Evento gratuito com transmissão simultânea apresentou mais de 20 expositores, 10 painéis temáticos de soluções, além de mais de 5000 visualizações nas transmissões online
Com mais de 40 palestrantes, aproximadamente 1.600 participantes, 20 expositores, 10 painéis temáticos com soluções para a construção sustentável, executivos de construtoras, empreiteiras, incorporadoras, consultoria e gerenciamento de obras, projetistas, fabricantes de materiais e equipamentos, agentes financeiros, fundos de investimentos, agentes públicos, além de acadêmicos, entidades de classe, estudantes e demais interessados participaram da 1ª Feira Virtual de Construção Sustentável (FVCS), realizada entre os dias 25 e 26 de outubro.
O evento, organizado pelo Projeto EEDUS – Eficiência Energética para o Desenvolvimento Urbano Sustentável, uma realização da Secretaria Nacional de Habitação do Ministério do Desenvolvimento Regional (SNH/MDR) e da Cooperação Alemã para o desenvolvimento sustentável por meio da Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ) GmbH, foi gratuito, 100% online e transmitido por plataforma exclusiva. O objetivo foi servir de palco para troca de conhecimentos e realização de negócios entre diferentes empresas, a sociedade civil e o setor público. Foram mais de 5000 visualizações nas transmissões online.
ESG e Financiamento Verde
Roberto de Souza, CEO do Centro de Tecnologia de Edificações (CTE) participou do painel temático sobre ESG e financiamento verde. Roberto disse que inspirar mudanças positivas na construção e na sociedade é um propósito. “O CTE representa o GRESB no Brasil, e oferece um padrão global para investidores avaliando a gestão, o desempenho em energia, o consumo de água, e o desenvolvimento durante o projeto de construção e renovação de edifícios. Na implantação do ESG, a empresa é avaliada até que se torne uma benchmark e seja um padrão de referência”, afirmou.
Claúdia Eloy Magalhães, Diretora da Magalhães Eloy Consultoria, trouxe a informação que as hipotecas verdes já estão acontecendo na América Latina, a exemplo do crescimento notável do mercado europeu. “O que se percebe por aqui é um movimento crescente de disposição para se alinhar às empresas ao movimento ESG, mas o social ainda é muito lateralizado” disse Claúdia.
Tecnologias Inovadoras na construção civil brasileira
No painel de Tecnologias Inovadoras na construção civil brasileira, Luciana Oliveira, Gerente Técnica do Laboratório de Tecnologia e Desempenho de sistemas construtivos do IPT, afirmou que são 4 os pilares da inovação tecnológica: a sustentabilidade, os materiais inovadores, a transformação digital e a industrialização da construção. Luciana comentou que a inovação tecnológica é uma potencial solução para o setor, porque é um aprimoramento que resulta de pesquisas e análises. “No Brasil, o que é muito importante é o SINAT, um indutor de inovação que homogeniza os métodos de avaliação com conceito de desempenho. A inovação é uma tendência e um caminho para nos ajudar a vencer os desafios do setor”, disse.
Johannes Klingberg, Projeto PGIQ da Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ) GmbH, acrescentou que “maturidade digital é reduzir o tempo que a empresa precisa em uma falha de equipamento, para implementar uma mudança de acordo”. Johannes ainda comentou que a “adoção do BIM integra novos modelos de negócios para a cadeia produtiva”. O BIM é um conjunto de informações criadas e mantidas durante todas as etapas da construção de uma obra.
Conformidade x Sustentabilidade
Para este painel, Roberto Lamberts, Professor do Departamento de Engenharia Civil e do Laboratório de Eficiência Energética das Edificações da UFSC, comentou sobre a ISO 52.000, que trata do desempenho energético dos edifícios. “As edificações mais eficientes têm redução de carga térmica, e possuem equipamentos de ar-condicionado mais eficientes. Já nas edificações não residenciais há apenas uma instrução normativa que está em processo de adoção para a nova métrica”, disse Lamberts.
Vera Hachich, Membro e Sócia Diretora do Conselho Brasileiro de Construção Sustentável e Tesis – Tecnologia de Sistemas em Engenharia, também acrescentou dizendo que conformidade seria adequação, durabilidade e qualidade. “Os padrões de consumo sustentáveis devem ter 90% de conformidade nas cestas de produtos de construção. Não existem produtos sustentáveis se não cumprem com o desempenho adequado ao que se destinam”, disse Vera.
Soluções digitais para a construção sustentável
No último painel temático que foi apresentado no segundo dia da Feira, Alessandra Lacerda, Conselheira Interina do BIM Forum Brasil, disse que a grande vantagem de utilizar o BIM é a pré-construção, evitando riscos que poderiam acontecer durante o processo. “Desde 2021, já existe a obrigatoriedade da implantação do Bim nos processos de construções sustentáveis. A ideia é informar e coordenar esforços, no setor público ou privado, para que as ações busquem otimizar recursos e maximizar resultados”, afirmou.
Todo o conteúdo da 1ª Feira Virtual de Construção Sustentável (FVCS) ficará disponível, para inscritos, até janeiro de 2022. Mais informações, acesse o site da Feira.
Assessora de Imprensa da Necta – Conexões com Propósito