O livro Transformação Digital – uma jornada possível traz histórias de empresas brasileiras que conseguiram se adaptar à tecnologia e à conectividade nos negócios. Lançamento no dia 26/08
O Centro de Inovações CESAR promove evento virtual no próximo dia 26, às 9h, para lançar o livro Transformação Digital – uma jornada possível, organizado por Eduardo Peixoto, CDO do instituto, e que tem o apoio da Agência Brasileira de Desenvolvimento (ABDI). No evento, Eduardo debaterá com o presidente da ABDI, Igor Calvet, a jornada brasileira de Transformação Digital, com cases testados e aprovados em empresas de diversos setores, tamanhos e regiões do país.
O livro é um passo a passo de como uma organização pode alcançar a maturidade digital seguindo uma jornada de transformação possível dentro do contexto brasileiro, com base nos conhecimentos do CESAR – um dos principais centros de inovação do país.Com histórias de empresas brasileiras que conseguiram se adaptar à tecnologia e à conectividade nos negócios, a obra foi elaborada a partir de pesquisas e de artigos de professores da CESAR School. O resultado é um diagnóstico que leva a um passo a passo de como realizar essa mudança com base em inovação para se manter competitivo em um mercado volátil em conhecimento, técnicas e possibilidades.
“A transformação digital começou meio que sem ninguém perceber, bem lentamente. Depois, muito de repente! A internet comercial é de 1995. Quem já estava acordado nessa época nota o quanto de mudanças ela trouxe para a sociedade e os negócios”, diz Peixoto. “Às vezes nem a percebemos mais, porque ela é tão pervasiva que a gente pensa que quando nascemos ela já estava por aí. Mas lembra como comprávamos música? Livros? E aqueles produtos que não achávamos em lugar nenhum, onde achamos hoje? As mudanças são gigantes e o alcance ilimitado”.
O executivo destaca que por conta da digitalização alguns setores se transformaram completamente e outros desapareceram completamente – ou estão prestes. A publicação começou a ser estruturada em março de 2020, uma semana antes de ser decretada em São Paulo e em outros estados a quarentena no combate ao novo coronavírus. O que se viu logo depois foi uma corrida de 100 metros rasos de empresas se adaptando ao digital para continuar atendendo os consumidores. Quem já era digital nadou de braçada na virada de comportamento da sociedade que se tornou tão online.
“Um dos desafios da transformação digital é a mensuração do nível de maturidade das instituições, uma vez que o processo envolve bens tangíveis, para os quais é possível determinar parâmetros, e intangíveis, que dependem de uma combinação de fatores. A parceria da ABDI com o CESAR é estratégica neste sentido. O desenvolvimento e aplicação do Índice CESAR de Transformação Digital na ABDI nos permite perceber em que estágio estamos em cada uma das dimensões definidas pela metodologia e nos prepararmos para os passos seguintes, com clareza e objetividade”, detalha Igor Calvet, presidente da ABDI.
Novos valores
Organizações inteiras estão sendo completamente reescritas para continuarem relevantes. O digital nos negócios agora não é mais para otimização, mas para transformação. Entre os exemplos que o livro traz nesse sentido estão Banco do Brasil, Globoplay, Neoenergia e Mercedes-Benz. Por outro lado, são grandes as lições que startups já nascidas digitais têm para mostrar, como é o caso de Joy Street, FindUp, In Loco e Pickcells, todas presentes nas páginas da obra.
Quem ainda não se iniciou no assunto precisa começar a pensar na resposta à ruptura do negócio ou numa estratégia de saída. Para Eduardo Peixoto, a Transformação Digital, na verdade, tem diversos aspectos. “Eu gosto da abordagem que utilizamos no CESAR, que procura entender o fenômeno e as mudanças que ele opera sob oito dimensões que deu origem à jornada de transformação em sete etapas refletidas na obra, como mostra a seguir:
• Cultura e pessoas: novos formatos de relacionamento humano emergem do uso de plataformas digitais, que, além disso, habilitam também novos modelos organizacionais.
• Consumidores: nativos e migrantes digitais passam a exigir individualização, personalização e serviços sob demanda.
• Modelos de negócio e concorrência: as plataformas digitais viabilizam novos modelos de negócio e arranjos operacionais. Agora, a competição não acontece mais apenas dentro do setor; ela é assimétrica.
• Processos organizacionais: a velocidade e a capacidade de adaptação são o nome do jogo e passam por estruturas mais rasas e por agilidade organizacional.
• Tecnologias habilitadoras, dados e ambiente regulatório: Organizações que se empoderam das novas tecnologias, da abundância de dados para gerar valor e compreendem mais rapidamente as mudanças regulatórias, saem na frente.
• Inovação: essa ocorre por meio de experimentos rápidos, contínuos e cocriados.
• Liderança. a Era Digital exige novas competências, novas formas de liderança e de colaboração.
Essas sete etapas da jornada delineiam os capítulos do livro. Cada capítulo é baseado na metodologia do CESAR e também em artigos e estudos sobre esses temas de pesquisadores brasileiros reconhecidos em suas áreas de atuação e que são professores da CESAR School.