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CARREGADOR ELÉTRICO: QUAL É O MODELO PARA O MEU CARRO OU FROTA?

Sergio Jacobsen
Sergio Jacobsen
Vice-presidente de Smart Infrastructure da Siemens, abrangendo as áreas de soluções e produtos de média e baixa tensão, produtos de controle para automação industrial, automação predial, geração e armazenamento de energia distribuída e soluções para eletro mobilidade.

Aumento progressivo de veículos elétricos até 2030 alerta para o avanço da infraestrutura necessária para a consolidação do mercado de mobilidade

Daqui a oito anos, em 2030, a frota de veículos PHEV (Plug-in Hybrid Electric Vehicle, veículo elétrico plugável) e BEV (Battery Electric Vehicle, veículo elétrico a bateria) vai aumentar 160 vezes. Saltaremos de atuais 31.064 unidades para 507.000, segundo um estudo realizado pela Boston Consulting Group, empresa de consultoria global, que prevê ainda a necessidade de investimentos de R$ 14 bilhões no mercado de mobilidade elétrica até 2035. 

A progressão dos números traz com ela não apenas uma transformação inevitável, mas também todas as variáveis que acompanham essa excelente mudança e pautam as principais discussões de ESG: a valorização da matriz renovável brasileira, a descarbonização, o incremento das políticas públicas sobre o assunto e a construção de cidades inteligentes que transformem o cotidiano dos cidadãos, com menos doenças respiratórias, menos barulho, menos poluição. Lembrando que 13% das emissões de CO2 são provenientes de transportes, sendo 91% do modelo rodoviário.

A Siemens realizou um estudo para um cliente que tem uma rede de postos de abastecimento urbanos e rodoviários que buscava entender qual o melhor carregador para a frota circulante no Brasil e oferecer esse serviço para os usuários. Para atender a um contingente de quase 8 mil veículos elétricos em circulação no Brasil, foi estudada a potência média de carregamento da bateria e sua capacidade para que o veículo possa circular. Como resultado, a potência média de carregamento dessa frota será de 88 kW e a capacidade média da bateria dessa frota é de 53 kWh. 

Buscando a experiência do usuário em rodovias, considerando a potência média da frota e a capacidade da bateria, um carregador que melhor se adapta seria, por exemplo, um modelo DC de 160kW ou 180kW, com 2 plugs CCS (80kW a 90kW por plug), com tempo de carregamento médio de 40 minutos (de 0% a 100% da bateria) ou 32 minutos (de 20% a 100% da bateria).

Em relação à região de instalação dos carregadores, como 50% dos veículos elétricos estão em sete cidades dos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Paraná, as rotas mais viáveis seriam Rio/São Paulo, São Paulo/Curitiba, São Paulo/Belo Horizonte, São Paulo/Campinas/Oeste Paulista e São Paulo/Litoral Paulista. 

Na Siemens, ao contrário do que diz o ditado “em casa de ferreiro, o espeto é de pau”, nós estamos incentivando a mobilidade elétrica de nossos colaboradores ao instalar dentro de nossas localidades Anhanguera e Jundtech os carregadores VersiCharge, adequado para locais onde o veículo fica parado por várias horas: residências, condomínios, empresas. Este modelo é conhecido como Wallbox, ou seja, pode ser instalado em uma parede ou um totem. O produto é tão inovador que até ganhou um dos prêmios de design mais importantes do mundo: o iF Design Awards 2021. Da mesma categoria de produtos, a Siemens tem o SiCharge, equipamento de carregamento rápido em corrente contínua, ideal para postos urbanos ou rodoviários.

O mercado de carregadores é muito promissor, mas não podemos deixar de questionar se nossas cidades estão preparadas para receber a infraestrutura necessária. Hoje, eu digo que não, mas as perspectivas para avançar nesse sentido são positivas.

O caminho é longo e investimentos são mais do que necessários, mas entendemos que uma sociedade comprometida está pavimentando o caminho para cidades cada vez mais conectadas, inteligentes e sustentáveis.

As ideias e opiniões expressas no artigo são de exclusiva responsabilidade do autor, não refletindo, necessariamente, as opiniões do Connected Smart Cities 

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