Combinando tecnologias como telemática e automação de processos, é possível melhorar mobilidade, segurança e condições ambientais nos centros urbanos
Cidades inteligentes, também conhecidas como smart cities, são aquelas que utilizam tecnologia para melhorar a qualidade de vida de seus habitantes. Devido ao seu impacto na coleta de informações, no processamento eficiente de dados e na tomada de decisões proativas e preventivas, a inteligência artificial (IA) está se tornando uma tecnologia cada vez mais recorrente em diferentes projetos de otimização urbana.
Com isso, diversos países ao redor do mundo têm ampliado, de forma progressiva, a adoção de programas e estratégias para tornar a gestão mais inteligente, levando em consideração as particularidades locais. No Brasil, por exemplo, o conceito de smart city é mais focado em sustentabilidade, e integra tecnologia, inclusão social e desenvolvimento sustentável para superar desafios e atender necessidades específicas em relação à biodiversidade e a complexidade das cidades no país.
O setor de mobilidade, decisivo para classificar uma cidade como inteligente ou não, tem recorrido a sensores de mobilidade, soluções telemáticas ou automação de processos para obter uma infraestrutura conectada, o que permite a solução oportuna de problemas relacionados à movimentação de veículos em vias urbanas. Veja algumas aplicações:
1- Gerenciamento de tráfego. De acordo com o Global Traffic Scorecard, elaborado pela INRIX, o Brasil tem duas cidades entre as 50 com o pior tráfego da América do Sul. Em São Paulo, os motoristas perdem, em média, 65 horas no trânsito por ano, em Belo Horizonte esse tempo chega a 56 horas.
“A captação e avaliação de dados inteligentes, juntamente com uma boa gestão de frotas, pode contribuir para aprimorar a situação de tráfego intenso nas metrópoles. Ao identificar os momentos de maior movimento no trânsito, por meio da tecnologia, é possível determinar novos trajetos para desafogar vias congestionadas”, comenta Eduardo Canicoba, vice-presidente da Geotab, líder global em soluções de transporte conectado, para o Brasil.
2- Redução de acidentes. Além do tráfego mais fluido, projetos de cidades inteligentes buscam garantir a segurança das pessoas enquanto elas se deslocam. Nesse aspecto, a IA e a telemática desempenham um papel importante, pois podem detectar áreas particularmente conflituosas, com acidentes recorrentes, ou aquelas em que, por exemplo, os sistemas de suspensão estão mais ativos (o que pode significar que o asfalto está em más condições).
Portanto, com essas tecnologias, as situações são tratadas de forma proativa, permitindo a definição de políticas preventivas, como o treinamento dos condutores, a manutenção preventiva dos veículos e a escolha de rotas mais seguras, diminuindo as chances de acidentes.
3 – Cidades limpas. As tecnologias emergentes contribuem para a redução da poluição ambiental. Por meio das soluções de telemática, por exemplo, é possível criar mapas de qualidade do ar com base nas emissões dos veículos e, dessa forma, implementar medidas para mitigar esses fatores poluentes.
4- Planejamento. Um dos fatores mais importantes ao se considerar uma frota inteligente é o planejamento, porque é a partir dele que é possível otimizar processos e contribuir para a formação de cidades inteligentes. Ao utilizar ferramentas de telemática e monitoramento, é possível criar um banco de dados personalizado para examinar, analisar e realizar testes de modificações ou integrações antes de serem implementadas, garantindo mais segurança e eficiência nos processos.
Esses exemplos mostram como o setor de mobilidade pode aproveitar recursos de inteligência artificial para tornar as cidades inteligentes uma realidade próxima. O potencial revolucionário da telemática e da automação é um fator importante nesse processo. “Em muitos anos de atuação no mercado de transporte e logística, pudemos identificar o importante papel IA na construção de cidades inteligentes. Por isso, atualizamos constantemente nosso portfólio para oferecer uma solução ainda mais completa. A versão MyGeotab 11 da nossa ferramenta de telemática endereça os principais desafios de mobilidade urbana, e deve se tornar peça-chave para transformar a rotina de gestores e outros profissionais da área”, conclui Canicoba.
Fonte: Segs