As inovadoras redes inteligentes utilizam automação e tecnologia IoT para supervisionar e controlar redes elétricas em tempo real
Na última década, companhias de eletricidade de toda a América Latina passaram a implementar redes inteligentes (smart grid) para gerenciar com mais eficiência seu fornecimento de eletricidade. Em toda a região, onde muitos fornecedores operam em áreas rurais distantes e pouco povoadas, para garantir que as indústrias e comunidades recebam eletricidade confiável, o emprego de sistemas de rede inteligente tornou-se crítico, já que muitas partes do continente ainda não têm acesso a conexões elétricas consistentes.
Opções de conectividade de Rede Inteligente
As tecnologias de conectividade têm sustentado os aplicativos de expansão da rede inteligente por décadas por meio de diversas redes – como rádio e celular, por exemplo – que não são ideais por certos motivos:
• O rádio fornece cobertura dedicada em rede, mas os custos de instalação são altos e isso limita onde e como o equipamento pode ser conectado.
• As tecnologias de celulares são projetadas para consumidores que usam smartphones com grandes quantidades de dados e que não podem fornecer um serviço confiável se houver outros usuários na área. E isso apenas ocorre se houver cobertura de celular na área, o que muitas vezes não é o caso em regiões remotas.
Religadores Automáticos Centralizados
Religadores automáticos centralizados são indiscutivelmente a aplicação da Rede Inteligente mais importante, pois permitem que as concessionárias de serviços públicos detectem e interrompam as correntes quando ocorre uma falha, dando-lhes as ferramentas para reconfigurar automaticamente as redes para restaurar o suprimento. Isso mantém a continuidade máxima do serviço e minimiza as interrupções, ambas críticas para melhorar consistentemente a qualidade do serviço para os usuários finais.
Os fornecedores de eletricidade estão sob pressão para melhorar consistentemente a qualidade do serviço e minimizar as interrupções. Com sua capacidade de detectar e interromper correntes no caso de um defeito, os religadores são considerados essenciais para manter a continuidade máxima de serviço. Os religadores descentralizados operam de forma isolada e são programados para desligar e reiniciar sem redes de conectividade, enquanto os religadores centralizados, com tecnologia de satélite, são conectados a uma sala de controle central e permitem maior visibilidade e controle da rede.
Infraestrutura de Medição Avançada (AMI)
O Chile e a Colômbia estão finalizando regulamentações de medidores inteligentes em grande escala, enquanto as maiores concessionárias de serviços públicos do Brasil estão se preparando para amplas implantações no início desta nova década – isso porque as redes de energia inteligentes exigem esta tecnologia para ajudar os consumidores e empresas a gerenciar seu consumo de energia.
Os medidores inteligentes oferecem acesso aos padrões de consumo para as concessionárias, permitindo-lhes implementar tarifas com base no tempo de uso e na demanda local em tempo real. Eles também fornecem acesso a qualquer hora aos dados do medidor e reduzem o custo da coleta manual em áreas anteriormente não conectadas.
Automação de Subestação
As subestações são componentes essenciais para manter o fornecimento elétrico e o controle de carga nas redes de distribuição elétrica. Muitos estão localizados em áreas alpinas, florestais, desertas ou outras áreas da América Latina onde as redes públicas de celular não existem. O satélite suporta o monitoramento da câmera de segurança da subestação usando streaming acionado por movimento para monitorar possíveis ataques incendiários ou eventos climáticos. Para períodos ocasionais de alta demanda, os satélites podem otimizar a disponibilidade de largura de banda realocando dinamicamente o espectro para o feixe pontual do satélite que atende ao local. Ele também pode fornecer comunicações de backup em qualquer subestação, que assumiria automaticamente quando o link primário falhasse. Esses fatores levaram a Cemig a instalar 760 terminais satélites em toda a sua rede de distribuição e subestação em algumas das regiões mais remotas do Brasil, melhorando o acesso da região à rede elétrica.
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Com informações da Inmarsat
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