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CYBERSECURITY É RESPONSABILIDADE DO ESTADO?

Como o governo deve proteger constantemente as informações compartilhadas e que meios existem para garantir a segurança dos dados:

Cibersegurança é o conjunto de meios que tem como objetivo proteger programas, redes, computadores e, principalmente, dados. Com a popularização de novas tecnologias, o perigo também aumentou: de acordo com o ex-presidente da União Europeia, Jean-Claude Juncker, os ciberataques “podem ser mais perigosos para a estabilidade da democracia e economia do que armas e tanques”. 

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Basta um funcionário desavisado para clicar em um desses famosos links, quase sempre acompanhados de promessas tentadoras, utilizando o computador da empresa que essa já está sujeita a um crime cibernético. Os crimes mais famosos e lucrativos são justamente aqueles que fazem os dados de uma empresa de ‘refém’ e pedem um valor alto em bitcoins para o ‘resgate’. 

A empresa Norton, uma das mais famosas na área de softwares antivírus, revelou que o número de vítimas em 2017 afetadas por esses crimes chegou a 42,4 milhões no Brasil, resultando em um prejuízo de R$10,3 bilhões. Outra empresa que se destaca na área é a Trend Micro, dedicada a soluções de segurança de dados corporativos e cibersegurança para empresas, que realizou um estudo apontando que o número de aplicativos com vírus para Android cresceram em 31% de 2016 para 2017.

De acordo o relatório anual de cibersegurança de 2017 da Cisco, 22% das organizações que sofreram esses crimes perderam clientes, 23% perderam oportunidades de negócios e 29% perderam receitas. Esse resultado se dá, de acordo com a pesquisa realizada pela Kaspersky, pelo fato de que 40% das empresas brasileiras não adotam nenhum tipo de política de cibersegurança ou não informam seus funcionários e colaboradores sobre a sua existência. O mesmo estudo aponta que apenas 45% das organizações brasileiras implementaram regras para essa área- sendo que 15% dessas não obrigam seus funcionários a cumpri-las. 

A CIBERSEGURANÇA NO ESTADO

Não são poucos os casos de vazamento de dados de autoridades no Brasil, sendo que o país ocupa uma posição vergonhosa no Índice Global de Cibersegurança na Organização das Nações Unidas (ONU), ocupando o 66º lugar- ficando atrás de países como Paraguai, México e Quênia. Foi só em Fevereiro deste ano (2020) que o Gabinete de Segurança Institucional criou um novo decreto que definiu novas estratégias de cibersegurança no Brasil. 

A ONU definiu em 2016 o acesso à internet como um direito humano. E se é um direito humano, reservado para todos os cidadãos no mundo, é de responsabilidade do Estado garantir sua segurança. 

O Connected Smart Cities lançou uma série de matérias que abordavam o tema tecnologia e como essa influência no planejamento urbano, pode promover mais transparência e diminuir processos burocráticos- mas, se cada vez mais os indivíduos vão se relacionar com seus governantes de maneira online, é preciso encontrar formas de proteger os dados gerados pelos cidadãos. 

Nesse sentido, é preciso investir em pesquisa e em parques tecnológicos: por ser uma profissão recente e que sofre constante modificações, existem mais vagas no mercado do que profissionais. Cada vez mais, empresas e governos procuram esse serviço, sendo que, de acordo com dados divulgados pela Precise Security, empresa especializada em segurança cibernética, os gastos em produtos de segurança podem chegar à US$151 bi até o ano de 2023. 

A internet do futuro é rápida e livre, servindo como uma aliada aos gestores e cidadãos para transformar cidades em cidades inteligentes e conectadas. E, como em toda cidade, é preciso garantir a segurança: segurança cibernética afeta a todos os setores da sociedade, tanto na esfera pública, como na privada, assim como com na comunidade científica e no terceiro setor. 

ESTRATÉGIA NACIONAL DE SEGURANÇA CIBERNÉTICA 

Em abril (2020), foi realizada uma videoconferência entre especialistas do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC) e o Grupo de Trabalho de Crimes Cibernéticos, coordenado pela Secretaria de Operações Integradas, e a Assessoria Especial Internacional do Ministério da Justiça e Segurança Pública. O objetivo dessa reunião era discutir como o Estado pode se aliar a iniciativa privada e organizações internacionais para combater crimes cibernéticos, sendo que a Estratégia Nacional de Segurança Cibernética, aprovada em fevereiro, foi um passo importante frente a isso. 

Alesandro Barreto, coordenador do Laboratório de Operações Cibernéticas e coordenador do Grupo de Trabalho, afirmou que é preciso unir o governo, a iniciativa privada e a academia para prevenir e remediar esses crimes. Estruturas que unem os três elementos, que já funcionam em outros países, ajudaram a recuperar dinheiro de fraudes eletrônicas, apreensão de produtos falsificados e a identificar os autores dos crimes- sendo estes, o Serviço Europeu de Polícia Europol, a Organização Internacional de Polícia Criminal (INTERPOL) e a agência do governo britânico National Cyber Security Center. 

Com a aprovação do decreto no começo do ano, o Brasil está caminhando para a tendência global de conectividade entre cidades, empresas, gestores públicos, universidades e pessoas. É preciso construir meios de segurança para uma sociedade conectada.

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