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Dia Mundial do Meio Ambiente 2025 destaca luta contra poluição plástica

Na data reconhecida para aumentar a conscientização e promover ações em prol do meio ambiente, a ONU convoca cidadãos contra a poluição plástica

Celebrado oficialmente desde o dia 5 de junho de 1973, o Dia Mundial do Meio Ambiente está sendo comemorado neste ano na Província Autônoma Especial de Jeju, na Coreia do Sul, que é o país anfitrião oficial em 2025. Jeju é uma ilha vulcânica declarada Patrimônio Mundial da Unesco pela sua geologia.

Além do Monte Hallasan, um vulcão extinto, o arquipélago também é famoso por suas cavernas de lava e paisagens naturais. Mas a grande atração do local são as haenyeomulheres mergulhadoras que coletam frutos do mar a profundidades de até 20 metros, sem respirar por até dois minutos.

A escolha desse paraíso marinho não foi aleatória: o local, considerado uma importante reserva da biosfera, enfrenta o desafio da poluição plástica recorrente, mas é também referência mundial em ações para mitigar e promover sustentabilidade.

Esse compromisso de Jeju com a sustentabilidade serve não só como exemplo prático de como comunidades podem agir para combater a poluição plástica, mas é o símbolo vivo do tema do Dia Mundial do Meio Ambiente de 2025: “Acabar com a Poluição Plástica”.

Na manhã desta quarta-feira (4), líderes das Nações Unidas destacaram a urgência de combater a poluição plástica. Divulgadas pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), as mensagens destacam os impactos devastadores do plástico nos ecossistemas, na saúde humana e no clima.

A gravidade da poluição plástica e uma esperança

Na mensagem divulgada no site do PNUMA, o secretário-geral da ONU, António Guterres, alertou que “a poluição plástica está sufocando nosso planeta, prejudicando ecossistemas, o bem-estar e o clima”. Além de entupir rios, poluir oceanos e ameaçar a vida selvagem, sua maior ameaça é praticamente invisível.

É que o material se fragmenta em microplásticos (entre 1 micrômetro e 5 milímetros) e nanoplásticos (menores que 1 micrômetro, isto é, 0,001 milímetro). Esses poluentes se infiltram em todos os cantos da Terra: do topo do Monte Everest às profundezas dos oceanos; do cérebro humano ao leite materno.

A boa notícia, diz Guterres, é que “estamos vendo um engajamento público crescente, passos em direção à reutilização e maior responsabilização e políticas para reduzir plásticos de uso único e melhorar a gestão de resíduos”.

Ele se refere à segunda parte da quinta sessão do Comitê Intergovernamental de Negociação (INC-5.2), que ocorrerá de 5 a 14 de agosto de 2025, no Palais des Nations, em Genebra, Suíça. A reunião é crucial para finalizar o Tratado Global sobre a Poluição Plástica.

Em sua mensagem, o executivo da ONU pede aos negociadores que construam um caminho comum através de suas diferenças para entregar o tratado. “Juntos, vamos acabar com o flagelo da poluição plástica e construir um futuro melhor para todos nós”, afirma o ex-primeiro-ministro português.

O papel da inovação e do comprometimento de todos

A diretora executiva do PNUMA, Inger Andersen, publicou uma mensagem no site da instituição, relembrando que “a poluição plástica afeta todos os ecossistemas e todas as pessoas neste planeta”. Ela alertou que, até 2040, a entrada de plástico no meio ambiente pode crescer em até 50%.

Com o perigoso vazamento, a previsão é “que essa poluição penetre em nossos corpos por meio dos alimentos que comemos, da água que bebemos e até mesmo do ar que respiramos”, afirma a economista e ativista dinamarquesa.

Andersen enfatiza que é possível superar o problema da poluição plástica por meio da união e da inovação. As soluções têm que passar pela maneira como os produtos são projetados, e como os fabricamos e reutilizamos, de forma a proteger nossa saúde, nosso meio ambiente e nossas comunidades.

Lembrando também da proximidade da assinatura do tratado global para acabar com a poluição plástica, a economista destaca que as ações passam por todos os consumidores. Por isso, convoca: “Vamos todos nos comprometer a combater a poluição plástica de uma vez por todas”.

As mensagens dos líderes das Nações Unidas neste Dia Mundial do Meio Ambiente de 2025 são um apelo urgente para que todos — governos, empresas e, sobretudo, cidadãos — se unam na luta contra a poluição plástica. Sem mobilização coletiva, nada muda no planeta.

