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Arquivo Nacional lança Matriz de Carbono e reforça compromisso com a sustentabilidade

Iniciativa integra o Plano Diretor de Logística Sustentável 2024-2025 e alinha-se aos objetivos da COP-30, que será realizada em Belém (PA) em novembro deste ano

Um marco importante rumo à sustentabilidade e à governança ambiental no setor público, o Arquivo Nacional mapeou e calculou sua primeira Matriz de Carbono, referente ao ano de 2024. A ação está inserida no Plano Diretor de Logística Sustentável (PLS-AN) 2024-2025 e tem como objetivo identificar, mensurar e planejar a redução das emissões de gases de efeito estufa (GEE) geradas pelas atividades institucionais.

A Matriz de Carbono é uma ferramenta de diagnóstico ambiental que mapeia, de forma detalhada, as principais fontes emissoras de gases como dióxido de carbono (CO₂), metano (CH₄) e óxidos de nitrogênio (N₂O), possibilitando que a instituição formule estratégias mais eficazes para mitigar seu impacto ambiental. O levantamento considerou dados como consumo de gás natural e energia elétrica, uso de equipamentos, climatização de ambientes, deslocamento de pessoas e viagens a trabalho, abrangendo as unidades do Arquivo Nacional no Rio de Janeiro e em Brasília.

O estudo revelou que, em 2024, o Arquivo Nacional emitiu aproximadamente 2.220 toneladas de CO₂ equivalente. A maior parte dessas emissões (mais de 80%) está relacionada à climatização das áreas de trabalho e das áreas de guarda de documentos, especialmente na sede, no Rio de Janeiro. O deslocamento de servidores, usuários e visitantes e as viagens aéreas a trabalho também aparecem como fontes relevantes.

Segundo o levantamento, a transição para fontes renováveis, como a energia solar, pode ser um caminho promissor. A Superintendência Regional do Arquivo Nacional em Brasília, por exemplo, possui estrutura física que permitiria neutralizar a emissão de carbono de toda a instituição, caso parte de sua cobertura fosse equipada com painéis fotovoltaicos.

A iniciativa do Arquivo Nacional dialoga diretamente com os compromissos assumidos pelo Brasil no Acordo de Paris e reforça o papel da administração pública federal no enfrentamento das mudanças climáticas. A ação também ganha ainda mais relevância em um ano simbólico: em novembro de 2025, o Brasil sediará, em Belém (PA), a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, a COP-30, que reunirá líderes mundiais para debater soluções para a crise climática global.

Nesse contexto, a construção da Matriz de Carbono do Arquivo Nacional representa não apenas um avanço técnico, mas também uma sinalização política e institucional de compromisso com a transparência ambiental, a eficiência energética e a preservação das futuras gerações. O conhecimento produzido a partir dessa matriz permitirá que o Arquivo planeje ações estruturais, revise práticas de gestão e busque certificações de carbono neutro no médio e longo prazo.

A elaboração e divulgação da Matriz de Carbono reafirmam o protagonismo do Arquivo Nacional na agenda de sustentabilidade do Governo Federal e mostram que, mesmo instituições dedicadas à preservação de documentos arquivísticos podem e devem ser agentes ativos no combate às mudanças climáticas.

Fonte: Arquivo Nacional

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