFICADO DO CLOUD COMPUTING

Antes mesmo da pandemia do coronavírus, a computação em nuvem já passava por uma evolução. Mas, com o advento do vírus, seu uso foi intensificado de uma forma sem precedentes, o que abriu mais espaço no mercado para profissionais da área. Para se ter uma ideia, de acordo com o relatório Impacto Covid-19 no mercado de computação em nuvem, o mercado de serviços de nuvem pode atingir o valor de US$ 295 bilhões até 2021.

“Sem dúvida, a tecnologia de nuvem permitiu que a humanidade tivesse uma transição mais tranquila na pandemia. Rapidamente, e isso foi observado aqui no Brasil também, houve uma transição para os serviços on-line graças à estrutura em nuvem. Infelizmente, em alguns casos, ela saturou, mas, em outros casos, estamos observando também uma evolução tecnológica”, explica Zuffo.

Uma evolução citada pelo professor é o conceito de computação em névoa, aperfeiçoamento que surgiu no momento em que foi percebido que os provedores de serviços em nuvem não estavam conseguindo suprir as demandas da sociedade. A computação em névoa visa a aumentar a capacidade de processamento e armazenamento, já que a computação em nuvem ainda é limitada pela largura de banda.

Fonte: Jornal da USP 

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