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Smart parking ganha força como peça-chave na competitividade das operações

Thiago Piovesan
Thiago Piovesan
Thiago Piovesan é CEO da Indigo Brasil, líder mundial em gestão de estacionamentos e mobilidade individual. Presente em mais de 350 cidades de 10 países, a empresa trabalha para criar espaços que propiciem jornadas tranquilas, conectando serviços e modais de mobilidade aos usuários e ajudando no desenvolvimento de cidades inteligentes e agradáveis para as pessoas.

Como a inteligência de dados está transformando estacionamentos em centros estratégicos de mobilidade e receita

No setor de mobilidade urbana, a gestão de estacionamentos deixou de ser um serviço meramente auxiliar. Não é de hoje que integrar esse serviço se tornou um pilar estratégico da operação, capaz de aumentar receita, reduzir custos e aprimorar a experiência do usuário. Integrar o estacionamento ao core business de empresas não é mais diferencial, é requisito para competir num mercado cada vez mais exigente.

Em um estudo da Cornell University, um sistema inteligente de alocação de vagas reduziu em 64% o tempo médio de busca por vaga ao direcionar motoristas ao espaço mais próximo. De forma semelhante, no programa piloto SFpark em São Francisco, sensores e painéis em tempo real diminuíram o tempo de procura de 9,2 min para 6,6 min (– 41%). Essa agilidade interna aumenta a rotatividade, corta custos operacionais e eleva a satisfação do usuário.

Num cenário mais amplo, 47% dos líderes entrevistados pela consultoria global McKinsey &  Company afirmam que dados e análises transformaram a natureza da competição em seus setores nos últimos três anos. No universo dos estacionamentos, esse movimento se traduz em plataformas que cruzam informações de ocupação, perfil de clientes e variação de demanda para ajustar tarifas dinamicamente, planejar expansões e personalizar ofertas. O resultado? Essas ações impactam diretamente a rentabilidade e a satisfação do usuário.

O mercado global de smart parking ilustra o potencial desse modelo: avaliado em US$ 8,5 bilhões em 2023, o setor deve saltar para US$ 48,3 bilhões até 2033, crescendo a uma taxa média de 19,3% ao ano, segundo estimativas da Allied Market Research. Esse crescimento é puxado pela adoção de tecnologias como Internet das Coisas (IoT), inteligência artificial e aplicativos de reserva de vagas que transformam estacionamentos em hubs de mobilidade.

Leia mais: Dados, Inteligência Artificial e Políticas Públicas Mais Inteligentes para as Cidades

Em aeroportos, onde o fluxo de veículos e passageiros é intenso, as receitas não aeronáuticas, incluindo estacionamento, varejo e serviços, representaram 36,7% de toda a receita em 2023, segundo a ACI World. Esse é mais um exemplo de que integrar o estacionamento ao core business traz muita relevância ao otimizar a experiência de viagem (no caso dos aeroportos), mas também ao maximizar oportunidades, e aqui falo de ações como cross-selling, fidelização e eficiência operacional.

Como exemplo, a INDIGO Brasil adotou uma solução de Revenue Management, iniciada em operações de aeroportos, para transformar dados em receita. Por meio de análise preditiva, dashboards interativos e preços dinâmicos, a equipe da INDIGO define políticas tarifárias que equilibram oferta e demanda em tempo real, aumentando tanto a ocupação quanto a rentabilidade dos estacionamentos.

Todo esse escopo de business intelligence permite prever as ações mais adequadas: antecipar fluxos de veículos, ajustar recursos,  como serviços de valet em horários de pico, e lançar ofertas. Esse é um exemplo de como os estacionamentos estão mudando, deixando de ser o destino e se transformando em plataformas que apoiam a mobilidade, a sustentabilidade e a conveniência.

Saiba mais: Inscrições abertas para o novo Ranking e os Selos Connected Smart Cities 2025

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Thiago Piovesan é CEO da Indigo Brasil, líder mundial em gestão de estacionamentos e mobilidade individual. Presente em mais de 350 cidades de 10 países, a empresa trabalha para criar espaços que propiciem jornadas tranquilas, conectando serviços e modais de mobilidade aos usuários e ajudando no desenvolvimento de cidades inteligentes e agradáveis para as pessoas.

Como a inteligência de dados está transformando estacionamentos em centros estratégicos de mobilidade e receita

No setor de mobilidade urbana, a gestão de estacionamentos deixou de ser um serviço meramente auxiliar. Não é de hoje que integrar esse serviço se tornou um pilar estratégico da operação, capaz de aumentar receita, reduzir custos e aprimorar a experiência do usuário. Integrar o estacionamento ao core business de empresas não é mais diferencial, é requisito para competir num mercado cada vez mais exigente.

Em um estudo da Cornell University, um sistema inteligente de alocação de vagas reduziu em 64% o tempo médio de busca por vaga ao direcionar motoristas ao espaço mais próximo. De forma semelhante, no programa piloto SFpark em São Francisco, sensores e painéis em tempo real diminuíram o tempo de procura de 9,2 min para 6,6 min (– 41%). Essa agilidade interna aumenta a rotatividade, corta custos operacionais e eleva a satisfação do usuário.

Num cenário mais amplo, 47% dos líderes entrevistados pela consultoria global McKinsey &  Company afirmam que dados e análises transformaram a natureza da competição em seus setores nos últimos três anos. No universo dos estacionamentos, esse movimento se traduz em plataformas que cruzam informações de ocupação, perfil de clientes e variação de demanda para ajustar tarifas dinamicamente, planejar expansões e personalizar ofertas. O resultado? Essas ações impactam diretamente a rentabilidade e a satisfação do usuário.

O mercado global de smart parking ilustra o potencial desse modelo: avaliado em US$ 8,5 bilhões em 2023, o setor deve saltar para US$ 48,3 bilhões até 2033, crescendo a uma taxa média de 19,3% ao ano, segundo estimativas da Allied Market Research. Esse crescimento é puxado pela adoção de tecnologias como Internet das Coisas (IoT), inteligência artificial e aplicativos de reserva de vagas que transformam estacionamentos em hubs de mobilidade.

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Em aeroportos, onde o fluxo de veículos e passageiros é intenso, as receitas não aeronáuticas, incluindo estacionamento, varejo e serviços, representaram 36,7% de toda a receita em 2023, segundo a ACI World. Esse é mais um exemplo de que integrar o estacionamento ao core business traz muita relevância ao otimizar a experiência de viagem (no caso dos aeroportos), mas também ao maximizar oportunidades, e aqui falo de ações como cross-selling, fidelização e eficiência operacional.

Como exemplo, a INDIGO Brasil adotou uma solução de Revenue Management, iniciada em operações de aeroportos, para transformar dados em receita. Por meio de análise preditiva, dashboards interativos e preços dinâmicos, a equipe da INDIGO define políticas tarifárias que equilibram oferta e demanda em tempo real, aumentando tanto a ocupação quanto a rentabilidade dos estacionamentos.

Todo esse escopo de business intelligence permite prever as ações mais adequadas: antecipar fluxos de veículos, ajustar recursos,  como serviços de valet em horários de pico, e lançar ofertas. Esse é um exemplo de como os estacionamentos estão mudando, deixando de ser o destino e se transformando em plataformas que apoiam a mobilidade, a sustentabilidade e a conveniência.

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