Previsão é que as obras tenham início no segundo semestre de 2024 e os novos trechos possam entrar em operação até 2028
De olho na aceleração de obras de infraestrutura no estado de São Paulo, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) pediu à União um financiamento no valor de R$ 3 bilhões para a extensão das linhas 4-Amarela e 5-Lilás do metrô.
O plano do governo paulista é aplicar esses recursos na construção de mais duas estações em cada uma das linhas. A previsão é que as obras tenham início no segundo semestre de 2024 e os novos trechos possam entrar em operação até 2028.
O pedido de Tarcísio foi apresentado em Brasília no âmbito do PAC Seleções, braço do programa de infraestrutura lançado em agosto pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Por essa modalidade, entes federativos – estados e municípios – encaminharam projetos em setores como mobilidade urbana e saneamento básico.
A promessa do governo federal é apoiar projetos com verbas do Orçamento Geral da União (OGU), a fundo perdido, ou por meio de financiamentos do FGTS.
De campos políticos opostos, Lula e Tarcísio são potenciais adversários nas eleições presidenciais de 2026. No entanto, têm estabelecido um ambiente de cooperação em várias áreas — desde as ações conjuntas para recuperar o litoral norte de São Paulo das enchentes sofridas no começo do ano.
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) também liberou financiamentos bilionários para a ampliação da linha 3-Verde do metrô e para o Trem Intercidades (TIC), que vai ligar São Paulo a Campinas, um dos projetos prioritários da gestão Tarcísio.
Desta vez, o que está em jogo são extensões de outros dois ramais do metrô. Na linha 4-Amarela, a extensão prevê um trecho de 3,3 quilômetros, com as estações Chácara do Jockey e Taboão da Serra. O investimento será de R$ 3,2 bilhões.
Na linha 5-Lilás, estão planejadas as estações Comendador Sant’Anna e Jardim Ângela. Será uma ampliação de 4,3 quilômetros, com investimento projetado de R$ 2,8 bilhões.
O secretário estadual de Parcerias em Investimentos, Rafael Benini, disse à CNN que o objetivo é financiar 50% do investimento total de R$ 6 bilhões nas duas linhas com um crédito federal — seja do FGTS, por meio da Caixa, ou do BNDES.
Ambas as linhas são operadas por concessionárias privadas, que ficariam responsáveis pelas obras civis. O projeto executivo de engenharia das extensões deverá estar pronto em setembro de 2024 e os serviços de construção podem começar imediatamente em seguida.
As concessionárias deverão aportar os 50% restantes do investimento e terão seus contratos reequilibrados pelo poder concedente (estado de São Paulo). Benini lembra, no entanto, que elas também sairão ganhando com o acréscimo no volume de passageiros das linhas e isso precisará ser levado em conta na equação do reequilíbrio.
A linha 4-Amarela (Luz-Vila Sônia) é operada pela Via Quatro, sob controle da CCR. A Via Mobilidade, que administra a linha 5-Lilás (Chácara Klabin-Capão Redondo), também tem a CCR como principal acionista.
Fonte: CNN Brasil