Instalada há sete anos, a solução gera economia de mais de 50% por mês na conta de luz
Já em 2014, bem na época em que o Brasil sofria com os constantes apagões em função da primeira grande crise hídrica, o engenheiro mecânico Henrique Mendonça começava a desfrutar das vantagens da energia solar. A sua casa está entre as seis primeiras a ter energia solar da capital catarinense, 17ª de Santa Catarina a ser conectada na rede da distribuidora Celesc e 370ª do Brasil, segundo os registros da Aneel.
Após uma série de cursos técnicos sobre sistemas fotovoltaicos, Mendonça decidiu montar uma planta piloto em sua residência em Florianópolis para testar a tecnologia. “Tudo era difícil, os equipamentos supercaros e havia pouca disponibilidade de componentes e fornecedores. Além disso, a troca de experiências era bem restrita, pois quase não existiam experts com vasta experiência”, diz.
Assim, depois de muito network e horas de trabalho, inclusive em sua própria oficina, e sob a orientação do seu professor e colaboração do FSP VoltMAIS, Mendonça instalou o sistema fotovoltaico com o inversor Galvo 3.1, de 4.05 kWp, modelo da austríaca Fronius, recém-lançado no Brasil e na Europa na época.
Hoje, em pleno momento em o problema da crise hídrica volta a elevar as tarifas de energia, o usuário catarinense vê que a sua conta de luz ainda resiste a estas elevações de preços. Com os créditos gerados pelo sistema fotovoltaico, o desconto no boleto pode ficar entre 45% e até um pouco mais de 60% ao mês. “Em média, o meu consumo gira entre 450kWh a 650kWh por mês, mas, com os créditos, fica entre 330kWh e 220kWh”, afirma.
A economia proporcionada pela geração própria de energia é expressiva principalmente no verão, quando o ar condicionado fica ligado praticamente o dia todo para amenizar as altas temperaturas de Florianópolis, o que eleva o consumo de eletricidade.
Para otimizar a eficiência energética, Mendonça instalou em sua casa sistema de captação e reuso de água da chuva, iluminação com lâmpadas LED, eletrodomésticos e equipamentos eletrônicos modernos e mais eficientes que consomem menos energia, além de hábitos que promovem uso racional de energia.
Para instalar a solução fotovoltaica, o consumidor investiu cerca de R$ 28 mil e, apesar da economia gerada, ainda não obteve o retorno do investimento. “O meu sistema foi implantado quando os valores estavam bem altos, mas não me arrependo. É o preço justo pago pelos inovadores”, explica.