Soluções e estratégias do mercado, que deve crescer 11,75% até 2027, precisam formar uma base sólida para empresas do setor, segundo CEO da SysMap Solutions
Na discussão sobre a evolução científica e tecnológica, o segmento de Saúde sempre esteve em pauta, seja pelo desenvolvimento de aparelhos de ponta ou pela descoberta de conceitos que melhoram o entendimento sobre o bem-estar do ser humano. Com o fortalecimento do conceito de phygital, em que as experiências dos mundos físico e on-line se complementam, a tendência é que o desenvolvimento de ambos caminhe de maneira cada vez mais unificada.
Um dos componentes essenciais é a integração de sistemas, base da TI que segue sendo ponto de atenção no processo de transformação de todos os segmentos. Assim como em outros setores da sociedade, a Saúde também foi impactada pela digitalização e a inovação de processos e ganhou tração nos últimos anos, por conta da pandemia.
“Fazer com que diferentes plataformas, soluções e ferramentas se conversem sempre foi um desafio da TI, que apenas se intensificou com o surgimento de tecnologias disruptivas. Na Saúde, essa necessidade se torna latente ao ponto que a medicina evolui para uma realidade preditiva e o dia a dia demanda mais agilidade, redução de custos, organização operacional, melhoria no atendimento e na gestão”, explica Daves Souza, CEO da SysMap Solutions.
Ainda que temas como telemedicina, prontuário eletrônico, segurança dos dados dos pacientes e unificação de informações já fossem amplamente discutidos, a intensificação do debate sobre internet das coisas e análise de dados, apontou novas possibilidades para o futuro no curto e médio prazo.
Com inteligência artificial, por exemplo, o setor ganha mais precisão e possibilidade de evitar que problemas – sejam eles de gestão ou de saúde – surjam. De um lado, a possibilidade de analisar uma base de dados que pode ajudar a predizer informações como número de leitos disponíveis e alívio da carga horária dos profissionais da área. Por outro lado, aprimorar diagnósticos ao viabilizar o estudo de centenas de outros casos semelhantes, e até mesmo prevenir doenças e surtos epidêmicos.
No entanto, segundo Souza, ainda é preciso garantir que os sistemas estejam integrados de maneira sólida e robusta para pavimentar a evolução do setor com conceitos complexos. Um estudo desenvolvido pela Skyquestt aponta que até 2027, o mercado de integração de sistemas de TI na Saúde deve crescer 11,75%, alcançando um total de US$ 6,9 milhões.
“Especialmente para os negócios do setor que não são nativos digitais, é impossível evoluir sem a correta integração de sistemas mais antigos, que ainda são imprescindíveis para o funcionamento das empresas como um todo. É esse processo que garante benefícios como agregação de setores, otimização de atendimento e maior segurança no acesso e compartilhamento, mitigando falhas no presente e no futuro”, acrescenta o CEO.
Essa expansão comprova a necessidade latente do investimento contínuo para que os dados possam ser compartilhados entre hospitais, centros médicos e laboratoriais, enfermeiros, farmácias e até o próprio paciente de maneira rápida, eficiente e segura.
Seguindo os parâmetros de camadas de proteção de dados, a Saúde na era phygital viabiliza o desenvolvimento da medicina preditiva. “Um futuro conectado é, antes de tudo, integrado e protegido. O potencial da unificação de informações provenientes de exames, consultas e até mesmo dispositivos vestíveis é gigantesco, mas isso só funcionará corretamente, de forma plena e sem falhas, se todos os recursos, dos mais simples aos mais complexos, conversarem entre si”, acrescenta Souza.