Em 1817, muitos países da Europa passaram por extremas dificuldades, principalmente pelas condições ruins do inverno para se moverem com os cavalos. A falta de transporte para levar comida, foi responsável pela criação da BICICLETA, desenvolvida pelo alemão Karl Von Drais, feita de madeira e impulsionada pelos pés no chão.
Vinte e três anos depois, um ferreiro escocês Kirkpatrick MacMillan, colocou os primeiros pedais no modelo existente para facilitar o deslocamento. Por volta de 1860, a bicicleta foi equipada com engrenagem por corrente e em 1870 foi desenvolvida a primeira totalmente em metal.
E assim, as inovações cresceram dia a dia para chegar na evolução que temos hoje, com diversos tipos de bicicleta para diferentes trajetos e pedaladas.
E tudo isso para pensarmos no seu propósito de existência: ajudar na mobilidade.
Mas eis que surge, outra invenção maravilhosa, o CARRO. Em 1886, outro alemão, Karl Benz, patenteou a Benz-Patent Motorwagen, um carro monocilíndrico movido a gasolina. E assim, outra criação, muito mais poderosa, surgiu para melhorar a mobilidade. Em 1919, o primeiro carro do mundo, um Ford, começou a ser produzido em massa. E as cidades precisaram se adaptar para receber esse novo veículo de mobilidade.
A humanidade ganhou comodidade, conforto e possibilidade de se locomover no momento que desejasse para lugares muito mais distantes. O carro ganhou as ruas e deixou a bicicleta como opção de lazer.
Mas também fez surgir os problemas modernos, como: emissão de poluição, riscos de acidentes, devido à sua velocidade, custo de manutenção e compra do veículo e tendência ao sedentarismo.
E eis que, duzentos anos depois, voltamos a falar da mobilidade por bicicleta como ferramenta fundamental para a saúde das cidades.
Mais do que nunca, é preciso pensar em sustentabilidade, em diminuir as emissões de carbono e o congestionamento do tráfego.
A bicicleta vai além do meio de transporte, ela promove o bem-estar físico, mental e social dos indivíduos e consequentemente, o bem-estar das cidades.
Mudar o mindset das pessoas em relação a sua mobilidade e da cidade em que vive não é uma tarefa fácil, o desafio é gigante.
O caminho é educar e conscientizar a todos de forma orgânica. Promover programas de educação e mostrar os benefícios de se adotar opções mais sustentáveis de transporte deveria ser a pauta para cidades inteligentes e humanas.
As ideias e opiniões expressas no artigo são de exclusiva responsabilidade do autor, não refletindo, necessariamente, as opiniões do Connected Smart Cities