Estudo realizado pela Pearson ouviu 6 mil mulheres em 6 países para entender a percepção em relação às suas carreiras
Com a chegada do dia 08 de março, novas reflexões a respeito do Dia Internacional da Mulher também voltam à tona. A data, criada em 1917, é marcada pela luta de operárias russas que reivindicavam melhores condições de trabalho e de vida impostas pelas dificuldades causadas pela Primeira Guerra Mundial (1914-1918).
Mais de um século passado desde a criação da data, a equidade de gênero nas empresas ainda está longe de ser justa. É o que mostra a terceira parte da Global Learner Survey, realizada pela Pearson em parceria com a Morning Consult, que ouviu seis mil mulheres em seis países (Estados Unidos, Reino Unido, Brasil, México, Índia e China) para entender a percepção das mulheres em relação às suas carreiras e como a pandemia afetou ainda mais suas vidas profissionais e pessoais.
A pesquisa revela que as mulheres ainda enfrentam barreiras na carreira, segurança e independência: 74% das entrevistadas acreditam que todos os tipos de preconceito e discriminação ainda são pontos difíceis na hora de buscar novas oportunidades de trabalho, sendo que 65% afirmaram que a discriminação de idade é a principal questão a ser combatida.
Outro dado preocupante descoberto no estudo é que pelo menos 75% das entrevistadas nos EUA, Reino Unido, Brasil e Índia temem que as incertezas financeiras criadas pela pandemia tenham colocado muitas mulheres em situação de violência doméstica.
Reavaliação das carreiras
Por outro lado, 84% das entrevistadas no Brasil também afirmaram que estão usando a pandemia como uma oportunidade para reavaliar suas vidas, principalmente as carreiras. Esse número passa para 86% entre as brasileiras da chamada Geração Z (nascidas entre o final da década de 90 e início do século XXI), 84% para as Millenials (nascidas entre o início da década de 80 e metade dos anos 90), 79% para as Geração X (nascidas entre meados da década de 60 e início da década de 80) e 89% para as Baby Boomers (nascidas entre o final da década de 40 e metade da década de 60).
Quando questionadas sobre o que pretendem fazer, mulheres de diversas gerações e países responderam que planejam tomar as medidas necessárias para iniciar seus negócios próprios no próximo ano. No Brasil elas também apresentaram essa percepção, com 30% entre as mulheres da Geração Z, 33% para as Millenials, 37% na Geração X e 41% para as Baby Boomers.
“Mesmo com todas as disparidades já conhecidas no mercado de trabalho, potencializadas com a chegada da pandemia, as mulheres continuam lutando por melhores condições, tanto na busca por maior qualificação ou novas formas de empreender. A pesquisa joga luz em todas essas questões e mostra que existe um caminho de mudança a ser seguido”, acredita Heloisa Avilez Guerato, Diretora Comercial da Pearson.
Outras descobertas desta edição da Global Learner Survey incluem:
- Existe um impacto percebido desde o início da COVID-19 no México e no Brasil de acordo com mulheres de todas as gerações. No México, a confiança em suas carreiras entre as mulheres Baby Boomers está diminuindo (42%), além disso elas sentem também mudança nos salários (46%). Esse cenário vem sendo compartilhado também por China e Índia preocupadas com as consequências da pandemia, onde acreditam que o retrocesso econômico para as mulheres levará pelo menos 10 anos para ser recuperado.
- No Brasil (87%), China (70%) e México (79%), a maioria das mulheres acreditam que têm menos oportunidades do que os homens no ambiente corporativo. Entre as mulheres da Geração X e também baby boomer que procuram trabalho em países como Brasil, China, Índia e México estão preocupadas com a idade e o gênero também serem uma barreira. Especialmente na Índia, elas ainda temem que sua raça e/ou etnia possa ser mais um empecilho.
- Habilidades de empreendedorismo estão entre as mais desejadas em mulheres da Geração X (31%) e Baby Boomer (29%) do Brasil. A pandemia aumentou o interesse global das mulheres em aprender novas habilidades, com 88% das que procuram trabalho buscando incrementar suas habilidades profissionais para se tornarem melhores candidatas a empregos.
A Pearson conduziu o estudo em parceria com a Morning Consult, empresa global de inteligência de dados sediada nos Estados Unidos. Ao todo, foram ouvidas seis mil mulheres a partir dos 18 anos, por meio de entrevistas online, entre os dias 17 de agosto e 5 de setembro de 2021. Os resultados são representativos da população com acesso à internet em cada país, com margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
Iniciativas de equidade de gênero
Ciente deste cenário desafiador, a Pearson tem buscado adotar algumas ações internas para que a realidade das mulheres de todo o time LATAM no ambiente corporativo se torne mais justa.
Uma delas é o Employee Assistance Program (EAP), que oferece aos colaboradores assistência psicológica gratuita, além de acessos a serviços locais, como cuidados com crianças, atenção a idosos e auxílio para uma vida mais saudável, debatendo temas sobre qualidade do sono, gravidez e boa alimentação.
Outro projeto que tem sido implementado com sucesso na Pearson em todo o mundo é o grupo ‘Mulheres em Aprendizagem e Liderança’ (WILL), um grupo formado somente por mulheres que são funcionárias Pearson, que tem como objetivo gerar conversas internas entre elas e na empresa como um todo sobre o papel das mulheres no mercado de trabalho, a luta por equidade e igualdade, os desafios de ser mulher em determinada região, entre outros temas relevantes.
Além disso, a Pearson lançou as Diretrizes de Igualdade de Gênero e a Política Global de Equidade e Inclusão, um compromisso da empresa para combater o preconceito de gênero e estereótipos na educação. Tais diretrizes ajudarão a Pearson a criar produtos e soluções mais inclusivas e diversas, buscar um ambiente corporativo cada vez mais igualitário a nível de cargos e salários e também auxiliar os colaboradores a desafiar ativamente preconceitos e estereótipos de gênero, raça, orientação sexual e identidade, entre outros.