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PESQUISA DA FIPE ANALISA IMPACTOS SOCIOECONÔMICOS DO IFOOD NO BRASIL

• Pesquisa da Fipe revela que iFood responde por R$ 32 bi do PIB nacional em 2020

• O iFood gera cerca de 730 mil de postos de trabalho, o equivalente a 0,72% da população ocupada em 2020

• Ganhos médios dos entregadores por hora trabalhada no iFood são 165,5% maior que a remuneração por hora que esses trabalhadores teriam no mercado tradicional

• A cada 10 entregadores cadastrados no app do iFood, apenas 3 estavam cadastrados anteriormente nos registros do Ministério do Trabalho

O iFood, maior foodtech da América Latina, encomendou um estudo inédito da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) para analisar os impactos socioeconômicos das operações do iFood no Brasil em três frentes: econômica, restaurantes e entregadores. Como resultado, a pesquisa identificou que as atividades do iFood foram responsáveis pela geração e movimentação de aproximadamente R$31,8 bilhões do PIB nacional no ano de 2020; assim como a geração de 730 mil postos de trabalho no mesmo ano.

“No iFood, acreditamos que o desenvolvimento do nosso negócio está diretamente relacionado com o desenvolvimento do país, com a geração de renda e de novas oportunidades para todos. O estudo da FIPE traz informações importantes que nos ajudam a identificar mais do perfil desses trabalhadores, a remuneração frente a outras ocupações e características regionais do mercado de trabalho”, Lucas Pittioni, diretor de Políticas Públicas do iFood.



A pesquisa também indicou que a atividade de delivery possui diversos encadeamentos, impactando positivamente uma série de outros setores da economia. Com isso, estima-se que, para cada R$1.000 gastos a partir da plataforma do iFood, são gerados outros R$1.414 na economia brasileira; a cada 100 empregos diretos criados pelo iFood, outros 60 são gerados em outros setores; e a cada R$100 arrecadado em impostos pelas atividades do iFood, outros R$111 são arrecadados em sua cadeia (ICMS, IPI, ISS e outros).

Desta forma, os setores mais impactados pela atuação do iFood são o de alimentação, os próprios entregadores, o comércio atacado, a pecuária e a agricultura. O estudo mostra ainda que os ganhos médios dos entregadores por hora trabalhada na plataforma são 165,5% maior que a remuneração por hora que esses trabalhadores teriam no mercado tradicional.

“Um dos objetivos do estudo foi avaliar a natureza e a magnitude das ligações produtivas das operações do iFood, revelando as interdependências entre as decisões de consumidores e produtores intermediadas pela empresa”, explica o professor Eduardo Amaral Haddad, um dos responsáveis pela pesquisa da Fipe. Segundo ele, o objetivo foi quantificar os impactos da plataforma de entrega sobre a economia real, proporcionando uma perspectiva desagregada de sua cadeia de valor.

“As discussões atuais sobre a regulamentação de tais serviços requerem informações consistentes para enriquecer o debate público e construir narrativas para envolver as partes interessadas na tomada de decisões. A avaliação dos impactos econômicos sistêmicos acrescenta a essa discussão uma dimensão importante, evidenciando a contribuição de atividades do iFood para a geração de valor agregado e a criação de empregos nas economias locais e nacional”, diz ele.

“O iFood tem atuado proativamente para a construção de uma regulação que garanta proteção social, segurança e garantia de ganhos mínimos para os trabalhadores de plataformas digitais”, afirma Lucas Pittioni, diretor de Políticas Públicas do iFood.

Entregadores parceiros do iFood

O estudo voltou-se também especificamente para os entregadores parceiros da plataforma do iFood, com o intuito de identificar o perfil desses trabalhadores, a remuneração frente a outras ocupações e características regionais do mercado de trabalho. Assim, foi identificado que, se considerarmos o período efetivamente gasto nas entregas, os ganhos médios por hora trabalhada no iFood são equivalentes a 165,5% da remuneração por hora que esses trabalhadores teriam em relação a trabalhadores semelhantes em postos tradicionais no mercado de trabalho.

Assim, o estudo também revela que a remuneração dos trabalhadores não possui diferenças significativas com relação ao gênero e à raça dos entregadores. Tal resultado sugere que o pagamento dos entregadores na plataforma é neutro com relação a características usualmente sujeitas a discriminação no mercado de trabalho. Esse é um importante resultado da atuação da gig economy sobre desigualdades sociais.

Restaurantes parceiros do iFood

Com o intuito de estimar os impactos trazidos ao setor de restaurantes decorrentes da adesão à plataforma, o estudo da Fipe apontou que restaurantes que se cadastraram no iFood geraram, em média, 10.472 empregos por mês entre janeiro de 2015 e dezembro de 2019, enquanto restaurantes que não aderiram ao iFood, apresentaram uma perda média de 5.676 empregos por mês. Dessa forma, o saldo líquido desses ganhos e perdas é de 4.796 empregos gerados ou preservados por mês em decorrência da atuação da plataforma iFood no negócio de restaurantes no país. Este número se destaca ainda mais quando se considera o contexto retração econômica do país no período analisado.

Em maiores detalhes, de acordo com o estudo da Fipe, intitulado “Impacto econômico do iFood no setor de restaurantes nas regiões brasileiras”, durante os 60 meses avaliados, cada restaurante parceiro do iFood contribuiu, em média, com 2,42 empregos (gerados ou preservados). Por sua vez, os estabelecimentos que não aderiram à plataforma perderam, em média, 0,71 postos de trabalho. Em números absolutos, o estudo encontrou que restaurantes cadastrados na plataforma empregavam 14 pessoas, na média, enquanto restaurantes que nunca aderiram à plataforma empregavam em média 11 pessoas.

Observa-se também que o salário médio dos empregados nos restaurantes é menor antes deles ingressarem na plataforma, sendo R$1.331 comparado com R$1.457 depois do ingresso.

METODOLOGIA

A metodologia utilizada é a análise de insumo-produto:

• Trata-se de uma técnica que procura mapear a economia nacional como uma série de setores interligados;

• Com isso, é possível estimar os efeitos iniciais, diretos, indiretos e induzidos na cadeia de valor das operações do iFood em todos os setores da economia;

Dada a estrutura da matriz de insumo-produto disponível, será necessário estabelecer uma metodologia especial para isolar o segmento de “entregas por aplicativo” (iFood) e seus efeitos sobre a economia brasileira;

Para “isolar” o segmento de atuação do iFood, a Fipe utilizou dados proprietários da empresa e informações públicas como referência para o tamanho do setor, a decomposição de custos e receitas, e a estrutura de vendas;

• O setor de entregas por aplicativo e, portanto, os entregadores do iFood foram modelados na matriz de insumo-produto tanto na estrutura de consumo das famílias, como na estrutura de transações intermediárias;

• Receitas provenientes das entregas foram distribuídas entre o iFood e os prestadores de serviços (entregadores, restaurantes e mercado);

• Despesas operacionais (fixas e variáveis), despesas de consumo e poupança.

Para mais informações

Faça o download do estudo da FIPE na íntegra:

Impacto Econômico

Impacto no setor de restaurantes

Análise sobre entregadores

Com informações da Assessoria de Imprensa Agência Ágora Comunica

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