Fonte: CNN Brasil
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Celebrado oficialmente desde o dia 5 de junho de 1973, o Dia Mundial do Meio Ambiente está sendo comemorado neste ano na Província Autônoma Especial de Jeju, na Coreia do Sul, que é o país anfitrião oficial em 2025. Jeju é uma ilha vulcânica declarada Patrimônio Mundial da Unesco pela sua geologia.

Além do Monte Hallasan, um vulcão extinto, o arquipélago também é famoso por suas cavernas de lava e paisagens naturais. Mas a grande atração do local são as haenyeomulheres mergulhadoras que coletam frutos do mar a profundidades de até 20 metros, sem respirar por até dois minutos.

A escolha desse paraíso marinho não foi aleatória: o local, considerado uma importante reserva da biosfera, enfrenta o desafio da poluição plástica recorrente, mas é também referência mundial em ações para mitigar e promover sustentabilidade.

Esse compromisso de Jeju com a sustentabilidade serve não só como exemplo prático de como comunidades podem agir para combater a poluição plástica, mas é o símbolo vivo do tema do Dia Mundial do Meio Ambiente de 2025: “Acabar com a Poluição Plástica”.

Na manhã desta quarta-feira (4), líderes das Nações Unidas destacaram a urgência de combater a poluição plástica. Divulgadas pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), as mensagens destacam os impactos devastadores do plástico nos ecossistemas, na saúde humana e no clima.

A gravidade da poluição plástica e uma esperança

Na mensagem divulgada no site do PNUMA, o secretário-geral da ONU, António Guterres, alertou que “a poluição plástica está sufocando nosso planeta, prejudicando ecossistemas, o bem-estar e o clima”. Além de entupir rios, poluir oceanos e ameaçar a vida selvagem, sua maior ameaça é praticamente invisível.

É que o material se fragmenta em microplásticos (entre 1 micrômetro e 5 milímetros) e nanoplásticos (menores que 1 micrômetro, isto é, 0,001 milímetro). Esses poluentes se infiltram em todos os cantos da Terra: do topo do Monte Everest às profundezas dos oceanos; do cérebro humano ao leite materno.

A boa notícia, diz Guterres, é que “estamos vendo um engajamento público crescente, passos em direção à reutilização e maior responsabilização e políticas para reduzir plásticos de uso único e melhorar a gestão de resíduos”.

Ele se refere à segunda parte da quinta sessão do Comitê Intergovernamental de Negociação (INC-5.2), que ocorrerá de 5 a 14 de agosto de 2025, no Palais des Nations, em Genebra, Suíça. A reunião é crucial para finalizar o Tratado Global sobre a Poluição Plástica.

Em sua mensagem, o executivo da ONU pede aos negociadores que construam um caminho comum através de suas diferenças para entregar o tratado. “Juntos, vamos acabar com o flagelo da poluição plástica e construir um futuro melhor para todos nós”, afirma o ex-primeiro-ministro português.

O papel da inovação e do comprometimento de todos

A diretora executiva do PNUMA, Inger Andersen, publicou uma mensagem no site da instituição, relembrando que “a poluição plástica afeta todos os ecossistemas e todas as pessoas neste planeta”. Ela alertou que, até 2040, a entrada de plástico no meio ambiente pode crescer em até 50%.

Com o perigoso vazamento, a previsão é “que essa poluição penetre em nossos corpos por meio dos alimentos que comemos, da água que bebemos e até mesmo do ar que respiramos”, afirma a economista e ativista dinamarquesa.

Andersen enfatiza que é possível superar o problema da poluição plástica por meio da união e da inovação. As soluções têm que passar pela maneira como os produtos são projetados, e como os fabricamos e reutilizamos, de forma a proteger nossa saúde, nosso meio ambiente e nossas comunidades.

Lembrando também da proximidade da assinatura do tratado global para acabar com a poluição plástica, a economista destaca que as ações passam por todos os consumidores. Por isso, convoca: “Vamos todos nos comprometer a combater a poluição plástica de uma vez por todas”.

As mensagens dos líderes das Nações Unidas neste Dia Mundial do Meio Ambiente de 2025 são um apelo urgente para que todos — governos, empresas e, sobretudo, cidadãos — se unam na luta contra a poluição plástica. Sem mobilização coletiva, nada muda no planeta.

Fonte: CNN Brasil
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