Segundo dados da Fundação Getúlio Vargas, a falta de habitação atinge principalmente as famílias de baixa renda, 91% ganham entre 1 e 3 salários mínimos e mais de 12 milhões de pessoas vivem em favelas
Impactar positivamente e desenvolver um ecossistema saudável que melhore a qualidade de vida de comunidades de baixa renda. Essa é a proposta do programa de aceleração HousingPact, uma iniciativa apoiada pela Fundação Tide Setubal, que apresenta soluções inovadoras para a moradias populares constituídas por: banheiro móvel, que pode ser transportado e instalado rapidamente nas áreas periféricas da cidade, home office acústico bioclimático, brechó da construção civil, e produto que gera redução de até 40% no valor da conta de água. Tais pilotos foram implementados, inicialmente, em regiões periféricas da zona leste de São Paulo, como Jardim Lapenna e Guaianases.
As iniciativas fazem parte dos projetos impulsionados pelo HousingPact, uma iniciativa de impacto social que reúne as organizações ArcelorMittal, MiningPact, DEXCO, HM Engenharia, InterCement, Instituto InterCement, Instituto Polaris, Fundação Tide Setubal e Sicoob.
O objetivo dessa articulação é identificar soluções inovadoras para gerar melhoria nas condições de habitação de baixa renda brasileiras por meio da venda de produtos e serviços adequados e acessíveis. Mais que um programa de aceleração para o setor de moradia, o propósito é construir e fortalecer as alianças entre empreendedores e a indústria da habitação para tornar as moradias de comunidades periféricas mais adequadas à sua realidade.
O HousingPact oferece condições para os empreendedores desenvolverem suas ideias, aplicá-las e construir um case real da solução. Ao final do programa, a intenção é que a rede de inovação do setor tenha a possibilidade de tornar seus produtos e serviços escaláveis e replicáveis.
Fabiana Tock, coordenadora do programa Cidades e Desenvolvimento Urbano da Fundação Tide Setubal, destaca a relevância da atuação coletiva: “Embora não seja possível pensar numa solução para o problema do déficit de estrutura sem a participação do Estado, sabemos também que dificilmente esses problemas vão ser resolvidos somente a partir da perspectiva pública. Por isso, entendemos que a sociedade civil em geral e o mercado formal tem um papel a ser cumprido na provisão de infraestrutura das periferias. Precisamos mostrar para o investidor privado que ele pode investir em bens sociais e ter retornos positivos ou retornos comparáveis com aquele que teria no mercado de investimento”.
“Com os novos pilotos do HousingPact estamos provando que existem formas de melhorar a experiência de moradia da população de classe C e D, oferecendo produtos e serviços pensados, desde o início, para esse público e articulando para que eles tenham um preço acessível e/ou sejam financiados. E, após os pilotos, o objetivo é que os mesmos sejam replicados e escalados”, afirma Mariana Roquette, Gestora do Programa HousingPact.
Dentro do projeto há cinco pilotos focados de curto prazo, fácil implementação e rápida aprendizagem.
- Associação turbinada – ArqCoop+ e BeSun – Brechó de materiais da construção civil, parceria com Associações de moradores de bairros com população de baixa renda que envolve reforma de local para loja e venda de produtos de construção reutilizados de boa qualidade a preços acessíveis;
- Replicação Moradigna – programa de replicação de reformas eficientes dentro do prazo e orçamento e com financiamento barato em outras cidades;
- Piipee – economia de até 40% na conta de água a partir da utilização de um produto aplicado diretamente no vaso sanitário;
- Tebas sustentabilidade – banheiro móvel modular, funcional, montado em 2 dias e adequado para as condições de periferias populosas;
- Tebas sustentabilidade – home office acústico bioclimático que atende as classes C e D com o trabalho a distância. É 40% mais barato, 2 dias para a montagem, e tem capacidade de isolar sons externos e climatização.
Com informações da Assessoria de Imprensa
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