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A IMPORTÂNCIA DOS RANKINGS

Cris Alessi
Cris Alessi
Consultora de Inovação e Transformação Digital; Palestrante. Conselheira. Investidora Anjo; Diretora de programas da Funpar - UFPR. Mãe do Victor e da Marina. Maratonista. Ex-Presidente da Agência Curitiba de Desenvolvimento e Inovação e do Conselho Municipal de Inovação. Co-fundou e presidiu o Fórum InovaCidades ligado à Frente Nacional de Prefeitos. Atua no Conselho de Mulheres na Tecnologia.

Com dez anos de levantamento, o Connected Smart Cities inovou ao considerar o “Conceito de Conectividade”

No começo de setembro, saiu o ranking 2024 das Cidades Mais Inteligentes e Conectadas do Brasil. Com dez anos de levantamento, o Connected Smart Cities inovou ao considerar o “Conceito de Conectividade”, que é a relação entre os diversos setores analisados e o poder de conectividade entre eles.

Florianópolis manteve o primeiro lugar do ano passado, superando São Paulo (3º lugar) e Curitiba (4º lugar), que desde 2018 sempre estiveram nas primeiras colocações.

Florianópolis se mantém em primeiro lugar nacional com a regularidade nos bons serviços de mobilidade, segurança, saúde, tecnologia e inovação, empreendedorismo e uma economia forte.

A surpresa deste ano é o avanço de Vitória (ES), que correu por fora e também passou as capitais de São Paulo e do Paraná. Vitória, aliás, passou também por Belo Horizonte, Niterói e Barueri, pois em 2023 estava no sétimo lugar.

Outra surpresa é que, entre as dez primeiras, quatro cidades não são capitais: Niterói (5º), Balneário Camboriú (6º), São Caetano do Sul (7º) e Barueri (9º).

O salto de Balneário Camboriú também foi gigante, passando do décimo primeiro lugar em 2023 para o sexto agora, deixando para trás Belo Horizonte, Salvador e Rio de Janeiro. Isso graças a bons índices em mobilidade, saúde, meio ambiente e governança numa cidade cujos avanços lhe valem o apelido de Dubai brasileira.

Vale lembrar que são analisados 74 indicadores em 11 eixos: Urbanismo, Tecnologia e Inovação, Saúde, Segurança, Economia, Mobilidade, Meio Ambiente, Empreendedorismo, Educação, Energia e Governança. Ou seja, é um levantamento bastante amplo o que, a princípio, seria uma dificuldade para as cidades menores competirem com as maiores ou com as capitais estaduais.

A constatação então é que muitas capitais não estão fazendo seu dever de casa, perdendo para cidades menores e para cidades do interior.

Outros indicadores de cidade inteligente são importantes, mas a amplitude do Connected Smart Cities deve ser levada em conta para a busca de sustentabilidade econômica, ambiental e social numa cidade.

Então, mais do que comemorar ou lamentar as colocações no ranking Connected Smart Cities, o que as cidades deveriam é se debruçar sobre ele, analisar seu desempenho, comparar com desempenho de outros municípios.

Ranking não deve ser visto apenas como um troféu a ser conquistado, mas como uma referência, como um conjunto de dados a serem colocados na mesa de planejamento de cada cidade. Se o planejamento for bem feito e bem executado, a cidade vai ser melhor para seus moradores, independente da colocação no ranking.

As ideias e opiniões expressas no artigo são de exclusiva responsabilidade da autora, não refletindo, necessariamente, as opiniões do Connected Smart Cities 

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