Linhas de crédito do BNDES atenderam 717 operações, sendo 171 para grandes empresas e 546 para micro, pequenas e médias empresas
Exportadores brasileiros atingidos pelo aumento das tarifas de importação anunciadas pelo governo dos Estados Unidos neste ano já tiveram aprovados R$ 9,7 bilhões em linhas de crédito pelo BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social) dentro do programa criado pelo governo federal.
O que aconteceu
- Aprovações do BNDES a exportadores atingidos pelo tarifaço atingiram R$ 9,7 bilhões. De acordo com balanço divulgado pela instituição, esse recursos foram liberados em linhas de créditos contempladas pelo Plano Brasil Soberano, criado para atender empresas brasileiras cujas exportações foram afetadas pela política tarifária imposta pelo governo dos Estados Unidos.
- Linhas de crédito atenderam 717 operações. Desses empréstimos, 171 foram voltados para grandes empresas e 546 para micro, pequenas e médias empresas
- Demanda por novos recursos permanece elevada. Segundo o BNDES, desde 21 de novembro, quando foi aberta uma nova consulta de elegibilidade para fornecedores e empresas exportadoras, 267 protocolos foram criados. A soma do crédito demandado nas diversas linhas disponíveis alcança R$ 4,55 bilhões.
“Apesar da redução das tarifas, a maior parte da indústria brasileira ainda conta com 40% de sobretaxa adicional.” Nelson Barbosa, diretor de Planejamento e Relações Institucionais do BNDES
- Inicialmente foram disponibilizados R$ 30 bilhões provenientes do Fundo Garantidor de Exportações (FGE). O programa originalmente era voltado para empresas que fossem impactadas por uma tarifa de 50% e cujo faturamento bruto com exportações aos Estados Unidos fosse igual ou superior a 5% do total apurado entre julho de 2024 e junho de 2025.
- Após mudanças no programa, em novembro, passaram a ter acesso ao crédito as empresas cujas exportações para os EUA representassem pelo menos 1% do faturamento total. O apoio aos exportadores também foi estendido aos fornecedores dos exportadores. Cabe à Receita Federal, juntamente com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, informar ao BNDES quais são as empresas elegíveis.
- Outros R$ 10 bilhões foram alocados para a concessão de crédito a empresas que exportam produtos atingidos com tarifas menores que 50%. Essas linhas incluem recursos do BNDES.
- Plano Brasil Soberano foi lançado em agosto por meio da Medida Provisória. Programa foi resposta ao tarifaço implementado pelos Estados Unidos. As primeiras aprovações ocorreram em setembro. No mês passado, o governo americano anunciou alguns recuos, retirando carne bovina, tomates, café, bananas e outros produtos agrícolas brasileiros da lista de mercadorias afetadas pela sua nova política. Também foram contemplados alimentos processados e bebidas, fertilizantes, minérios e minerais, combustíveis fósseis, petróleo e derivados.
- Suspensão da sobretaxa é insuficiente, afirma Alckmin. Após o anúncio, o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, afirmou que 22% dos produtos brasileiros exportados continuam com a tarifa de 50% determinada pela Casa Branca. Ele avalia que o avanço retirou 238 produtos do tarifaço.
Fonte: UOL







