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CIDADES INTELIGENTES: UMA VISÃO SISTÊMICA E INTEGRADA

A construção de uma cidade inteligente deve ser feita entendendo os diversos atores que constituem uma sociedade, utilizando a tecnologia e sustentabilidade como meio e não como fim

 

A cidade inteligente é aquela que consegue alcançar melhores resultados reduzindo custos e esforços. Uma das principais aliadas das cidades para diminuir o tempo e custo das operações é a tecnologia que viabiliza um melhor gerenciamento dos serviços. É fundamental que as cidades utilizem novas tecnologias de maneira a estar constantemente encontrando modos mais eficientes e baratos de realizar uma gestão inteligente e sustentável.

Apesar disso, é preciso ter cuidado: a ideia de que cidades inteligentes devem se tornar tecnológicas como um fim é equivocada. A tecnologia sozinha não irá resolver os problemas urbanos em suas totalidades, ainda mais em países como o Brasil, em que muitos desafios ainda estão atrelados à superação da disparidades sociais.

De acordo com Alex Abiko, professor titular da Escola Politécnica da USP e coordenador da CEE-268 da ABNT, Comissão de Estudos Especial 268, Cidades e Comunidades Sustentáveis, a busca por uma cidade sustentável, ou resiliente, ou inteligente não deveria ser um objetivo por si só, sendo cada um desses aspectos trabalhados de maneira isolada, mas sim a busca por uma cidade que tenha atributos que a tornem de forma integrada cada vez mais sustentável, mais resiliente e mais inteligente.

Uma cidade inteligente envolve recursos tecnológicos, institucionais e humanos. Pensando nisso, não basta apenas investir em tecnologia: o engajamento dos cidadãos é essencial para a construção de uma cidade. O ‘cidadão inteligente’ é aquele que auxilia na gestão urbana gerando informações, mapeando e discutindo questões que permeiam a vida urbana- entendendo que esses podem ser autores de soluções criativas e transformadoras para suas cidades.

Smart Cities são aquelas que utilizam de ferramentas tecnológicas para se tornarem mais acessíveis com seus idosos, deficientes, mulheres, crianças, trabalhadores e trabalhadoras, negros e indígenas e etc. É preciso gostar e cuidar das cidades, entendendo que os cidadãos devem se tornar agentes a fim de impactar cada vez mais as decisões sobre o futuro desses espaços.

As cidades, como organismos complexos, devem desenvolver na sua gestão urbana princípios que se aliem a sustentabilidade, que promovam o desenvolvimento de cidades mais inteligentes e acessíveis. As soluções urbanas só podem ser realizadas através de consensos entre todos os atores que participam ativamente da tomada de decisão das cidades, ou seja, é preciso viabilizar o diálogo entre o setor mobiliário e financeiro, empresas públicas e privadas, governo e população e até mesmo entre vizinhos do mesmo bairro.

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