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CIDADES SUSTENTÁVEIS

Como as cidades devem pensar em medidas para o desenvolvimento de um urbanismo voltado para a sustentabilidade das cidades 

 

Atualmente, o Brasil enfrenta o crescimento urbano nos moldes de ocupação urbana implementado desde a era industrial. A intensa urbanização pós-moderna das últimas cinco décadas resultou em uma concentração de indústrias. serviços e trabalhadores, tornando as cidades locais de déficit habitacional. Com esse cenário, o urbanismo sustentável não deve ser entendido como um estilo de vida alternativo para a minoria da população preocupada com as questões ambientais, mas como uma forma de apropriação do espaço urbano que vai de encontro com as necessidades emergenciais apresentadas à sociedade.

O urbanismo sustentável não tem como objetivo propor uma freada na expansão das cidades, mas desenvolver espaços a partir de alternativas tecnológicas e eficientes que, além de buscarem não destruir ou esgotar os recursos ecológicos, promovem a gestão inteligente, acessibilidade e a promoção da diversidade. Os valores sustentáveis propostos dentro da arquitetura e urbanismo estão ligados à recuperação das vias da cidade como espaço de convivência da população, possibilitando a ocupação desses espaços de forma inteligente e sustentável.

A aprovação da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), após mais de vinte anos de discussões no Congresso Nacional, marcou uma articulação essencial entre os Municípios, o setor produtivo e a sociedade civil na busca de soluções para a gestão de resíduos sólidos.

A partir de agosto de 2010, o cidadão passou a ser responsável pela disposição correta do resíduo que gera, sendo que o setor privado ficou responsável pelo gerenciamento ambientalmente correto dos resíduos sólidos, pela sua reincorporação na cadeia produtiva e por soluções inovadoras e sustentáveis. Já o setor público é responsável pelo planejamento e gestão de planos para administrar os resíduos sólidos, além de garantir os instrumentos previstos no PNRS.

A implementação de um plano de gestão para a área não proporciona apenas benefícios ambientais, como também pode adquirir um valor comercial, sendo utilizado como matéria prima, proporcionando abertura de novos mercados, gerando emprego, etc. Nesse sentido, gera-se uma economia circular onde os insumos são utilizados para a produção de novos produtos, não existindo o conceito de resíduos.

O uso inteligente dos recursos disponíveis por meio da aplicação de novas tecnologias acaba sendo um fator desencadeador da disseminação da filosofia de cidades sustentáveis. O conceito é caracterizado por serviços avançados, um alto grau de inovação por meio do uso considerável de TICs e pela presença de processos abertos, multipolares, integrados e compartilhados, direcionados à melhoria da qualidade de vida dos cidadãos.

 

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