Muito importante para este movimento e para aumentar o índice ESG de governança nas corporações, a maior presença de lideranças femininas também já passou de uma tendência e se tornou realidade
Com a pandemia da Covid-19, os mercados de todo o mundo passaram por diversas mudanças e impactos, muito por conta do isolamento imposto e das medidas de segurança para combater o vírus, e também pelas incertezas sobre o futuro. Isso fez com que os mercados focassem e trouxessem para o debate novas medidas de proteção e temas importantes para a sociedade, entre eles os líderes de todo o mundo debatem soluções para o desenvolvimento sustentável das nações.
Com isso, a responsabilidade ambiental das empresas está em foco, e o índice ESG entrou na pauta. Fruto dos termos em inglês Environmental, Social and Governance (Ambiental, Social e Governança), ESG vem sendo cada vez mais mencionado nas reuniões de negócios de grandes corporações. Isso porque no Brasil e no mundo cresce a exigência de investidores e consumidores para que as companhias assumam uma postura voltada ao desenvolvimento ambiental, com atenção para as contribuições sociais e ações de governança.
E é fato que as empresas têm uma grande responsabilidade de devolver para a sociedade o que ganham por meio dela, isso faz com que a pauta ESG reforce esse ponto. É uma pauta essencial para fortalecer discursos e estratégias de crescimento, como a descarbonização das grandes corporações, por exemplo.
Além disso, as tomadas de decisão de diversas empresas já estão sendo realizadas com base na lógica do ESG. Empresas têm focado em iniciativas de melhor utilização de seus recursos, e em frentes que priorizam a sustentabilidade. Um exemplo é a diminuição de veículos em frotas, com o compartilhamento dos mesmos e a inserção de veículos elétricos.
Muito importante para este movimento e para aumentar o índice ESG de governança nas corporações, a maior presença de lideranças femininas também já passou de uma tendência e se tornou realidade. As corporações entenderam que visões diversas sobre um mesmo assunto faz com que as mudanças aconteçam de forma mais acelerada. Por isso, ter mais mulheres expondo seus pontos de vista, contribui de forma importante para que pautas como ESG sejam colocadas em prática.
Ter mulheres em lideranças faz com que a equidade das políticas estabelecidas seja priorizada. Mulheres desenvolvem projetos pensando também em mulheres, e isso faz toda a diferença para termos uma sociedade melhor para que elas consigam cada vez mais espaço. Quando uma empresa prioriza olhar para o ecossistema ao seu redor, causas do universo feminino ficam em evidência, já que ocupamos um espaço muito desigual. Uma corporação que trabalha pautas ESG, precisa trazer pessoas com diferentes aprendizados cognitivos para cargos de liderança. O que facilitará o cumprimento do que está sendo proposto.
Além de agregar nos pilares de atração e retenção de colaboradores que buscam trabalhar em empresas que investem em soluções sustentáveis, companhias e corporações que possuem o índice ESG estão sendo mais procuradas para investimentos, principalmente startups com tecnologia verde e sustentável, as GreenTechs, que estão surfando numa liquidez nunca vista antes.
Este cenário mostra que as companhias precisam incluir metas sociais em sua rota de crescimento, bem como no investimento em diversidade de lideranças e abertura de espaços para diferentes visões, para se adaptar à nova realidade da sociedade e atrair investimentos.
Estar em um cargo de liderança, me proporcionou trazer iniciativas pensando em serviços voltados para mulheres. Como exemplo, do serviço de carsharing que estamos fornecendo para a Housi, o foco principal desse projeto é justamente trazer mais segurança para as clientes. Assim como internamente, criamos um clube do livro o “recarregando as baterias”, voltado para as colaboradoras, sempre com livros de temas como “Liderança Feminina”.
As ideias e opiniões expressas no artigo são de exclusiva responsabilidade do autor, não refletindo, necessariamente, as opiniões do Connected Smart Cities
Co-Fundadora da Ucorp – Tecnologia para Mobilidade ESG, Startup referência em soluções para mobilidade elétrica, eleita pelo Estadão “TOP100 Empresas mais influentes em 2021”. E atua no desenvolvimento de negócios da área de Produtos Digitais na Liga Ventures. É empreendedora, mentora e consultora de prototipação para startups.