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EDIFÍCIOS INTELIGENTES: A TECNOLOGIA A FAVOR DAS CONSTRUÇÕES SUSTENTÁVEIS

Empreendimentos que investem em eficiência energética, Internet das Coisas e outras soluções tecnológicas estão cada vez mais populares nas cidades.

Na década de 1980, quando a inovação tecnológica favoreceu a automação dos sistemas de iluminação, climatização e sistemas hidráulicos, o conceito de edifícios inteligentes e de ambientes totalmente conectados começou a ganhar força.

A iluminação inteligente, as câmeras de monitoramento e os sensores, por exemplo, se tornaram mais comuns, porém ainda eram novidades restritas.

Nos últimos anos, as novas tecnologias possibilitaram maior diversidade de soluções e revolucionaram diversas áreas, com destaque para a indústria da construção civil.

A popularização do conceito de edifícios inteligentes no contexto atual, 40 anos depois, coincidiu com o aumento da preocupação com a eficiência energética, em prol da redução de custos e dos alcances das metas de sustentabilidade.

Veja a seguir os principais conceitos e as soluções que as inovações tecnológicas trazem para a administração de edifícios comerciais, residenciais e públicos.

Eficiência energética

Em 2011, foi aprovada a ISO 50.001 – Gestão de Energia (atualizada em 2018), cujo objetivo é permitir que organizações, de todos os tipos e tamanhos, estabeleçam os sistemas e os processos necessários para que melhorem o desempenho energético, incluindo a eficiência energética, o uso e o consumo.

Nesse contexto, a atenção ao gerenciamento energético vem se tornando uma prioridade para empresas públicas e privadas.

No cenário em que as mudanças climáticas são, de fato, uma ameaça para todo o mundo, não há como negar a importância de priorizar a eficiência energética no dia a dia das organizações. O objetivo é fazer menos com mais, usando as fontes de energia de modo mais econômico — sem, é claro, haver prejuízos nos processos desenvolvidos no cotidiano.

O controle de consumo, feito a partir de plataformas modernas, detecta onde há desperdícios, o que também possibilita rever gastos desnecessários em lucratividade — e os benefícios continuam, por meio da substituição de lâmpadas comuns pelas de LED, da substituição de motores por equipamentos mais eficientes e com inversores de frequência (que podem reduzir custos em até 60%, em muitos casos) e da modernização do sistema de climatização.

Inovação tecnológica

Lâmpadas, torneiras, descargas, persianas, sensores de presença e outros dispositivos que permitem automação são os principais recursos dos edifícios inteligentes. Outros recursos comuns são os sistemas que reutilizam a água da chuva e do ar-condicionado na lavagem de ambientes internos de edifícios e equipamentos urbanos ou na manutenção do paisagismo local.

Para reduzir gastos com a climatização, os edifícios inteligentes utilizam soluções como ar condicionado central automatizado, jardins verticais para reduzir a temperatura ambiente e também a utilização de vidros que retêm o calor.

Esses e muitos outros sistemas de automação predial utilizam soluções integradas de tecnologia de ponta para oferecer um ambiente mais produtivo, econômico, seguro e confortável.

Automação

Os edifícios inteligentes funcionam a partir da conectividade entre a Internet das Coisas (IoT), os sensores e a nuvem para monitorar e controlar remotamente sistemas como aquecimento, ar-condicionado, iluminação e segurança, por exemplo. Cada construção pode ter diversas tecnologias aplicadas de diferentes formas de acordo com suas próprias necessidades.

A tecnologia é utilizada para coletar e compartilhar informações sobre o que está acontecendo no edifício e, a partir desses dados, otimizar a performance da construção.  A comunicação e a conexão entre os sistemas de um edifício estão entre as principais características dos edifícios inteligentes, assim como a utilização de dados.

Os edifícios inteligentes são capazes de gerar dados sobre seu uso e, com as informações de medidores de energia, água, iluminação, ar-condicionado, entre outras, conseguem melhorar sua eficiência e sustentabilidade.

Em geral, esses dados são coletados através de sensores de detecção de fumaça, luz, temperatura, umidade, entre outras aplicações, que possibilitam aos gestores tomarem decisões mais assertivas com base no cenário atual da edificação.

As informações geradas pelas conexões típicas da Internet das Coisas (IoT) são transformadas em relatórios de desempenho e ajudam a solucionar problemas, monitorar equipamentos que necessitam de manutenção preventiva e garantir a segurança das pessoas que circulam por seus ambientes.

Sustentabilidade

Mais que uma forma de reduzir a conta de energia e oferecer economia, conforto e segurança aos seus habitantes, sejam eles moradores fixos ou funcionários, apostar em edifícios inteligentes e em eficiência energética é um caminho para aumentar os níveis de conforto térmico e combater o aquecimento global — inclusive porque a iluminação LED reduz custos e elimina emissão de CO2 (além de não emitir calor nem raios IV e UV).

Com a implementação de processos sustentáveis, é possível, por exemplo, universalizar as fontes renováveis e controlar o consumo de insumos, como a água e a energia elétrica, ações que resultam na redução, a curto prazo, de custos básicos do dia a dia. A modernização do sistema de climatização com fontes renováveis e o isolamento térmico para evitar a dispersão do calor são apenas algumas das medidas de eficiência energética.

Atualmente, essa ideia ultrapassou a economia de energia e o diálogo com o desenvolvimento sustentável. A proposta é incorporar tecnologias de ponta na construção civil com o objetivo de aprimorar a gestão predial, otimizando a performance por meio do processamento de dados em tempo real.

Além do design arrojado, as instalações ou a arquitetura moderna, a escolha de ambientes nos dias de hoje vem sendo pautada pela relação que o empreendimento mantém com a sustentabilidade. Energia solar, sensores de movimento, eficiência energética e um mobiliário sustentável na composição de interiores, por exemplo, podem ser grandes atrativos no mercado imobiliário por agregarem valor a qualquer imóvel.

Cidade inteligente e edifícios inteligentes no mundo

Com o avanço da tecnologia, os edifícios inteligentes estão deixando de ser uma opção e tornando-se requisito básico para muitos empreendimentos do mercado imobiliário ao redor do mundo. Isso acontece porque essas construções oferecem maior sustentabilidade, menos impacto ambiental, maior conforto, bem-estar e qualidade de vida para seus ocupantes.

Cada vez mais comuns em todo o mundo, com destaque para países da Europa, América do Norte e Ásia, as cidades inteligentes ou smart cities são espaços urbanos caracterizados pela utilização generalizada de tecnologias da informação e da comunicação, com o objetivo de melhorar a eficiência político-econômica e amparar o desenvolvimento humano e social, promovendo, assim, a qualidade de vida de seus cidadãos.

Fonte: Enel x

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