A Indústria 4.0 já está na pauta estratégica da maioria das empresas brasileiras, mas se tornará realidade somente quando a liderança for conjunta e executada de forma integrada. Além disso, o novo cenário econômico mundial, as novas exigências de sustentabilidade, a inovação e as mudanças no comportamento da sociedade ampliaram as discussões sobre a Indústria 4.0. Esse tema passou a integrar, em 2021, a lista das três principais prioridades dos Comitês Executivos de 64% das manufaturas de grande porte e 61% das principais empresas de agronegócio do Brasil.
Essas são algumas das conclusões da primeira parte da pesquisa “Indústria 4.0 no Brasil: cenário e perspectivas”, conduzida por KPMG e Stratica com 114 executivos, sendo 100 respondentes da pesquisa quantitativa e 60 da pesquisa qualitativa de profundidade, de 86 empresas distintas. Na amostra, 46 executivos participaram de ambas as análises, 54 somente da pesquisa quantitativa e 14 somente das entrevistas qualitativas.
“O objetivo da pesquisa foi mapear o cenário atual e as perspectivas na aplicação da Indústria 4.0 no Brasil, com base em estudo primário sobre nível de adoção, exemplos de casos de uso, benefícios, desafios e tendências de evolução”, afirma Luiz Sávio, sócio-líder de Indústria 4.0 KPMG no Brasil.
Muitos executivos, segundo a pesquisa, consideram a Indústria 4.0 como uma evolução natural das empresas, embora reconheçam que orçamento e barreiras culturais são grandes entraves. Contudo, há motivos para otimismo, uma vez que as entrevistas pessoais qualitativas com os respondentes das áreas industriais e de tecnologia e inovação revelaram que os projetos da Indústria 4.0 apresentam maior chance de sucesso quando aprovados nos conselhos empresariais e liderados com o comprometimento do CEO.
O conteúdo também revelou que, desde que a necessidade de melhor uso dos dados tornou-se obrigatória em grande parte das discussões estratégicas e nas reuniões operacionais de negócios, a Tecnologia da Informação (TI) tem sido mais envolvida. De acordo com a pesquisa, a área de TI já é envolvida em discussões estratégicas e no roadmap da Indústria 4.0 em 79% das manufaturas e 93% das empresas de agronegócio. Outras áreas também envolvidas são produção e engenharia (mais de 80% dos casos) e operações, serviços e logística (cerca de 50% dos casos).
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