Fundação Getúlio Vargas divulgou pesquisa sobre percepção da população em relação à mobilidade urbana nas três cidades
São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, qual destas três capitais do Sudeste tem a pior mobilidade urbana, segundo seus próprios moradores? É essa a pergunta que tenta responder um estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV) em parceria com a Systra Brasil, que criou, para isso, o Índice da Qualidade da Mobilidade Urbana (IQMU).
O índice é formado por 2.443 dados de pessoas entrevistadas presencialmente nas três cidades em abril deste ano. Os passageiros foram questionados qual nota dão, de zero a 10, sendo zero o pior cenário, para os critérios de transporte público, automóvel particular, bicicleta, motocicleta, transporte de aluguel e a pé.
O estudo, que já está na quinta rodada, cita que a população das grandes cidades brasileiras enfrenta, diariamente, os efeitos da expansão urbana desordenada, da priorização histórica do transporte individual motorizado e da carência de políticas públicas estruturantes, principalmente aquelas que integrem as esferas nacional, estadual e municipal. Mas, afinal, qual é a pior mobilidade urbana entre as três cidades?
A pior mobilidade urbana
No conjunto, a pior mobilidade urbana entre as três cidades é no Rio de Janeiro, segundo os próprios moradores, com um índice de 4,6. Em seguida, Belo Horizonte teve sua mobilidade urbana avaliada em um índice de 4,8. Por último, com o melhor índice – para surpresa dos paulistas – está São Paulo, com 5,4.
Veja os valores para cada um dos critérios questionados.
Transporte público
- Pior nota é de Belo Horizonte: 4,1
- Em segundo lugar, o Rio de Janeiro com 4,3
- Por último, com a melhor pontuação, São Paulo: 4,5
Automóvel particular
- Pior nota é de Rio de Janeiro: 3,8
- Em segundo lugar, Belo Horizonte: 4,3
- Por último, com a melhor pontuação, São Paulo: 5,0
Bicicleta
- Pior nota é de Belo Horizonte: 3,8
- Em segundo lugar, Rio de Janeiro: 4,4
- Por último, com a melhor pontuação, São Paulo: 5,0
Motocicleta
- Pior nota é de Belo Horizonte: 4,7
- Em segundo lugar, Rio de Janeiro: 4,8
- Por último, com a melhor pontuação, São Paulo: 5,3
Transporte de aluguel
- Pior nota é de Belo Horizonte: 4,7
- Em segundo lugar, Rio de Janeiro: 4,8
- Por último, com a melhor pontuação, São Paulo: 5,3
A pé
- Pior nota é do Rio de Janeiro: 5,0
- Em segundo lugar, Belo Horizonte: 5,5
- Por último, com a melhor pontuação, São Paulo: 6,1
Quase um terço considera mobilidade ruim ou péssima
Além do índice composto por cada um dos critérios, os usuários foram questionados qual a percepção geral sobre a mobilidade urbana. No Rio de Janeiro, 39,6% consideram a mobilidade ruim ou péssima; 40,3% a consideram regular; e 20,1% consideram boa ou excelente.
Em Belo Horizonte, 32,8% consideram a mobilidade ruim ou péssima; 39,8%, regular; e 27,4% consideram boa ou excelente. Já em São Paulo, 18,2% consideram a mobilidade péssima ou ruim; 37,1% consideram regular; e 44,7%, boa ou excelente.
Ou seja, na média, cerca de um terço da população das maiores cidades do Sudeste consideram a mobilidade urbana ruim ou péssima. Apenas em São Paulo o número daqueles que responderam que a consideram ruim ou péssima é menor que aquelas que responderam boa ou excelente.
Fonte: Mobilidade – Estadão
