Experiência do usuário como motor da transformação urbana, compreenda o papel das tecnologias inteligentes e da mobilidade integrada.
Estamos acompanhando um cenário de transformação nos centros urbanos e podemos dizer que a experiência do usuário se torna o eixo central das soluções de mobilidade. Muito mais do que chegar ao destino, o que define o sucesso de uma jornada urbana é a maneira como ela acontece. Essa percepção já tem sido identificada pelos gestores públicos e tem influenciado desde o desenho de políticas públicas até a adoção de tecnologias do setor privado.
De acordo com estudo do McKinsey Center for Future Mobility, da McKinsey & Company, centro global de pesquisa aplicada e análise de tendências sobre mobilidade urbana e transportes, mais de 60% dos usuários de áreas urbanas estão dispostos a adotar modalidades compartilhadas de transporte, como micromobilidade (bicicletas e scooters) e transporte autônomo, o que indica uma substituição parcial do uso de veículos privados.
Nessa mesma linha, surgem as tecnologias inteligentes, que apoiam nessa experiência. Destaco aqui sistemas de smart parking, como sensores de ocupação em estacionamentos e de reconhecimento de placa, por exemplo, que reduzem o tempo médio de busca por vaga em até 43%, conforme estudos da University of Sydney. Por lá, essa redução se traduziu também em menor estresse, melhor fluidez urbana e maior satisfação nos pontos de entrada e saída. E é inegável que esses indicadores impactam diretamente a percepção do usuário.
Além disso, experiências integradas, como as mediadas por plataformas de ‘Mobility as a Service’ (MaaS), têm grande apelo junto ao público urbano. Um relatório recente destaca que os consumidores valorizam experiências unificadas, infraestrutura acessível e mobilidade eletrificada, listadas como as três expectativas principais para a mobilidade do futuro.
E não podemos deixar de falar sobre o impacto da sustentabilidade na experiência do usuário. Essas soluções estão diretamente ligadas a esse aspecto. O smart parking não apenas melhora a conveniência, mas reduz emissões e congestionamentos. Pesquisas já mostram que essa tecnologia pode diminuir emissões por veículos circulantes em até 30% em áreas centrais.
Na INDIGO, essa integração de tecnologia e experiência já acontece, aliando infraestrutura, tecnologia e serviço. Ao integrar opções como sensores em vagas de estacionamento, painéis digitais, recarga para veículos elétricos e atendimento inteligente, os usuários têm uma experiência mais agradável, conveniente e ágil.
Somadas, essas iniciativas comprovam que a experiência do usuário é determinante para a eficácia de qualquer solução urbana. Gestores, tanto da iniciativa privada quanto pública, precisam estar atentos a isso. O futuro da mobilidade será definido por quem tiver capacidade de centralizar as expectativas dos usuários e integrar todo o ciclo do cliente diante das necessidades diárias de deslocamento.
As ideias e opiniões expressas no artigo são de exclusiva responsabilidade do autor, não refletindo, necessariamente, as opiniões do Connected Smart Cities.

Thiago Piovesan é CEO da Indigo Brasil, líder mundial em gestão de estacionamentos e mobilidade individual. Presente em mais de 350 cidades de 10 países, a empresa trabalha para criar espaços que propiciem jornadas tranquilas, conectando serviços e modais de mobilidade aos usuários e ajudando no desenvolvimento de cidades inteligentes e agradáveis para as pessoas.