Como cidades humanas, resilientes e inclusivas devem se adaptar ao cenário do envelhecimento crescente da população.
De acordo com a segunda edição do Índice de Desenvolvimento Urbano para Longevidade (IDL), mais da metade dos 876 municípios analisados não estão adequados para o envelhecimento crescente da população. Simultaneamente a isso, com o avanço da medicina e políticas que melhoram a qualidade de vida, o Brasil passa por um processo acelerado de envelhecimento da população e, cada vez mais, as cidades precisam se adaptar a essa nova realidade.
A edição do Índice de 2020, destacou a cidade de São Caetano do Sul (SP) como a cidade mais preparada do país para se viver mais tempo com uma melhor qualidade de vida. Segundo a pesquisa, o município ganha destaque nos eixos de bem-estar, finanças e habitação: foram analisados 50 indicadores divididos em sete variáveis (cuidados de saúde; bem-estar; finanças; habitação; cultura e engajamento; educação e trabalho; e indicadores gerais).
O índice se tornou uma ferramenta para as cidades desenvolverem políticas de adaptação a essa nova realidade. De acordo com Willian Rigon, Diretor Comercial e Marketing e Sócio da Urban Systems e Connected Smart Cities, a realidade brasileira, contudo, ainda possuí diversas particularidades: “Saneamento básico não é mais uma preocupação de países Europeus, por exemplo, assim como a mortalidade infantil, que, infelizmente, traz o Brasil para as primeiras posições. É importante falar de longevidade, porém não podemos esquecer dos problemas de base como saneamento, acesso a água, tratamento de esgoto e mortalidade infantil”.
Nesse contexto, é preciso pensar que uma cidade inteligente envolve recursos tecnológicos, institucionais e humanos, conseguindo alcançar melhores resultados reduzindo custos e esforços. Smart Cities são aquelas que utilizam de ferramentas tecnológicas para se tornarem mais acessíveis com seus idosos, deficientes, mulheres, crianças, trabalhadores e trabalhadoras, negros e indígenas e etc. A longevidade deve ser abordada a partir de uma ótica que reconheça os problemas mais urgentes do país, ao mesmo tempo que trabalha simultaneamente soluções inovadoras para o envelhecimento crescente da população.