O estudo revela os desafios para o empreendedorismo feminino e como potencializar a contribuição das mulheres para uma recuperação sustentável e inclusiva
Pelo quinto ano consecutivo, a Mastercard apresenta os resultados do Mastercard Index of Women Entrepreneurs (MIWE), estudo que reflete a situação do empreendedorismo feminino em todo o mundo. O MIWE 2021 mostra o progresso e os desafios enfrentados pelas mulheres de negócios em 65 economias mundiais ao longo do ano passado. O Índice também inclui uma análise mais específica sobre o assunto em 10 economias principais, além de um anexo dedicado a destacar o impacto do COVID-19 para as empresárias.
Embora as mulheres tenham sido desproporcionalmente afetadas no trabalho pela pandemia (64% contra 52% dos homens), o Índice mostra que elas são empreendedoras resilientes e otimistas. Embora 2021 mostre uma diminuição da atividade empreendedora em geral, o percentual de mulheres em idade ativa que decidiram iniciar um negócio aumentou significativamente na América Latina, especialmente na Colômbia (9,3% vs. 8,4% para homens) e Uruguai (7,5% vs. 4,0% para homens).
O estudo revela ainda que as mulheres desempenham atualmente um papel fundamental na criação de novos negócios, contribuindo para a geração de emprego. Os resultados reforçam a necessidade de formulação de políticas de gênero que estimulem a participação das mulheres nos negócios, pois sua contribuição é decisiva para recolocar a economia no caminho do crescimento.
Três indicadores principais
O mais recente Índice Mastercard de Mulheres Empreendedoras (MIWE) usa 12 indicadores e 27 subindicadores para avaliar três componentes: A) Resultados do Progresso das Mulheres, B) Treinamento e Acesso ao Financiamento e C) Condições para o Empreendedorismo.
(A) Economias de renda média-alta como Brasil, Costa Rica, Uruguai e Colômbia mostram um progresso notável no Componente A, superando até mesmo economias desenvolvidas como Espanha, França, Alemanha e Reino Unido. A Colômbia lidera a categoria “Mulheres Líderes Empresariais”, com 55% dos cargos de liderança ocupados por mulheres.
(B) A Argentina é o único país da região que aparece entre os 20 melhores países do mundo no Componente B (Treinamento e Acesso ao Financiamento). O país é seguido pelo Uruguai e Chile, que também se destacam pela atividade empreendedora na região.
(C) O Brasil é a economia da região que mais subiu em posições no Componente C. Condições claras de apoio ao empreendedorismo são essenciais para a ativação do segmento, e Brasil, Chile e Colômbia lideram em termos de intenção empreendedora.
Outro ponto que chamou a atenção foi que a Covid-19 teve um alto impacto na taxa de desemprego globalmente, mas a América Latina foi a região mais afetada — principalmente no que diz respeito à Participação da Força de Trabalho Feminina. Todos os países registraram queda, enquanto vinte e duas economias registraram queda de 2% ou mais, sendo os países mais afetados Peru (-7,5%), Colômbia (-5,9%), Brasil (-5,8%), Equador (-5,8 %), Costa Rica (-5,5%), Argentina (-5,4%), Uruguai e México (-4,8%) e Chile (-4,5%).
O Índice Mastercard de Mulheres Empreendedoras (MIWE) 2021 é um chamado para o avanço de políticas públicas e práticas privadas que promovam a igualdade de gênero, pontos que fortalecem a economia das mulheres e sua contribuição para o crescimento econômico global.
E para atender a essa necessidade crescente e preencher a lacuna entre gerações de mulheres em STEM (ciência, tecnologia, engenharia e matemática), a Mastercard anuncia sua segunda maratona regional Girls4Tech, um programa para inspirar meninas a desenvolver essas habilidades em uma série de eventos virtuais e simultâneos que serão realizados em breve, em 17 países da América Latina e Caribe.
Girls4Tech é um programa focado em um currículo STEM único e interativo que visa impactar cinco milhões de meninas de 8 a 16 anos em 44 países até 2025. Seu currículo é traduzido para 19 idiomas e é baseado em padrões científicos e matemáticos globais que mostram tecnologia de pagamentos e é ministrado por funcionários da empresa como mentores.
“Empoderar as mulheres para que assumam seu lugar de direito é uma forma de empoderar a sociedade em geral, pois disso depende a recuperação sustentável e inclusiva da economia pós-Covid. Este estudo é uma ferramenta indispensável para analisar linhas de ação que abordam os desafios que muitas empresárias ainda enfrentam, e programas como o Girls4Tech são um atalho, pois oferecem às meninas de hoje a oportunidade de descobrir seus talentos e desenvolver o potencial que as transformará em mulheres de amanhã”, finaliza Estanislau Bassols, presidente da Mastercard Brasil.