Você confiaria em uma empresa que não sabe o que entrega? Que não mede seus resultados, não define prioridades com clareza e não tem um plano para melhorar? Pois é. Ainda hoje, milhares de prefeituras brasileiras operam exatamente assim.
Um levantamento nacional baseado no IEGM (Índice de Efetividade da Gestão Municipal) escancarou um dado difícil de ignorar: 76% das prefeituras do país têm gestão ineficaz.
O índice avalia sete áreas essenciais da administração pública — como educação, saúde, meio ambiente, infraestrutura e planejamento. E os resultados mostram um país que, muitas vezes, ainda insiste em apagar incêndios com balde furado.
O que mais chama atenção? Justamente os dois pilares que deveriam sustentar qualquer política pública: planejamento e tecnologia.
No Norte do país, por exemplo, o índice médio de planejamento mal chega a 0,24 (em uma escala de 0 a 1). O de tecnologia fica em 0,28. Mesmo no Sudeste — onde os resultados são menos alarmantes — o desempenho em tecnologia ainda está longe do ideal: 0,56.

Crédito: Reprodução / Assessoria
Estamos falando de prefeituras que seguem operando no escuro.
Desde que eu criei a Aprova, venho batendo na mesma tecla: sem planejamento não há direção. Sem tecnologia não há dados. E sem dados a gestão vira adivinhação.
O resultado? Gestões que gastam muito, entregam pouco e não conseguem nem identificar onde estão os próprios gargalos. E não é força de expressão: mais de 400 municípios sequer responderam ao IEGM — ou seja, não conseguiram informar dados mínimos sobre sua atuação.
Se isso ocorresse em qualquer empresa, o alarme soaria alto.
Enquanto isso, o Governo Federal já digitalizou 74% dos seus serviços, gerando uma economia de R$ 4 bilhões por ano. Os municípios, no entanto, continuam à margem dessa transformação. E quem paga essa conta é o cidadão.
Na maioria dos casos, o problema não é falta de dinheiro — é falta de método. Falta ferramenta. Falta diagnóstico. Falta organização.
Por isso, modernizar a gestão pública não é mais uma escolha, é uma urgência. E isso começa por uma decisão: escolher uma tecnologia adequada, definir por onde começar e assumir, de fato, o compromisso com a transformação.
Foi com essa missão que criamos uma planilha gratuita para medir a eficiência da gestão pública. Simples, prática, replicável. Com ela, qualquer gestor consegue avaliar rapidamente o desempenho de áreas como Saúde, Educação, Meio Ambiente e Infraestrutura.
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Não é a solução definitiva, nem substitui o impacto de uma tecnologia completa, que cruza dados em tempo real, aponta riscos, organiza fluxos, emite alertas e gera decisões com base em evidências.
É um ponto de partida, um apoio inicial para quem ainda não tem ferramentas estruturadas que ajudam a enxergar o que a gestão não mede.
A transformação não precisa começar grande. Mas precisa começar do jeito certo.
As ideias e opiniões expressas no artigo são de exclusiva responsabilidade do autor, não refletindo, necessariamente, as opiniões do Connected Smart Cities.

Arquiteto, fundador e CEO da Aprova, a suíte de soluções que moderniza a gestão pública, agiliza o atendimento ao cidadão e já ancorou a economia de R$ 50 milhões em cidades brasileiras. Em 2022 captou a maior rodada de investimentos em uma govtech na América Latina, liderada pela Astella, Banco do Brasil, Vox Capital, CAF e Endeavor. UX (User Experience), especialista em Processos Industriais e Regulamentos, gerência Estratégia, Vendas e Relações com Investidores. Foi presidente do Comitê de Desburocratização do Sinduscon Paraná-Oeste e atuou como arquiteto Sênior na Aba Arquitetura e Construções por quase cinco anos. Possui MBA em Construções Sustentáveis, Ciência e Tecnologia da Arquitetura na Universidade Cidade de São Paulo, foi aluno no programa de extensão em Arquitetura da Temple University na Filadélfia e obteve graduação em Arquitetura e Urbanismo pela Faculdade Assis Gurgacz, no Paraná.