Para Eduardo Polidoro, diretor de Negócios de IoT, a maioria das demandas podem ser atendidas pela tecnologia 4G, que ainda não foi pago
Acelerar a implantação da tecnologia móvel de quinta geração, a 5G, talvez seja como “colocar a carroça na frente dos bois”, pois a maioria das soluções é atendida por 4G, comparou o diretor iOT da Claro, Eduardo Polidoro, durante evento online promovido pela Plataforma Connected Smart Cities. “A telemedicina acabou de ser implementada. Imagina fazer uma cirurgia remota”, exemplificou.
Segundo o diretor, o agronegócio do Brasil não precisa do 5G. “Se eu entregar o 4G ou o 4.5G, o agronegócio vai chorar de felicidade, porque não tem nem 2G hoje”, detalhou. “Não é preciso a 5G, por exemplo, para fazer a condução autônoma de uma colheitadeira de agronegócio. Hoje é feito com 4G sem problema”, pontuou.
Polidoro avaliou que os casos de uso da 5G no mundo ainda estão bastante imaturos. “A gente precisa ter cuidado para não criar a expectativa de que a 5G vai resolver os problemas da economia,vai mudar nossas vidas de um dia para o outro, porque não vai. Os casos de uso não estão aí”, completou o executivo.
INVESTIMENTO MULTIBILIONÁRIO
Pelas projeções de Polidoro, não deve valer a pena fazer investimentos multibilionários para entrar no leilão das frequências da nova tecnologia. Como exemplo, citou uma das exigências da minuta do leilão do 5G, que é assegurar cobertura de estradas federais.
“Cobrir uma estrada federal com 5G só para fazer caminhão autônomo eu não sei se fecha a conta. Até porque os caminhões autônomos que estão rodando na Europa ainda têm um motorista atrás”, argumentou.
Na avaliação do diretor, o 4G ainda tem “muita lenha pra queimar”. Disse que o 4,5G ainda não foi monetizado e oferece serviço de alta qualidade.