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O FREE FLOW E A INOVAÇÃO NOS ESTACIONAMENTOS

Thiago Piovesan
Thiago Piovesan
Thiago Piovesan é CEO da Indigo Brasil, líder mundial em gestão de estacionamentos e mobilidade individual. Presente em mais de 350 cidades de 10 países, a empresa trabalha para criar espaços que propiciem jornadas tranquilas, conectando serviços e modais de mobilidade aos usuários e ajudando no desenvolvimento de cidades inteligentes e agradáveis para as pessoas.

A passagem ou acesso facilitado por leitura de placa com pagamento viabilizado por um sistema ou pelo uso de tags é algo ainda incipiente em estacionamentos

O estacionamento é uma das primeiras impressões sobre centros de comércio ou serviços. É uma das portas de entrada e marca a experiência do público ao acessar o estabelecimento. É a facilidade, a comodidade e a praticidade de chegar ao local que contribui para a escolha da forma de acesso, o tempo de permanência e consumo, e até mesmo a fidelização do público. 

Com a adesão gradual do sistema free flow – pedágios eletrônicos e de livre passagem que eliminam as cabines físicas de pagamento – nas rodovias brasileiras, temos um exemplo de como a inovação pode impactar a fluidez do trânsito, resultando também em eficiência tarifária e redução de custos operacionais. Essa modalidade, que permite ao usuário pagar valor proporcional ao uso da via, foi recentemente regulamentada pelo Conselho Nacional de Trânsito, e deve ser tema de portaria da Secretaria Nacional de Trânsito, visando normatizar as cobranças, para que as concessionárias de rodovias se adaptem em 180 dias. A adoção total ao modelo já é prevista em alguns contratos vigentes para ser efetuada até 2030. 

A passagem ou acesso facilitado por leitura de placa com pagamento viabilizado por um sistema ou pelo uso de tags é algo ainda incipiente em estacionamentos. O segmento precisa se adaptar mais a essa demanda. Nesses espaços, desde março de 2020, os pagamentos por aplicativos, cartões de aproximação ou o chamado “touchless”, ou seja, sem contato físico, foram cada vez mais implementados, e é desse período até julho de 2023 que o número de motoristas que aderiram às tags também teria crescido em 50% de acordo com a Associação Brasileira das Empresas de Pagamento Automático para Mobilidade.

Para essa adaptação, é fundamental contar com empresas que conectem o estabelecimento ao que há de mais inovador, passando por gestão otimizada de dados, de sistemas de pagamento, monitoramento dos espaços e treinamento de profissionais, além de viabilizar parcerias estratégicas que entregam conveniência ao usuário final dos estacionamentos. Pois a simples criação de aplicativos próprios e eliminação da emissão de tíquetes não descomplica o acesso, caso não haja a robustez de uma gestão eficiente, a avaliação de soluções mais adequadas e toda a estrutura necessária, com manutenções e atualizações previstas, além de um suporte ágil e dedicado ao cliente.

Entregar a melhor experiência ao usuário envolve investimentos que, por fim, serão bem vantajosos ao negócio. A inovação com o “free flow” exige um investimento inicial em infraestrutura, com a instalação de sistemas de leitura de placas, câmeras, sensores e tecnologias de comunicação avançadas, para garantir que todos os veículos sejam identificados corretamente. Na geração de valor para o cliente cadastrado no sistema, é possível integrar um pacote de serviços e vantagens, bem como oferecer promoções personalizadas, ou fazer a conexão com outras soluções de mobilidade como bicicletas e veículos elétricos.

As ideias e opiniões expressas no artigo são de exclusiva responsabilidade do autor, não refletindo, necessariamente, as opiniões do Connected Smart Cities

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