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ITAÚ UNIBANCO E ENEL FECHAM ACORDO PARA FORNECIMENTO DE ENERGIA RENOVÁVEL A AGÊNCIAS

Itaú Unibanco e a Enel Brasil fecharam um acordo para o fornecimento de energia renovável a mais de 2,1 mil agências do banco espalhadas pelo País

O Itaú Unibanco e a Enel Brasil fecharam um acordo para o fornecimento de energia renovável a mais de 2,1 mil agências do banco espalhadas pelo País. Grande parte delas passará a ser abastecida com energia solar proveniente de miniusinas solares de geração distribuída a serem desenvolvidas pela Enel X. Além disso, o banco fechou contratos de longo prazo para o fornecimento de quase 1 terawatts-hora (TWh), que serão destinados a outras 564 agências. O valor dos contratos não foi divulgado.

O banco já tinha feito uma primeira iniciativa no segmento de geração distribuída, para atendimento a cerca de 200 agências localizadas em Minas Gerais, mas agora amplia de maneira significativa o uso de energias renováveis. “Tínhamos um volume menor de 10% do consumo das agências com energia renovável e agora, com essa parceria, alcançamos outro patamar, chegamos a 80% do consumo com fontes renováveis, o que é um marco para a nossa agenda ESG”, disse o diretor de Agências do Itaú Unibanco, Francisco Vieira.



De fato, a parceria é anunciada pelo Itaú Unibanco como mais uma iniciativa que colabora para o compromisso Net-Zero do banco, que prevê a redução de suas emissões em 50% até 2030 e zerá-las em 2050. A diretora de Relações Institucionais e Sustentabilidade do Itaú Unibanco, Luciana Nicola, explica que a companhia já realiza há algum tempo o inventário de emissões e a compra de créditos de carbono para compensá-las, mas recentemente intensificou o esforço em olhar alternativas e buscar efetivamente uma redução das emissões. Neste sentido, o novo acordo de geração distribuída deve evitar a emissão anual de cerca de 10 mil toneladas de CO2, estima a empresa.

Mas, embora saliente que a parceria atende o compromisso com a sustentabilidade, o banco também admite o benefício econômico do acordo com a Enel. Sem revelar estimativas de economia com o custo de energia, o diretor de Patrimônio e Compras do Itaú Unibanco, Claudio Arromatte, afirma que as iniciativas anunciadas também garantem “maior previsibilidade nos custos de energia, ao evitar oscilações tarifárias”.

Novas usinas

Para a Enel, o acordo com o Itaú também representa uma mudança de patamar. O acordo prevê a instalação de 46 usinas de geração distribuída fotovoltaica, com capacidade de 54,7 megawatts-pico (MWp) de capacidade, que atenderão a 80% do consumo de 1.557 agências do Itaú em 14 localidades do Brasil, no maior contrato de geração solar distribuída já fechado pela da Enel X no mundo. O modelo do contrato é de “energy as a service”, com prazo de 10 anos e possibilidade de prorrogação. Com isso, o investimento ficará a cargo da elétrica. Considerados valores de mercado, os empreendimentos devem consumir aproximadamente 50 milhões de euros.

As usinas serão instaladas pela Enel X em localidades do Rio de Janeiro, Paraná, São Paulo, Goiás, Minas Gerais, Bahia, Pernambuco, Ceará, Pará, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Espírito Santo, Mato Grosso e Distrito Federal. O início de operação é esperado dentro de aproximadamente 12 meses. A energia deverá ser fornecida a agências com carga inferior aos 500 MW e atendidas em baixa tensão, características que impedem que possam aderir ao mercado livre.

Para as agências com carga superior a 500 MW, a opção é a compra de energia no mercado livre, o que será feito pela comercializadora Enel Trading. Neste caso, os contratos têm prazo de 8 anos.

Além do fornecimento da energia, a Enel também irá realizar consultoria e obras de infraestrutura em mais de 450 agências do Itaú para adequação ao mercado livre, seguindo os prazos regulatórios, com foco na redução dos custos e na gestão inteligente de energia. Além disso, a empresa do Grupo Enel atuará na coordenação do uso de energia no mercado livre de outras 564 unidades.

“Não é somente a construção, operação e manutenção de todos esses diferentes projetos (de geração distribuída), mas trazemos também um serviço de consultoria que permite ao banco aproveitar o máximo possível a entrada do mercado livre e implementamos um sistema que se chama UBM ((Utility Bill Management)”, destacou o executivo responsável pela Enel X no Brasil, Francisco Scroffa.

Ele se referiu a uma plataforma de gestão de pagamentos que permite monitorar as faturas de prestadoras de serviços e acompanhar o consumo de energia e água de todas as unidades da empresa e monitorar indicadores de sustentabilidade. A UBM irá monitorar por mês as contas de utilities de cerca de 3.100 unidades do banco.

Expansão

Vieira comentou que o Itaú tem ambição de chegar mais próximo de 100% das agências atendidas por energia renovável, mas indicou que o banco esbarra em questões técnicas para expandir dentro das alternativas atualmente utilizadas, como dificuldades de encontrar projetos viáveis de usinas de geração distribuída. “Nestas agências, futuramente, avaliamos outras alternativas, inclusive a instalação de painéis solares em cima da própria unidade”, comentou.

Fonte: Broadcast

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