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Inteligência de dados é o melhor caminho para guiar as decisões no setor de mobilidade

No cenário internacional, decisões macroeconômicas também levam em consideração os indicadores de preço de combustíveis.

Os combustíveis, direta ou indiretamente, são parte importante do nosso cotidiano, seja na forma como nos locomovemos, seja no preço dos produtos que consumimos. Para ter uma ideia, o diesel, por exemplo, representa por volta de 40% do preço dos transportes. Na era do e-commerce, esse valor está impresso em praticamente tudo o que compramos.

O Brasil é movido a asfalto, diesel e caminhão. Aproximadamente, 60% das cargas no País são movidas pelas rodovias, de acordo com a Confederação Nacional do Transporte – e que já foi pauta aqui no Estadão. A oscilação no preço dos combustíveis movimenta toda uma cadeia que influencia diretamente o dia a dia da população, em diferentes frentes e atuações.

Em 2022, por exemplo, uma disparada de 18,8% no preço da gasolina, e 24,9% no do diesel, fez as entregas por delivery subirem até 50%. As passagens aéreas chegaram a registrar mais de 60% de aumento.

Em um cenário em que dados e transações são a base para tomadas inteligentes de decisão, aumentando a assertividade principalmente para escolhas que envolvem alto investimento, é fundamental utilizar a inteligência de dados para criar indicadores confiáveis e poder analisá-los da melhor forma.

Índices confiáveis

A demanda por inovação em mobilidade é sempre puxada por três fatores: velocidade, segurança e economia/sustentabilidade. Coloco a economia e a sustentabilidade na mesma atribuição de pontos de vista porque ambas são entendidas como a utilização de menos materiais e energia, seja por questões ambientais, seja pela economia de gastos financeiros.

É justamente neste último aspecto de inovação em mobilidade que podemos entender a necessidade de uma ferramenta de indicadores de combustíveis. Cada vez mais, é necessário termos acesso a parâmetros racionais e embasados para compreender o perfil, o preço, o consumo, a qualidade e a eficiência para entender os impactos na economia e na mobilidade.

Isso significa uma base sólida para que empresas e motoristas comuns passem a contar não só com uma economia significativa mas também com um meio de diminuir sua pegada de carbono.

No cenário internacional, decisões macroeconômicas também levam em consideração os indicadores de preço de combustíveis. Um estudo do FMI (Fundo Monetário Internacional), por exemplo, analisou fatores que determinam se os governos repassam ou não as mudanças nos preços internacionais dos combustíveis para os preços domésticos. E o que se descobriu é que o repasse é maior quando as mudanças internacionais são moderadas.

Isso acontece justamente pelo efeito dominó que o repasse representa. Afinal, ainda de acordo com o estudo, o aumento afeta o consumo de energia, a inflação, a arrecadação fiscal e a distribuição de renda nesses países.

Entendendo que o mercado estava carente de uma nova ferramenta para acompanhar a mecânica de oscilação nos preços de combustíveis, a Veloe se aproximou da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) para pensar em um produto acessível que seja útil a todos os públicos para um caminho de escolhas inteligentes e inovação na mobilidade.

Foi assim que surgiu o Panorama Veloe de Indicadores de Mobilidade. Uma ferramenta que une a agilidade da iniciativa privada com o crivo de inteligência e credibilidade da Fipe, uma das mais respeitadas instituições de pesquisa do Brasil.

Mais do que análises sobre combustíveis, a ferramenta ainda cruza dados para avaliar quanto um tanque de gasolina representa para a renda familiar de cada região e onde vale mais a pena abastecer com etanol ou gasolina. Além de combustíveis, o panorama vai trazer outros levantamentos, em um futuro breve, sobre diferentes temas ligados à mobilidade.

É preciso criar oportunidades conjuntas entre o setor público e o privado para levar a melhor prestação de serviço à sociedade. O setor privado tem acesso aos dados, à expertise e à tecnologia, enquanto o setor público conta com a robustez de ferramentas de pesquisa para estruturar o conhecimento e a força com a sociedade.

Essa combinação é marcante, porque permite transformar dados em inovação, oferecendo uma base consistente para a melhor tomada de decisão e contribuindo para uma mobilidade cada vez mais fluida e inteligente.

Fonte: Mobilidade Estadão

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