São aqueles que oferecem funções autônomas na direção, chegando ao nível de dispensar a interferência humana para conduzir o carro.
Dependendo do nível de autonomia, os veículos são construídos sem itens como volante ou pedal, ou com uma configuração diferente, com os componentes surgindo até do teto.
Parece coisa de ficção científica e, de certa forma, é mesmo: imagine quantas coisas poderiam ser feitas se não precisássemos passar horas por dia conduzindo um veículo?
Como eles funcionam?
Segundo a Sociedade de Engenheiros Automotivos (SAE), existem seis níveis de condução autônoma:
- Nìvel 0: o carro é totalmente manual e depende 100% de um humano para conduzí-lo;
- Nível 1 (direção assistida): ainda é necessária a presença de um humano para supervisionar e controlar a tecnologia, mas surgem novos recursos, como assistência de centralização na pista (para manter o carro na faixa) e controle de velocidade adaptativo (que o mantém a uma distância segura do carro da frente).
- Nível 2 (automatização parcial): ambas as tecnologias do nível 1 funcionam em conjunto, em carros dotados de sistemas avançados de assistência à direção (ADAS).
- Nível 3 (automatização condicionada): a tecnologia assume totalmente o controle do carro, porém, se o veículo solicitar, por qualquer motivo, a necessidade de controle humano, o condutor deve estar preparado para assumí-lo.
- Nível 4: o motorista pode relaxar — o carro deve ser capaz de se colocar em segurança caso o condutor não consiga assumir o controle em uma emergência.
- Nível 5: no último nível, o veículo pode se dirigir sozinho, em qualquer lugar e em qualquer condição, sem ajuda humana.
Carros autônomos no Brasil?
Por aqui, veículos de nível 4 e 5 ainda devem demorar um pouco para chegar.
Para ser aprovado, um carro autônomo precisa estar apto a circular em ambientes diversos. Ele utiliza tecnologias como sensores e radares para se orientar na pista, detectando objetos, pessoas e outros carros no caminho.
Porém, a precariedade das nossas estradas e sinalização de trânsito pode dificultar o processo de orientação da inteligência artificial.
Apesar disso, hoje já existem carro de níveis 1 e 2 circulando no país. Quem já teve a experiência de dirigir um desses afirma que eles são realmente mais seguros, estáveis e práticos, já que diminuem o nível de estresse ao evitar acidentes, engarrafamentos e demais transtornos.
Veículos independentes e a mobilidade corporativa
A startup Plus.AI anunciou o sucesso da primeira viagem comercial de um caminhão autônomo que levava uma carga de alimentos perecíveis nos Estados Unidos.
A IoT, ou Internet das Coisas, já impacta diretamente o âmbito corporativo — superando em muito as funções de auxiliar na prestação de informações à população sobre o trânsito nas diferentes localidades de uma cidade inteligente.
Assim, a tendência é que os carros autônomos se popularizem cada vez mais nas grandes cidades, a medida em que sua tecnologia for aprimorada.
A mobilidade corporativa pode ser impactada tanto pela inserção desses veículos no Uber e nas frotas de táxi, como pela decisão das empresas de estimular o uso dos carros independentes por seus colaboradores, já que eles apresentam diversas vantagens.
Quando a tecnologia dos carros autônomos estará pronta em grande escala?
A promessa de reduzir acidentes nas estradas, assim como a emissão de poluentes, faz da tecnologia autônoma algo muito desejado em grande escala, em particular nas cidades inteligentes.
Assim, para tornar os carros autônomos viáveis, os testes que estão em andamento precisam garantir a segurança urbana. Além disso, também será preciso adaptar as leis que regem o código de trânsito local.
Mas o fato é que, assim que a inteligência artificial estiver otimizada a ponto de efetivamente dispensar a necessidade de condução humana, todas as empresas que quiserem se manter na esteira do avanço tecnológico irão aderir ao uso de carros autônomos.
Ficamos na torcida para que esse momento não demore a chegar. 🚗
Fonte: Mobinews