Em parceria com a faculdade Descomplica, startup abre 50 vagas para formar profissionais de tecnologia “dentro de casa”, com cursos aprovados pelo MEC e estágio desde o primeiro dia.
Em meio a um cenário em que falta mão de obra em tecnologia, a Buser, startup de mobilidade, anuncia a criação de um programa inédito que une formação universitária com estágio remunerado para atrair jovens talentos que queiram acelerar seu desenvolvimento na área. O Buser Tech vai oferecer oito opções de curso, todos aprovados pelo MEC, em uma parceria com a Faculdade Descomplica, e bolsa auxílio mensal de R﹩ 3 mil. Serão 50 vagas, para início em janeiro de 2022.
Para participar do programa, os interessados precisam ter a partir de 16 anos e prestar a prova do ENEM 2021 ou um vestibular de instituições de tecnologia ou engenharia do País. O processo seletivo vai considerar a nota do exame/vestibular e depois incluirá etapas de entrevistas individuais e testes comportamentais. Candidatos egressos de escola pública terão pontos adicionais na seleção. Os aprovados começam o estágio presencial na Buser em janeiro de 2022 e poderão ser efetivados já no primeiro ano do programa, a depender do desempenho. Interessados já podem se inscrever pelo site para fazer um pré-cadastro. O prazo para inscrição vai até o dia 30 de dezembro.
“Nosso objetivo é oferecer um programa de excelência, unindo o melhor dos dois mundos: o conhecimento acadêmico com os aprendizados que se obtêm no dia a dia, com a mão na massa. Com o Buser Tech, teoria e prática estarão alinhadas desde o início e os alunos terão o suporte de professores que também atuam no mercado, podendo, assim, desenvolver hoje as tecnologias do amanhã”, afirma Marcelo Abritta, CEO da Buser.
“Iremos acelerar a carreira desses jovens ao oferecer uma maneira mais rápida de eles se desenvolverem, comparando com os métodos tradicionais de ensino, e mais completa do que os cursos técnicos de programação que têm surgido no País. Com o modelo de ensino que estamos propondo, temos uma expectativa de que o profissional formado pelo Buser Tech saia ganhando o dobro do que aquele egresso da faculdade, sem tanta vivência na prática”, completa Tony Lâmpada, CTO da Buser.
A lista de aprovados no Buser Tech só sairá após os resultados do ENEM, o que deve acontecer até o fim de janeiro. Desde o primeiro dia, os selecionados passarão a estagiar na sede da empresa em São José dos Campos, onde está sendo montado um centro de estudos. Durante essa parte prática, os participantes aprenderão sobre temas muito conhecidos no mundo dos “devs”, como as linguagens de programação Python e Javascript. Eles poderão aplicar os conhecimentos em “tempo real”, já que farão parte do dia a dia da equipe de tecnologia da Buser, assumindo desafios individuais ao entrarem nos “squads”, modelo de trabalho que reúne equipes multidisciplinares para desenvolver projetos.
Além do estágio, ao início do programa, os participantes também poderão escolher um dos oito cursos acadêmicos, todos oferecidos pela Faculdade Descomplica, que possui a modalidade de ensino à distância: Banco de Dados, Computação em Nuvem, Sistemas para Internet, Jogos Digitais, Análise e Desenvolvimento de Sistemas, Ciência da Computação, Sistemas de Informação e Engenharia da Computação. Alguns são cursos tecnólogos, com duração de 2 anos e meio, outros de bacharelado, que duram 4 anos. Os cursos serão online e terão início em abril de 2022, sendo que os alunos também poderão contar com a estrutura da Buser se quiserem acompanhar as aulas na sede.
“Essa parceria é muito importante para ajudar alunos em situação social de risco a conseguirem se qualificar para entrarem no mercado de trabalho atendendo às exigências das áreas que iremos contemplar”, diz Daniel Pedrino, Presidente da Faculdade Descomplica. “É por meio de projetos como esse que vamos conseguir minar alguns dos maiores gaps presentes no ensino superior do País e acelerar a questão da empregabilidade nas mais variadas áreas”, comenta.
Não é de hoje que Buser tem olhado para essa questão da qualificação de profissionais de TI na hora de atrair novos talentos. A primeira iniciativa da startup nesse sentido foi o Buser Camp, curso de formação técnica de programadores mais curto que já contou com duas edições desde o ano passado. Até agora foram 19 jovens profissionais treinados – dos quais 13 acabaram sendo contratados. Mesmo com a criação de um programa maior como a Buser Tech, a empresa considera abrir novas turmas desses cursos mais rápidos, para poder complementar os perfis e continuar atendendo a demanda crescente por profissionais da área.
Crescimento acelerado
Com 5 milhões de usuários cadastrados em sua plataforma, a Buser está revolucionando a forma de viajar de ônibus no Brasil desde que foi fundada, há quatro anos, e tem uma meta ambiciosa de conectar 1000 cidades até o final de 2021. Para ancorar sua expansão, a startup tem investido não só em novas rotas, mas também no time – que chegou recentemente à marca de 300 colaboradores.
Só a equipe de TI, por exemplo, passou de 24 pessoas no final do ano passado para mais de 70 pessoas este ano. Assim, os 50 jovens que entrarem na Buser Tech terão a oportunidade de vivenciar um ambiente em rápida transformação, no qual habilidades como proatividade, mente aberta e espírito colaborativo serão fundamentais.
Para Beatriz Angelo, estagiária de Desenvolvimento de Software da Buser e participante do primeiro Buser Camp, a experiência na Buser tem sido fundamental para sua formação. “Fui contratada logo após o Buser Camp, onde aprendi toda a base de desenvolvimento web e das tecnologias que uso hoje, já com uma visão de resolução de problemas e análise de impactos que é extremamente importante no dia a dia do trabalho. Desde o começo, me senti muito respeitada e incentivada pelos outros desenvolvedores a aprender e crescer na área, o que faz toda a diferença para quem está começando. Todos aqui estão muito dispostos a ensinar e compartilhar conhecimento, com um olhar para educação que eu acho muito legal”, destaca.