Por ter grandes potencialidades para expansão do mercado de energia fotovoltaica devido à região receber altos níveis de radiação solar, Palmas se projeta para se tornar uma cidade inteligente e sustentável em energia limpa. Nos últimos quatro anos, houve um salto de mais de 500% em instalações desse tipo de tecnologia, impulsionado principalmente pelo programa Palmas Solar.
A administração pública municipal também se prepara para ser autossustentável em energia limpa, sendo capaz, em médio e longo prazo, de abastecer toda iluminação da cidade e os prédios municipais com a construção de dois parques solar, que terão um investimento inicial de R$ 30 milhões.
Essa mudança de matriz energética traz inúmeros benefícios para a cidade, tanto do ponto de vista econômico como ambiental, como explica o secretário extraordinário de Assuntos Estratégicos, Captação de Recursos e Energias Sustentáveis, Thiago Dourado. “O benefício não é só econômico, como para o morador, empresário e a própria administração pública, que passa a gerar sua própria energia e ver cair o consumo de energia termelétrica, mas principalmente para o meio ambiente”, disse, explicando que, diferentemente da energia elétrica, o processo de geração da energia solar não emite dióxido de enxofre (SO2), óxidos de nitrogênio (NOx) e dióxido de carbono (CO2), gases poluentes com efeitos nocivos à saúde humana e contribui para o aquecimento global.
Eficiência Energética
Com o programa de Eficiência Energética, a gestão municipal tem priorizado a entrega de novos equipamentos públicos já com a instalação de placas solares, a exemplo de escola, unidades habitacionais e pontos de ônibus. E o próximo grande passo, é tornar as duas Unidades de Pronto Atendimento (UPAS) capazes de produzir sua própria energia com o sistema fotovoltaico. E para melhorar essa eficiência, equipamentos, como ar-condicionado e luminárias, estão sendo substituídos por aqueles que consomem menos energia.
Esse conceito de eficiência energética significa gerar a mesma quantidade de energia com menos recursos naturais ou obter o mesmo serviço com menos energia. E para isso, a gestão também vem substituindo as lâmpadas incandescentes que iluminam as avenidas e equipamentos públicos por lâmpadas de LED, que consomem até 90% menos que as incandescentes.
Para se ter uma ideia da procura por esse tipo de energia limpa, os dados do programa Palmas Solar apontam que, em 2017, apenas 67 palmenses haviam instalado o sistema fotovoltaico e dado entrada para receberem o benefício das isenções. Já em 2020 esse número saltou para 363, ou seja, um aumento de 541% em adesões ao programa, que dentre os inúmeros benefícios oferece incentivos fiscais como até 80% de isenção no IPTU.
Parque Solar
Os dois parques solares irão gerar energia fotovoltaica suficiente para abastecer toda a rede de iluminação pública de Palmas com energia renovável, na primeira fase, e todos os prédios públicos, na segunda fase.
Cada parque terá a capacidade de gerar cerca de cinco megawatts por mês (0,6 gigawatts hora/mês). Juntos, vão gerar 10 megawatts (1,2 gigawatts hora/mês). Os prédios públicos têm um consumo de aproximadamente um gigawatts hora/mês, ou seja, as duas usinas vão conseguir suprir a demanda da cidade com folga.