Terceira edição do State of Innovation mostra que 2021 foi um ano marcante para a adoção de tecnologias, principalmente as ligadas à segurança, com destaque para o uso de biometria, tokenização e Inteligência Artificial na detecção de fraudes
Em um momento em que a América Latina caminha para uma nova era digital, a Visa (NYSE:V) apresenta os resultados da terceira edição do seu estudo State of Innovation, que revela uma rápida aceleração no índice de adoção de tecnologia entre as empresas da região, impulsionada pela mudança para uma estratégia de inovação mais descentralizada e aberta que está fazendo surgir novos modelos de inovação e aumentando o uso de tecnologias digitais. Enquanto em 2020 as empresas concentram-se em migrar para canais móveis e digitais na esteira da Covid-19, a nova pesquisa mostra que, hoje, elas estão trabalhando para solucionar as barreiras estruturais que atrapalham a digitalização. De fato, as tecnologias que melhoram a segurança e viabilizam experiências descomplicadas para os clientes têm sido as mais adotadas entre todas as empresas pesquisadas. Biometria, tokenização e Inteligência Artificial (IA) para detecção de fraudes foram as tecnologias com o maior aumento no uso no ano passado em relação a 2020.
Na edição de 2022, os resultados também mostram uma aceleração na inovação — o percentual de participantes que estão no estágio Avançado de inovação teve a maior alta, subindo de 17% para 23% em relação a 2020, demonstrando que as empresas mais inovadoras da região estão abrindo caminho para ecossistemas digitais mais confiáveis e fortes. Além disso, o número médio de Interfaces de Programação de Aplicativos (APIs) das entidades pesquisadas aumentou 53% em relação a 2020. O Brasil lidera com mais de um terço das empresas mais inovadoras. No país, as companhias tendem a ter mais parcerias com startups e são mais propensas a ter um investimento direto ou parcial. Além disso, elas também estão à frente em termos de tecnologia por terem um número significativamente maior de APIs e estão experimentando ativamente tecnologias avançadas, como IA, tokenização e criptografia.
“As conclusões desta edição refletem uma expansão contínua de inovações revolucionárias na região. É possível notar que as novas tecnologias não são mais um fim em si mesmas — elas se tornaram um meio essencial de resolver as dores mais urgentes do consumidor, revolucionando a forma como as empresas se relacionam com um universo mais amplo de clientes”, afirma Vanesa Meyer, vice-presidente de Inovação da Visa América Latina e Caribe. “Com o mundo evoluindo em um ritmo inédito, na Visa, estamos comprometidos a acompanhar continuamente o estado da inovação em nossa região para ajudar a impulsionar e fortalecer um ecossistema verdadeiramente inclusivo e digital.”
De acordo com o estudo deste ano, as 30 empresas mais inovadoras da região formam um grupo bastante diversificado. As nativas digitais representam 46% desse todo, enquanto as empresas tradicionais de emissão, comércio e aceitação perfazem os 54% restantes, demonstrando que muitas organizações mais antigas se reinventaram adotando modelos inovadores.
A pesquisa também revela as características mais importantes compartilhadas atualmente por essas empresas de alta performance:
– A inovação é descentralizada em toda a organização, está profundamente integrada à estratégia corporativa e é promovida pelos executivos do C-level com equipes autônomas e ágeis. Além disso, 93% das empresas mais inovadoras dizem usar incentivos para promover a inovação de forma mais ampla em toda a organização.
– Ao compartilharem abertamente seus dados, quebrarem silos e fazerem parcerias externas, elas adotam uma estratégia de inovação aberta para oferecer uma experiência superior aos seus clientes.
– Elas estão usando tecnologias de última geração, entre as quais, inteligência artificial (IA), machine learning, biometria, open banking, pagamentos mais rápidos e muitas outras para derrubar as últimas barreiras à digitalização: fraudes, pagamentos lentos, silos de dados e experiências de cliente desarticuladas.
– Em vez de se dedicarem a grandes lançamentos, essas empresas estão sempre revisando seus produtos e serviços atuais, usando testes contínuos em tempo real e feedbacks constantes dos clientes.
“Além dessas características importantes, as empresas mais inovadoras da região têm uma qualidade em comum: um desejo incansável de melhorar a jornada do cliente por meio de uma abordagem descentralizada e aberta. Seja resolvendo um desafio no mercado ou capitalizando uma oportunidade, elas estão em sintonia com as mudanças nas preferências e nas necessidades dos seus clientes”, acrescenta Vanesa.
Outras conclusões da terceira edição do estudo State of Innovation apontam que:
– Dois terços das entidades da amostra estão usando IA e machine learning (ML) para entender mais profundamente seus clientes e criar experiências personalizadas e individualizadas. O uso de IA aumentou em todas as entidades pesquisadas no ano passado e quase todas as empresas mais inovadoras adotaram IA e ML em alguma medida.
– Cada vez mais, as empresas têm adotado ferramentas de segurança avançadas para proteger informações sensíveis. Algumas das mais implementadas são IA para detecção de fraudes, tokenização e biometria, que em 2021 registrou o maior uso (74%) entre as empresas pesquisadas, sendo a autenticação facial a aplicação mais usada (63%).
– Há uma crescente descentralização dos serviços financeiros por meio de tecnologias como open banking, a ativação de tudo como um serviço (everything-as-a-service) e blockchain. Na verdade, quase metade das empresas pesquisadas e 60% das mais inovadoras indicam que já estão desenvolvendo soluções de open banking.
– Há também uma ênfase comum no comércio de baixo contato, seja por meio da digitalização de processos manuais ou da implementação de tecnologias de pagamento por aproximação.
– Cada vez mais, os emissores mais inovadores da região, entre os quais bancos, fintechs e exchanges de criptomoedas vêm adotando processos de onboarding e aprovação totalmente digitais e instantâneos como padrão — cerca de dois terços já estão trabalhando para habilitá-los.
– As empresas estão adotando uma estratégia omnichannel para garantir uma experiência consistente ao usuário e chegar a novos clientes. Hoje, os varejistas mais inovadores gerenciam quase uma dúzia de canais de vendas, entre os quais, lojas físicas, aplicativos móveis e diferentes aplicativos de mensagens e plataformas de mídia social.
– A Identidade Digital, onde os dados pessoais dos consumidores são armazenados na nuvem, é uma tendência em rápida aceleração na América Latina — 20% das empresas pesquisadas disseram que já estão usando open banking para casos de uso de identidade digital.
– As empresas estão cada vez mais interessadas em produtos cripto. No entanto, a implementação desses produtos continua limitada — apenas 8% das empresas pesquisadas relatam algum grau de integração com criptomoedas. Porém, mais de um terço das empresas pesquisadas (34%) indicaram que estão desenvolvendo produtos cripto ou que os incluíram em seus planos estratégicos.
A pesquisa foi conduzida pela Americas Market Intelligence (AMI) no período de maio a novembro de 2021 e envolveu a avaliação de mais de 100 empresas da América Latina com base em cinco pilares de inovação: suporte interno para a inovação, colaboração externa, execução, uso de tecnologia e capacidade de escala. As empresas participantes foram classificadas em cinco estágios de inovação: inicial, em desenvolvimento, intermediário, avançado e inovador nato/maduro. O estudo incluiu entrevistas com CEOs, COOs, CTOs e fundadores de empresas.