Desta vez, o eixo Tecnologia e Inovação foi pauta do programa que recebeu especialistas da área e representantes das cidades
Na última terça-feira, 24/05, a Plataforma Connected Smart Cities trouxe mais um Evento Temático 2022 do Ranking CSC para discutir Tecnologia e Inovação, tomando por base cases das cidades de Campinas (SP), representada por Newton Frateschi, Secretário Adjunto de Desenvolvimento Econômico, Tecnologia e Inovação; Cristina Schwinden, Secretária Municipal de Administração da Prefeitura de Palhoça (SC); Andre Tomazetti, Gerente de Dados da Prefeitura de Goiânia (GO); Jonny Doin, Sócio de Tecnologias de Quarta Revolução Industrial na SPIn Soluções Públicas Inteligentes; Carlos Eduardo de Souza, Responsável e-city da Enel X; e Evandro Roveran, Sales District Manager na divisão Building Technologies da Robert Bosch Ltda.
Abaixo você confere os principais Highlights apresentados nesta série que continua no dia 07 de junho, com o eixo Governança.
Willian Rigon, diretor de marketing da Urban Systems, e pesquisador responsável pelo Ranking CSC, apresentou os atuais indicadores do recorte de Tecnologia e Inovação e comentou que Cidades Inteligentes já foram confundidas com cidades tecnológicas, mas ‘cidades inteligentes são cidades que trazem soluções e qualidade de vida aos seus habitantes, podendo ser, também, uma cidade tecnológica’, afirmou.
Cristina Schwinden apresentou Palhoça, antiga cidade dormitório de Santa Catarina, como uma cidade alinhada ao uso de tecnologias, que tem falta de investimento em estrutura tecnológica, mas que apresenta um mercado com diversas soluções. Cristina afirmou que Palhoça enfrenta os desafios implantando um ambiente digital (dentro e fora da Prefeitura), focando em tecnologia para todas as políticas públicas e com PPP (Parceria Público-Privada) em 100% da telegestão. A burocracia, segundo Schwinden, é uma das maiores dificuldades enfrentadas no poder público.
O gerente de dados da Prefeitura de Goiânia, André Tomazetti, apresentou o escritório de prioridades estratégicas que foi criado na cidade. Goiânia nunca teve problema com a tecnologia, segundo o gerente, mas o passo importante que tomaram foi criar um banco de dados. A análise do indicador foi um caminho para conseguirem inovar. A equipe de análise, através de levantamento de dados da cidade, pontuou a realidade e um case apresentado foi o da Secretaria de Infraestrutura, que conseguiu trazer a melhor solução para o recapeamento que se fazia necessário. Tomazetti comentou que é preciso orientar o servidor público a usar a tecnologia disponível na gestão.
Newton Frateschi disse que a maior dificuldade é o poder público se abrir ao ecossistema de inovação. “Inovação é muito mais a maneira de pensar e transformar ideias em conhecimento”, comentou. Segundo Frateschi, Campinas é uma cidade berço da inovação tecnológica e o que precisa é atrair mais investimento. A transformação digital na cidade abrange os programas: Campinas na Palma da Mão; Aprova Fácil; Zoneamento Online; Bela; e Zona Azul Digital. A Lei mais recentemente aprovada foi a Lei de Inovação, que abre oportunidade para startups trabalharem com o poder público, por meio do Sandbox Regulatório.
Jonny Doin, da Spin Soluções Públicas Inteligentes, trouxe sua participação provocando os telespectadores com a pergunta: Até onde estamos dispostos a ir pela inovação? E apontou que o Sandbox é o ‘brincar de fazer coisas’. Doin afirmou que os Sandboxes são ferramentas que surgiram para teste no ramo financeiro, eles regulam, testam, aprovam e adotam determinada solução. Jonny também comentou sobre as tecnologias de inteligência artificial que já dominam, praticamente, todos os setores da economia. “As Inteligências Artificiais precisam sair do playground e assumir responsabilidades”, disse Jonny Doin. E acrescentou ainda que ‘o principal desafio é trazer as experiências do setor privado e da inovação para o setor público, sem causar danos ao cidadão’.
Voltando à mesa de debate, Cristina Schwinden comentou sobre a experiência de Palhoça que, durante a pandemia, abriu um canal por whatsapp para auxiliar nas dúvidas do cidadão. Tomazetti lembrou que o cidadão já usa a tecnologia, para tudo tem um celular em mãos, e Newton Frateschi voltou a evidenciar a importância da base de dados para uma gestão pública.
“Usando da Unificação, economizamos tempo e dinheiro nas licitações em conjunto”, disse Cristina Schwinden. “A pandemia serviu para quebrar muitos preconceitos. A Pandemia acabou forçando os mecanismos para que pudéssemos aprimorar o trabalho do funcionalismo público, sendo medido por resultado e não por ponto ou presença”, comentou Tomazetti. E disse também que a publicação dos rankings acabam gerando pressão nos gestores.
Newton Frateschi, representante da cidade de Campinas, salientou ainda que há um grande esforço para efetivar cada vez mais a transparência e o acesso aos dados do poder público. “Vários serviços, principalmente ligados às áreas de urbanismo, têm sido implementados. Por exemplo, o zoneamento online: uma plataforma georreferenciada para auxiliar no uso e ocupação do solo”, afirmou.
Todo o conteúdo do vídeo, você pode assistir, gratuitamente, no canal do Youtube do Connected Smart Cities. Confira o calendário de programação dos Eventos Temáticos do Ranking CSC pelo site. Inscreva-se neste link para interagir com os participantes dos próximos programas.
Nos vemos na Governança!
Assessora de Imprensa da Necta – Conexões com Propósito