A chegada das urnas eletrônicas trouxe uma revolução, oferecendo um meio mais rápido e eficiente de registrar e apurar os votos.
Com o início de mais um período eleitoral, as discussões sobre a segurança das urnas eletrônicas no Brasil se intensificam, alimentando um debate que muitas vezes se assemelha à paixão de uma disputa esportiva. De um lado, estão os que defendem incondicionalmente a confiabilidade do sistema eletrônico, enquanto do outro, vozes levantam suspeitas de possíveis fraudes e clamam pela volta do voto impresso.
Para os eleitores, dirigentes partidários e candidatos, que experimentaram as eleições antes da introdução das urnas eletrônicas, o processo eleitoral era visto como não só exaustivo, mas também vulnerável a manipulações e atrasos. A contagem manual dos votos, realizada em estádios, ginásios e fóruns, estendia-se por dias e gerava frequentes incertezas. Nesse contexto, a chegada das urnas eletrônicas trouxe uma revolução, oferecendo um meio mais rápido e eficiente de registrar e apurar os votos.
Entretanto, a questão central permanece: a segurança desse sistema é realmente garantida? De acordo com especialistas e as autoridades eleitorais, a resposta é afirmativa. O sistema eleitoral brasileiro foi projetado com múltiplas camadas de proteção, visando garantir a integridade dos votos.
Uma das principais características de segurança é que as urnas eletrônicas não têm conexão com a internet, o que elimina a possibilidade de ataques cibernéticos. Além disso, o código-fonte das urnas é submetido a rigorosas verificações por parte de instituições independentes e especialistas da área, garantindo que não haja falhas ou vulnerabilidades.
Outro elemento crucial no processo é a emissão da “zerésima”, um relatório gerado antes do início da votação que comprova a ausência de votos na urna. Este documento é assinado pelos presentes na mesa eleitoral, assegurando total transparência. Ao final da votação, um boletim de urna é gerado, contendo todos os votos computados, e apesar da ausência do voto impresso, existe um registro físico dos resultados que pode ser auditado.
Testes Públicos de Segurança, realizados em anos anteriores, confirmaram a robustez do sistema, com nenhuma tentativa de adulteração dos resultados sendo bem-sucedida. Além disso, o processo eleitoral permite auditorias por candidatos, coligações, Ministério Público e Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), garantindo um sistema transparente e passível de fiscalização.
Com tantas camadas de segurança e mecanismos de verificação, o eleitor brasileiro pode exercer seu direito ao voto com confiança. O sistema de urnas eletrônicas, além de ágil, se mostra comprometido com a integridade do processo democrático. Portanto, é fundamental que os eleitores se sintam seguros ao votar, participando ativamente da construção do futuro do país.
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Karina Florido Rodrigues, possui 28 anos de experiência na gestão pública, é socióloga, administradora, especialista em Direito Penal e tem MBA em Gestão, Inteligência em Segurança Pública. Trabalhou na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, foi Diretora Executiva da Câmara Municipal de São Paulo, Diretora Administrativa e Coordenadora de Esporte e Lazer da Secretaria de Esporte, Lazer e Juventude do Estado de São Paulo, foi assessora técnica da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo, Secretária de Desenvolvimento
Econômico no município de Santo Antônio de Posse, entre outros. Coordenou o Programa de Cidades Inteligentes do município de Jaguariúna, no Estado de São Paulo e com esse projeto a cidade já foi premiada por quatro anos consecutivos no rankink da Connected Smart Cities/Urban Systems. Ao longo de sua carreira trabalhou tanto no Poder Executivo como no Legislativo. Ocupou diversos cargos e hoje se dedica a gestão das Smart Cities, acredita que uma cidade inteligente é aquela que utiliza a tecnologia em favor da eficiência no atendimento aos cidadãos. É autora
de diversos projetos de Lei regulamentando a tecnologia 5G. Atualmente é Secretária de Gestão de Projetos e Programas de Louveira.