O ranking é elaborado pela consultoria Urban Systems, que analisa seis setores econômicos para definir as melhores cidades para fazer negócios no Brasil.
O resultado do Ranking 2022: as melhores cidades do Brasil para fazer negócios foi apresentado na última quarta-feira (7). A nona edição do Ranking mapeou municípios com mais de 100 mil habitantes e teve como objetivo definir as cidades com maior potencial de desenvolvimento do Brasil.
A edição 2022 conta com 60 quesitos e indicadores que atestam serviços nas cidades, em seis setores econômicos: comércio, serviço, indústria, mercado imobiliário, educação e agronegócio.
SETOR COMERCIAL
O setor foi um dos mais afetados pela crise pandêmica mundial e conseguiu retomar a atividade neste ano. Diante deste cenário, a cidade de São Paulo manteve a primeira colocação no setor de comércio.
“São Paulo é uma grande metrópole, e hoje o que se destaca é a retomada do poder aquisitivo da população, que facilita o comércio na própria cidade. Apesar das mudanças de hábitos, como por exemplo o consumo digital, ocorreu o aumento do incentivo no consumo local. Por conta disso, tivemos uma maior abertura de estabelecimentos comerciais de menor porte”, compartilhou Willian Rigon, diretor de Marketing da Urban Systems.
O crescimento das vagas de emprego cooperou com o crescimento do consumo e por consequência a quantidade de dinheiro que circula na maior cidade brasileira.
MERCADO IMOBILIÁRIO
A capital paulista concentra lançamento e valor geral de vendas (VGV) do mercado imobiliário do país e mesmo com a desocupação dos edifícios corporativos durante a pandemia da covid-19 a demanda está em crescimento.
Willian avalia que a cidade de São Paulo passa pela revisão do seu Plano Diretor, e desde a última publicação, com os incentivos que foram criados baseados nas regiões de maior polo de oferta de infraestrutura e transporte, houve a ampliação do potencial construtivo da capital.
Por conta desses fatores, São Paulo ocupa também a primeira colocação entre as melhores cidades para fazer negócios no mercado imobiliário.
SERVIÇOS
Pelo segundo ano consecutivo, a cidade de Barueri, em São Paulo, ficou em primeiro lugar no eixo econômico de serviços. De acordo com Willian Rigon, as análises feitas mostram que o desenvolvimento da cidade estava atrelado ao setor logístico em 2021, mas que nesse ano, ficou por conta dos serviços de inteligência, publicidade e marketing.
Rigon complementou que a cidade tem uma das mais altas taxas de empregabilidade em relação à população do país. Quase metade dos novos empregos criados foram somente no setor de serviços, que além da excelente infraestrutura, acessibilidade e alta velocidade da banda larga, atrai muitas empresas para a região.
SETOR INDUSTRIAL
A cidade de Caxias do Sul, no Rio Grande do Sul, saiu da posição 67 no Ranking de 2021, para o primeiro lugar no setor de indústria.
De acordo com o estudo, a diversidade econômica, somada a algumas cadeias produtivas providas para muitas indústrias de valor agregado, além das taxas de quase 10% na geração de empregos do setor, garantiu à cidade sua colocação no Ranking.
ÁREA EDUCAÇÃO
O setor de tecnologia na cidade de Florianópolis cresceu muito nos últimos anos e fomenta também uma oportunidade de negócio para quem quer empreender no ramo educacional. Com isso, a capital de Santa Catarina conquistou a primeira colocação no eixo educação.
“A educação é um capital humano. E a região tem a capacidade de empreender e gerar novos negócios no setor de ensino. Além disso, há investimento público já pensando no futuro em que as empresas vão precisar de mão de obra nas áreas de tecnologia”, informou Willian.
ÁREA AGRONEGÓCIO
Para encerrar o Ranking 2022, o último setor analisado foi o de agronegócio, em que a cidade de Rio Verde em Goiás foi o destaque na categoria.
A cidade reúne as principais empresas do ramo de alimentação do Brasil e também é uma grande produtora de soja, fatores que são destaque na economia da região.
“Quando aumenta o nível de trabalhadores que necessitam de uma mão de obra mais qualificada, há um desenvolvimento de outros setores como educação e comércio. Tudo isso permite que as pessoas migrem para a cidade”, finalizou Rigon.
Confira o resultado completo do Ranking
Jornalista da Necta – Conexões com Propósito