É cada vez mais importante saber como desenvolver um negócio de maneira eficiente sem que isso afete produção, rendimento e dinâmica de espaço
A busca por otimizar o consumo de energia e minimizar os impactos ambientais está crescendo no Brasil e alcançando todos os setores, inclusive os de bens e serviços. Diante desse cenário, os gestores têm buscado maneiras de potencializar a eficiência energética em diversos setores.
Viviane Cabral, CEO da Zinng, primeira fintech de energia do Brasil, explica que eficiência energética é considerar o uso racional pensando em uma distribuição eficaz. “Uma boa relação entre a quantidade de energia disponível para o desempenho e o que de fato é utilizado para a realização do trabalho reflete diretamente na gestão de qualquer negócio. Faz parte desse processo potencializar de forma consciente o uso dos recursos naturais, pesquisar por fontes de energia limpa e adequar seu espaço com ferramentas eficientes”, explica.
Na prática, a eficiência energética tem como objetivo principal maximizar o desempenho da operação ao mesmo tempo que reduz custos. Com isso, é possível alcançar os melhores resultados de maneira mais inteligente, aproveitando corretamente os recursos disponíveis.
Falando, especificamente, das indústrias, de acordo com do CNI, a indústria brasileira responde por cerca de 41% de consumo de energia elétrica do Brasil. Por sua vez, aspectos como motores elétricos, sistemas de refrigeração, ar comprimido e de iluminação são responsáveis por mais de 50% dos custos em energia no setor. Além disso, 67% das indústrias que utilizam eletricidade acabam tendo prejuízos com falhas no fornecimento e 57% das empresas estão buscando maneiras de otimizar os gastos com energia.
“Investir no desenvolvimento das indústrias inclui pensar em maneiras de controlar os gastos e alcançar as metas, sem diminuir a produção ou o bem-estar dos trabalhadores. Distribuindo de maneira inteligente a energia que chega até a fábrica, por exemplo, com bons equipamentos, modernos, regulados e que façam parte do grupo de produtos eficientes pelo selo do Inmetro, a empresa estará no caminho certo para se tornar uma companhia energeticamente eficiente. Nesse caso, toda a rede de eletrônicos ligados à uma fonte, executará o trabalho consumindo menos energia, não sobrecarregando o sistema e sem causar desperdícios. Adotar um plano de eficiência energética pode garantir, ainda, um bom controle das despesas e, com ele, é possível enxergar onde se concentra o maior consumo da sua empresa”, relata Viviane Cabral.
Além dos benefícios citados pela CEO da Zinng, outras vantagens que a eficiência energética nas indústrias pode trazer para as fábricas são:
1 – Minimiza o impacto ambiental
Como citado, um dos principais objetivos da eficiência energética é tornar o consumo de eletricidade mais consciente, desse modo, minimizando o uso desses recursos.
Com isso, reduz os impactos ao meio ambiente, visto que a produção de energia no país ocorre, majoritariamente, por meio de hidrelétricas. Por sua vez, essas fontes de geração de energia necessitam de áreas extensas e vasta utilização de recursos naturais.
2 – Valoriza a imagem do negócio
Elencando o tópico anterior, ao se atentar a assuntos que possuem alta preocupação da sociedade atual, as indústrias passam a corresponder às expectativas do público. Com isso, a imagem do negócio é ainda mais valorizada e o relacionamento com fornecedores, clientes, possíveis consumidores e outros negociadores é fortalecido.
3 – Diminui perdas nas instalações elétricas
Outro ganho da eficiência energética nas indústrias é a diminuição de perdas nas instalações elétricas, equipamentos e sistemas atrelados. Isso ocorre porque todo o gerenciamento desses aspectos é mais assertivo, assim as manutenções são empregadas da maneira correta, respeitando processos e periodicidade. Desse modo, minimizam-se os riscos de paradas abruptas que prejudiquem a operação ou erros que afetem o funcionamento desses ativos.
4 – Reduz despesas operacionais
As indústrias conseguem alcançar redução significativa das despesas operacionais, tanto com a conta de energia em si, quanto com a manutenção de todo o espaço. Além disso, os custos que envolvem a mão de obra também são otimizados, isso porque os colaboradores estão mais preparados para lidarem com essas iniciativas e todo o espaço é mais seguro, diminuindo os riscos de acidentes ou desperdícios.
Ao mesmo tempo que é possível diminuir o valor da sua fatura, essas mudanças interferem de maneira positiva na geração de energia, diminuindo o intenso uso dos recursos naturais, além de auxiliar na diminuição da emissão de CO2, por exemplo.
É um caminho que estimula mudanças ainda mais efetivas, como a procura por fontes de energia limpa e menos agressivas, que já é um movimento comum.
“Colocar em prática essas medidas, tornou a busca por eficiência energética mais um recurso em prol do desenvolvimento sustentável”, finaliza Viviane Cabral.