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A CONTRIBUIÇÃO DO CYCLOPARK PARA A MOBILIDADE URBANA

Thiago Piovesan
Thiago Piovesan
Thiago Piovesan é CEO da Indigo Brasil, líder mundial em gestão de estacionamentos e mobilidade individual. Presente em mais de 350 cidades de 10 países, a empresa trabalha para criar espaços que propiciem jornadas tranquilas, conectando serviços e modais de mobilidade aos usuários e ajudando no desenvolvimento de cidades inteligentes e agradáveis para as pessoas.

 O Cyclopark, um estacionamento exclusivo para bicicletas que já está em funcionamento na cidade de Lile, na França, país onde a companhia foi criada.

A mobilidade urbana é um dos desafios das grandes cidades em todo o mundo. E garantir que ela seja mais sustentável requer investimentos, incentivos, políticas públicas e envolvimento de toda a sociedade. Como facilitadores da mobilidade urbana, os estacionamentos não podem ficar fora desse debate nem das iniciativas que possibilitem melhorar a fluidez e o meio ambiente.

Nesse sentido, o Grupo Indigo tem buscado soluções inovadoras que possam ser adotadas nas operações nos países em que atua. Uma delas é o Cyclopark, um estacionamento exclusivo para bicicletas que já está em funcionamento na cidade de Lile, na França, país onde a companhia foi criada.

O diferencial do Cyclopark em relação a outros espaços destinados a bicicletas nas operações da Indigo é que este estacionamento foi planejado para atender necessidades específicas dos ciclistas: as vagas são adequadas para todos os tipos de bikes, há um local equipado com carregadores para bicicletas elétricas e uma área destinada à manutenção que possui ferramentas que podem ser utilizadas pelos próprios ciclistas para fazer ajustes ou reparos nas bikes.

A implantação do Cyclopark em uma cidade francesa está alinhada ao que o país tem feito, nos últimos anos, para tornar a bicicleta uma alternativa aos carros como meio de transporte. A França tem colocado as bicicletas em políticas públicas, como, por exemplo, o investimento de dois bilhões de euros que deverá ser feito até 2027 para ampliar a rede de ciclovias, melhorar a infraestrutura e incentivar a compra e o uso de bicicletas.

No Brasil, embora a população de algumas cidades esteja usando mais a bicicleta, a infraestrutura ainda não é suficiente. Um estudo feito pela Aliança Bike (Associação Brasileira do Setor de Bicicletas) aponta que as 26 capitais brasileiras e Brasília somam 4.365 quilômetros de ciclovias e ciclofaixas. São Paulo é a capital com mais ciclovias e ciclofaixas, somando 689,1 quilômetros. Em seguida estão Brasília, Rio de Janeiro, Fortaleza e Salvador. Para que isso se torne mais efetivo no país, o número ainda é baixo.

E não basta ter ciclovias e ciclofaixas, é preciso que esses espaços destinados à circulação de bicicletas sejam mantidos de forma adequada.

É justamente aí que entra o papel dos estacionamentos, que deve estar preparado para ser um hub de conexões, servindo inclusive como um espaço para receber as bicicletas com conveniência, pensando na melhoria da mobilidade urbana.

A Indigo tem estudado o perfil de cada cidade onde tem operações no Brasil e já tem um projeto pensado nos espaços para bicicletas, que deve iniciar ainda no ano de 2024.

O estacionamento não pode mais ser um espaço apenas para carros. É preciso avançar. E esse avanço passa pela transformação do estacionamento em um ponto que atenda e conecte os diferentes modais. É dessa forma que contribuiremos com a mobilidade urbana nas grandes cidades. 

As ideias e opiniões expressas no artigo são de exclusiva responsabilidade do autor, não refletindo, necessariamente, as opiniões do Connected Smart Cities

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