O investimento no setor pode economizar bilhões de dólares a longo prazo, além de ser essencial para a construção de cidades inteligentes e sustentáveis
Um dos pilares das cidades inteligentes é a utilização de fontes renováveis, limpas e sustentáveis de energia. A promoção de energia renováveis também está sendo apontada como um dos principais mecanismos de recuperação da economia pós pandemia, possibilitando a criação de novos empregos e seguros.
De acordo com um relatório do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), a energia renovável está mais econômica que nunca, sendo que no segundo semestre de 2019 as usinas solares fotovoltaicas reduziram os custos em 83% em comparação à década anterior. Nesse sentido, a tendência de smart cities, como é o exemplo de Fujisawa no Japão, é abastecer residências com energia solar e até incentivar financeiramente os cidadãos que reduzirem o consumo de energia.
No Brasil, projetos como o SUCRE, que utiliza a palha da cana-de-açúcar para gerar energia renovável, buscam reduzir as emissões de gases de efeito estufa por meio da geração de energia sustentável. O projeto, executado pelo Laboratório Nacional de Biorrenováveis (LNBR), utiliza algo que antes era considerado um ‘resíduo’ para geração de eletricidade e faz parte do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), organização que faz parte do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações.
Iniciativas como9 essa podem gerar a economia de 621 bilhões de dólares para a região da América Latina e Caribe até 2050, segundo outro relatório realizado pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA). Considerando que a descarbonização das matrizes energéticas e o fornecimento completo de transporte com emissões líquidas zero pode reduzir até 2050 1,1 bilhão de toneladas de CO2, é possível economizar 300 bilhões de dólares em despesas evitadas no transporte terrestre de passageiros e 222 bilhões de dólares nos custos de eletricidade, além de 30 bilhões de dólares no custo com saúde.
A pandemia do coronavírus impactou diretamente o setor de combustíveis fósseis e, como consequência, houve uma queda nos preços do petróleo e na demanda por eletricidade movida a carvão e gás. Como resultado desse fenômeno, os governos precisarão se atentar para fontes de energias renováveis, assim como a descarbonização do transporte, da construção civil e das indústrias.
O Connected Smart Cities Digital Xperience irá contar com um painel para discutir O papel das cidades na promoção da transição para a energia limpa, abordando temas como: Novo modelo de distribuição e gerenciamento de energia; Como acelerar a inovação e transformação nos setores de energia urbana; e A transição das cidades para um novo cenário energético de baixa emissão de carbono. Confira mais informações sobre o evento digital aqui.