Enquanto a IA tradicional se limita a responder perguntas, os agentes de IA vão além: executam tarefas, tomam decisões baseadas em regras, interagem com sistemas e aprendem com o uso.
Você já deve ter se perguntado como, de fato, funciona a inteligência artificial no setor público e como separar o que é só promessa daquilo que realmente entrega valor no dia a dia da gestão.
A verdade é que essa nova fase da IA não será sobre respostas rápidas em chatbots engessados, será sobre fazer melhores sistemas para gestão pública.
Enquanto a IA tradicional se limita a responder perguntas, os agentes de IA vão além: executam tarefas, tomam decisões baseadas em regras, interagem com sistemas e aprendem com o uso.
São como braços extras da gestão, assumindo as partes repetitivas e operacionais para liberar o servidor para o que exige análise humana.
Por que isso importa (muito) na gestão pública?
Porque o maior gargalo hoje não é a falta de informação, é:
- A sobrecarga de etapas.
- A escassez de pessoas para executar.
- A sensação de que “estamos sempre apagando incêndios” e que não sobra tempo para o estratégico.
É aí que os agentes da Lume, a inteligência artificial desenvolvida pela Aprova e aplicada à rotina pública, entram com tudo. Eles são capazes de:
- Analisar documentos e cruzar dados em segundos.
- Executar tarefas repetitivas, como verificar pendências ou validar campos.
- Tomar decisões com base em regras, como liberar um alvará simples ou sinalizar para análise humana.
- Interagir com múltiplos sistemas, sem depender de “pessoa passando planilha”.
- E até sugerir decisões baseadas em histórico e contexto.
Tudo isso com rastreabilidade, explicabilidade e foco no que importa: melhorar o serviço público.
Um novo tipo de inteligência no coração da prefeitura
Muita gente ainda associa IA a um “chatbot que conversa”. Mas isso é só a superfície.
O que estamos vivendo agora é a era dos agentes inteligentes: softwares que entendem contextos, seguem instruções complexas, e tomam decisões baseadas em fluxos reais de trabalho.
Eles não são assistentes de voz com frases decoradas. São servidores digitais. E, como qualquer bom servidor, eles trabalham.
- Trabalham 24/7.
- Trabalham com consistência.
- Trabalham com base em regras bem definidas.
E – o mais importante – liberam o servidor humano para o que é estratégico, relacional e complexo.
Agente de Licitações
Um bom exemplo da evolução da Lume é o novo Agente de Licitações.
Esse agente foi criado para apoiar os servidores na etapa inicial de processos de compras. Ele analisa as informações preenchidas no formulário, como objeto, justificativa e valores, e gera automaticamente uma minuta completa, já no formato exigido pela nova Lei de Licitações (14.133/2021).
Sim, tudo isso em segundos.
Ele entende o contexto, usa a base normativa e aplica o conhecimento da máquina para gerar um documento juridicamente correto e pronto para avançar nas etapas seguintes.
Esse tipo de automação economiza tempo, evita erros e padroniza o que antes dependia de muito retrabalho.
“Mas IA vai substituir o servidor?”
Essa é uma das perguntas mais comuns. E a resposta é clara: não.
O papel da IA no setor público não é substituir pessoas, mas sim devolver tempo às pessoas.
Ela cuida do repetitivo, para que o humano cuide do decisivo.
Em Cascavel, no Paraná, por exemplo, a Secretaria de Planejamento estima que cada servidor deve poupar em torno de 30% do tempo com a Lume nas análises de documentos.
É como um servidor auxiliar, que ajuda a preparar terreno, levantar dados, checar pendências, organizar minutas. E quando tudo estiver pronto… a decisão final é sempre do gestor.
Se você está sobrecarregado com tarefas que poderiam ser automatizadas, a IA pode ser uma aliada. Mas ela precisa ser bem feita.
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As 5 características que uma IA precisa ter
- Governança clara
Quem treina? Quem supervisiona? Quais dados são usados? A IA pública precisa ter regras, responsáveis e auditoria. Sem isso, vira risco.
- Segurança de ponta
Dados públicos são sensíveis e precisam ser tratados com responsabilidade. Criptografia, armazenamento seguro e controle de acesso não são opcionais.
- Adaptação ao contexto municipal
Cada cidade é um universo. Não dá pra enfiar uma IA genérica num sistema cheio de regras locais e peculiaridades.
- Integração com fluxos reais de trabalho
Uma IA que não conversa com os sistemas existentes… atrapalha mais do que ajuda.
Ela precisa se conectar com a realidade da gestão pública, e não forçar a prefeitura a mudar seu fluxo para caber nela.
- Explicabilidade
Servidor público precisa justificar decisões. E se a IA sugere algo, ela precisa mostrar o porquê — com rastreabilidade e transparência.
Resultados que já começaram a aparecer
Desde que a Lume foi implementada em clientes da Aprova, alguns efeitos já podem ser sentidos:
- Redução de tempo em análises e elaboração de minutas
- Mais consistência nos documentos gerados
- Menos retrabalho por erros de preenchimento
- Mais autonomia dos servidores nas etapas iniciais
- Melhor visibilidade para os gestores sobre o andamento dos processos
Mas o maior ganho mesmo é intangível: a sensação de que finalmente alguém – mesmo que digital – está ajudando a fazer o que precisa ser feito.
E o que ainda está por vir?
Além do Agente de Férias e agora o Agente de Licitações, outros já estão em desenvolvimento, com foco em:
- Alvarás e licenças urbanísticas
- Regularização fundiária
- Licenciamento ambiental
- Protocolos e atendimento ao cidadão
- Controle de prazos e vencimentos
E tudo isso com base nas regras, legislações e práticas do serviço público brasileiro.
Nada de IA genérica feita para outros setores e adaptada de qualquer jeito. Aqui, a IA nasce govtech.
Mais do que tecnologia, a verdadeira transformação vem com gente preparada e disposta a usar a ferramenta da forma certa. Por isso, sempre digo para gestores públicos que não adianta “jogar IA na prefeitura” e esperar milagre.
É preciso treinar, contextualizar, ajustar fluxos, revisar normativos e, acima de tudo, incluir os servidores no processo de construção da solução.
A IA não é o fim. É o meio para fazer mais, melhor e com menos desgaste.
E se sua prefeitura quiser começar?
Se sua gestão está buscando formas de ser mais eficiente, reduzir retrabalho, encurtar prazos e melhorar o atendimento ao cidadão, vale a pena conhecer o que os agentes de IA da Lume em ação.
- Não exige infraestrutura complexa.
- É acessível a prefeituras de todos os portes.
- Pode começar com fluxos simples e ir avançando conforme o uso.
- É integrada ao sistema Aprova, com rastreabilidade, segurança e conformidade legal.
A transformação digital na sua prefeitura não precisa ser difícil. Ela só precisa começar do jeito certo.
