As GovTechs, startups com atuação principal no aprimoramento da gestão pública, podem ser protagonistas na inovação da administração governamental. Além disso, as startups desse setor que buscam aplicações para ampliar a eficiência da gestão pública são a ampla maioria (90,2%) nesse mercado. As subcategorias cidades inteligentes (23,9%), soluções para o meio ambiente (13%), alvarás e licitações (13%), e monitoramento por meio de dados (13%) são as mais atuantes. As demais (9,8%) pertencem à categoria de comunicação com o cidadão. Essas são algumas das conclusões da pesquisa “RegTech 2021: posicionamento estratégico”, conduzida pela KPMG com apoio do Distrito, com dados de 51 GovTechs.
“As GovTechs estão orientadas para a melhoria dos serviços públicos e a participação dos cidadãos na gestão pública. A pesquisa apresenta uma análise detalhada do perfil dessas startups, incluindo região, ano de fundação, faturamento e perfil dos sócios. Esse diagnóstico é relevante para acelerar aspectos de inovação. Além disso, soluções baseadas em tecnologia são relevantes para a superação de desafios regulatórios e a transformação da sociedade”, afirma Dustin Pozzetti, sócio-líder da área de Consultoria da KPMG no Brasil e na América do Sul.
O conteúdo destacou ainda que as GovTechs estão concentradas principalmente na região Sudeste (47%), mas também atuam no Sul, (27,5%), Centro-Oeste (11,8%), Nordeste (9,8%) e Norte (3,9%). Sobre ano de fundação, grande parte ocorreu entre 2011 e 2015, quando 23 GovTechs, ou seja, 45,1%, surgiram no mercado. Pouco mais de um terço (35,3%) delas iniciaram operações entre 2016 e 2019, 13,7% entre 2000 e 2010, e 5,9% antes de 2000.
Se analisado o faturamento presumido das GovTechs mapeadas, 85% estão em fase inicial, entre R$ 360 mil e R$ 5 milhões, o que indica que elas já faturam, mas ainda não têm escala para atingir faixas superiores. Somente 7 possuem faturamento entre R$ 5 milhões e R$ 25 milhões. As GovTechs empregam mais de 700 pessoas, sendo 16,4 o número médio de colaboradores na amostra mapeada. Sobre perfil profissional, 2,3 é a média de sócios por empresa. A maioria (91,6%) é do gênero masculino e 8,4% são do gênero feminino.
“A publicação da KPMG em parceria com o Distrito revelou ainda o atual panorama das RegTechs e o ecossistema existente, startups que atuam no ambiente regulatório e suas transformações tecnológicas. No Brasil, nos últimos cinco anos, os investimentos nelas ultrapassaram US$ 100 milhões. No mundo, nos últimos seis anos, a cifra foi de US$ 18 bilhões em 1.071 rodadas de investimentos. Sobre os países em que estão localizadas as RegTechs, os Estados Unidos se sobressaem, com 16 unicórnios e em seguida a China com 8 unicórnios. Na América Latina, não há unicórnios no mercado de RegTechs, o que faz a região apresentar excelentes oportunidades de negócios”, afirma Marcelo Ribeiro, sócio de Regulatório da KPMG no Brasil. A evolução do funding total é a seguinte: US$ 900 milhões em 2014; US$ 1,1 bilhão em 2015; US$ 1,2 bilhão em 2016; US$ 1,9 bilhão em 2017; US$ 4,5 bilhões em 2018; e US$ 8,5 bilhões em 2019.
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