A mobilidade é um dos principais pilares de uma cidade inteligente e é preciso entender a como se adaptar às mudanças. Entenda quais mudanças que a pandemia está trazendo para o setor e como isso pode mudar a forma com que as pessoas se locomovem pela cidade:
A quarentena mudou a maneira como muitas pessoas se relacionam com o trabalho: de acordo com o estudo desenvolvido pelo coordenador do MBA em Marketing e Inteligência de Negócios Digitais da Fundação Getúlio Vargas, André Miceli, o aumento do trabalho remoto pode ser de até 30% depois da crise do coronavírus.
Com a adoção do home office por cada vez mais empresas, a tendência é de uma diminuição no fluxo de carros e uma redução na frota do transporte público. Wolnei Ferreira, diretor executivo da Sociedade Brasileira de Teletrabalho e Teleatividades (Sobratt), aponta que os levantamentos feitos pela entidade mostram um aumento na produtividade e também no grau de confiança entre as duas partes, já que os gestores não precisam mais supervisionar os seus funcionários para ter produtividade. Ao que tudo indica, muitas empresas vão continuar com as práticas do home office para a diminuição de gastos mesmo após o coronavírus.
Outro ponto que mudou a relação que as pessoas possuem com a mobilidade urbana e o Ensino à Distância (EAD), que já era implementado em alguns cursos superiores e de graduação no país, se tornou a principal solução para a continuação das aulas para grande parte das instituições de ensino. É possível que algumas escolas e universidades continuem com a prática pós-pandemia, já que essa é uma forma de redução de custos e também possui algumas algumas facilidades de acessibilidade para professores e alunos.
A tendência de realizar atividades em casa pode significar uma diminuição de veículos na rua e o acesso a um transporte público que não é lotado, o que, como consequência, resulta em uma cidade menos poluída e mais inteligente. A nova forma de lidar com a realidade significa, contudo, a quebra de muitos paradigmas e mudanças estruturais profundas. A mobilidade é um dos principais pilares de uma cidade inteligente e é preciso entender a como se adaptar às mudanças.