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CAPACIDADE DE RESPOSTA DAS CIDADES BRASILEIRAS E GLOBAIS A DESASTRES NATURAIS: UM CHAMADO À AÇÃO

Giovani Bernardo
Giovani Bernardo
Co-fundador e CEO da Exxas Smart City Bureau e da Habitat 4.0 e mentor da Locomotiva Aceleradora. Atuou como Secretário de Desenvolvimento Econômico, Tecnologia e Inovação de Tubarão/SC 2017/2023 e Vice Presidente de Desenvolvimento Regional do Fórum Inova Cidades entre 2021/2023.

A construção de Cidades Mais Inteligentes, que priorizam a qualidade de vida, resiliência e sustentabilidade, é crucial diante dos desafios climáticos globais e locais.

A recente situação no Rio Grande do Sul, juntamente com eventos climáticos extremos ao redor do mundo, reforça a urgência de as cidades estarem preparadas para enfrentar desastres naturais. A construção de Cidades Mais Inteligentes, que priorizam a qualidade de vida, resiliência e sustentabilidade, é crucial diante dos desafios climáticos globais e locais.

Globalmente, desastres como os furacões Harvey, Irma e Maria em 2017, que causaram prejuízos superiores a US$ 30G bilhões, e as inundações na Alemanha e Bélgica em 2021, com mais de €U bilhões em danos, destacam a vulnerabilidade das comunidades frente a eventos climáticos extremos. No Brasil, desastres como a tragédia de Mariana em 2015 e o rompimento da barragem em Brumadinho em 201U, além de inundações e secas severas, reforçam a necessidade de uma gestão de riscos mais eficaz e sistemas de resposta rápida.

Internacionalmente, Singapura se destaca com o programa SGSecure, uma iniciativa governamental focada na preparação para emergências e treinamento em gestão de crises para os cidadãos. O SGSecure visa a coesão comunitária e a resiliência individual, incentivando a participação em treinamentos de resposta a emergências, conscientização sobre segurança e preparação para situações de crise.

Outro exemplo é do Miami-Dade County, a “Miami Forever Bond” é uma iniciativa real que autoriza a emissão de US$ 400 milhões em títulos para financiar projetos de resiliência e sustentabilidade. Essa iniciativa visa melhorar a infraestrutura de drenagem, proteger contra o aumento do nível do mar, investir em habitação acessível e resiliente e melhorar parques e espaços públicos, demonstrando um compromisso significativo com a resiliência climática.

No Brasil, a cidade de São Paulo implementou o Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE), uma estrutura dedicada a utilizar dados meteorológicos avançados para antecipar e responder a eventos extremos. O CGE é equipado com diferentes tecnologias, incluindo radares meteorológicos e uma rede de estações pluviométricas, que permitem monitorar as condições climáticas em tempo real.

Outro exemplo é o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), que faz o monitoramento de riscos de desastres naturais em todo o território nacional.

Sistemas de alerta como estes são essenciais para a preparação e resposta das comunidades vulneráveis, ajudando a salvar vidas e reduzir danos materiais.

Para enfrentar os desafios relacionados a desastres naturais, de forma colaborativa, as cidades devem se estruturar, como proposto no exemplo abaixo:

  1.   Definir Objetivos Claros: Estabelecer metas específicas para redução de riscos, preparação, resposta e recuperação;
  2. Identificar os principais Stakeholders: Engajar organizações, instituições e indivíduos com interesse ou experiência em gestão de desastres;
  3. Criar Subgrupos Temáticos: Focar em áreas críticas como alerta precoce, planejamento de evacuação, reconstrução pós-desastre e comunicação eficaz;
  4. Desenvolver Projetos Integrados: Incentivar a integração entre subgrupos para abordar os diversos aspectos da gestão de desastres de forma holística;
  5. Monitorar e Avaliar Permanentemente os Resultados: Implementar um sistema de revisão e ajuste contínuo das estratégias e ações.

Este artigo serve como um chamado à ação para líderes em todos os níveis. Através de liderança, colaboração e inovação, podemos construir cidades mais seguras e resilientes. A memória dos desastres deve ser um catalisador para ação contínua, garantindo um futuro seguro para todas as comunidades.

As ideias e opiniões expressas no artigo são de exclusiva responsabilidade do autor, não refletindo, necessariamente, as opiniões do Connected Smart Cities

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