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ARTIGO: O MERCADO EM 2021 – EXPECTATIVAS E UMA GRANDE MUDANÇA DE PARADIGMA

Todo o setor econômico brasileiro deverá ser impactado, em 2021, por uma grande mudança de paradigma no consumo de energia, com a implementação do Preço de Liquidação das Diferenças (PLD) Horário

*Por Sergio Jacobsen

Os segmentos de infraestrutura oferecem grandes expectativas neste ano que está começando no Brasil. A exemplo de períodos anteriores, os gargalos do país são diversos em muitos setores, como logística, saneamento, transportes urbanos, acesso à energia, entre outros. No entanto, a perspectiva de novos e relevantes projetos em algumas dessas áreas deve estimular a cadeia produtiva nos segmentos industriais relacionados.

Todo o setor econômico brasileiro deverá ser impactado, em 2021, por uma grande mudança de paradigma no consumo de energia, com a implementação do Preço de Liquidação das Diferenças (PLD) Horário. Por meio desse conceito, a precificação da energia elétrica será definida diariamente e em base horária, e não mais por cálculo em frequência semanal.

A energia elétrica é um dos insumos mais relevantes na composição dos custos de praticamente tudo o que é produzido. Um grande desafio para as empresas será desenvolver sistemas que possibilitem gerenciar o consumo de energia nesse novo cenário. O uso de tecnologia e a gestão de dados estão entre as medidas eficientes para essa finalidade, e muitas soluções que combinam esses dois fatores já são fornecidas pela Siemens.

O Brasil também deve vivenciar o surgimento de novos projetos em vários setores, como o de Papel e Celulose. Com clima ideal para a produção de madeira e grande participação no mercado internacional de celulose, o Brasil deve ter esse segmento em destaque em 2021, especialmente com a valorização do dólar, impulsionando novos investimentos na área.

Outro setor com excelentes prognósticos é o de data centers, cuja importância impacta diversos segmentos de infraestrutura, indústria e serviços. A necessidade de armazenamento, gerenciamento e transição de dados cresceu de forma significativa durante o período de distanciamento social e deve se manter como tendência. A demanda por data centers de alta capacidade continuará criando estruturas extremamente complexas, com demanda por funcionamento ininterrupto e que se beneficiam de sistemas tecnológicos eficientes da Siemens, possibilitando menor consumo de energia.

A mineração também segue como um relevante segmento econômico do Brasil, enfrentando alguns gargalos, inclusive de ordem ambiental. Além de colaborar para que muitas dessas empresas reduzam a pegada de carbono com sistemas tecnológicos inovadores, a Siemens tem trabalhado em colaboração com o setor no desenvolvimento de novas soluções para cenários futuros. Se, atualmente, a sociedade consome grandes quantidades de minerais como ferro, cobre e ouro, em um futuro muito próximo os carros elétricos estarão consumindo cada vez mais baterias especiais, que utilizam lítio, equipamentos hospitalares precisarão de outros minerais raros e, desta forma, o setor tende a se transformar de forma contínua.

O acesso à energia, inclusive em regiões remotas, continua sendo um desafio, enfrentado cada vez mais com a inserção de fontes renováveis no sistema elétrico brasileiro. Soluções para parques de energia eólica e solar estão entre os fornecimentos de alto potencial em 2021. Da mesma forma, o agronegócio também deve absorver investimentos robustos, com foco em geração de energia, por exemplo, em usinas de etanol de milho.

Seja pela inserção de novas fontes renováveis, seja pela necessidade crescente de eficiência nas operações, o sistema elétrico brasileiro tende a incorporar cada vez mais tecnologias digitais, viabilizando benefícios que vão desde manutenções corretivas, preventivas e preditivas, passando por medidas de eficiência energética, até o combate a perdas não técnicas.

Como já aconteceu em 2020, a demanda da sociedade por soluções inovadoras e disruptivas será a chave para a evolução dos segmentos de infraestrutura, e a Siemens mantém-se como parceira nessa jornada pela incorporação tecnológica do Brasil.

*Sergio Jacobsen é CEO da área de Smart Infrastructure da Siemens 

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