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PILARES NAS CIDADES INTELIGENTES, A EDUCAÇÃO E O TRABALHO, DEVEM ASSUMIR O SISTEMA HÍBRIDO MESMO NO PERÍODO PÓS PANDEMIA

Thomaz Assumpcao
Thomaz Assumpcao
Fundador e CEO da Urban Systems, empresa sócia do Connected Smart Cities & Mobility. Formado em Engenharia pela FEI e com especialização na Strathclide University (Glasgow) e Marketing - UCLA- University of California, atuou como diretor de marketing da Método Engenharia, sendo responsável por trazer ao Brasil alguns dos conceitos de mercados emergentes, como lazer, turismo e sênior living.

As cidades, que já estavam em situação financeira crítica antes da pandemia, estão com ainda mais dificuldades uma vez que agora, grande parte dos orçamentos das cidades, estão destinados aos esforços de saúde

O planejamento e o modo de vida nas cidades mudaram completamente com a chegada da pandemia da COVID-19, em março de 2020. O isolamento social impactou diversos setores, entre os mais impactados e com efeitos diretos na vida das pessoas e na construção de cidades inteligentes estão: a educação e o trabalho, atividades que normalmente estão ligadas à aglomeração. 

As cidades, que já estavam em situação financeira crítica antes da pandemia, estão com ainda mais dificuldades uma vez que agora, grande parte dos orçamentos das cidades, estão destinados aos esforços de saúde, tendo que deixar algumas mudanças estruturais e planejamentos em espera. 



Em relação à educação e ao trabalho, com o tempo esse impacto possa não ser necessariamente negativo, uma vez que as mudanças podem trazer possibilidades de criar estratégias que tragam como consequência uma melhoria na vida nas cidades. 

Tecnologia

Assim como as escolas, as empresas também são locais onde as aglomerações são inevitáveis, portanto, esses dois setores se utilizaram das plataformas digitais continuidade das atividades. No caso da educação, o ensino à distância (EAD) foi amplamente utilizado, além do teletrabalho, ou home office. Além das aulas virtuais, foram ministrados cursos de capacitação a servidores e professores também de forma remota. 

A instauração do ensino e do trabalho híbrido, o que implica na revisão de práticas de ensino e corporativas ultrapassadas serão grandes heranças da pandemia. A mescla de aulas e trabalho home office ao presencial acabou ocasionando o formato híbrido que antes da pandemia era um projeto e agora virou uma realidade com isso as instituições de ensino e empresas privadas estão se adequando a essa nova realidade cada dia mais após um ano de isolamento social.

Impactos positivos

O ensino a distância e o home office trarão, com certeza, impactos positivos sobre a mobilidade urbana, mesclando o deslocamento com a coerência geográfica, ou seja, as pessoas tendem a se deslocar cada vez menos e dar preferência aos locais próximos a sua moradia. Outro grande impacto é em relação à redução do congestionamento nas cidades em função dos veículos particulares, com a incorporação do home office, na maioria das empresas.

No entanto, é preciso se preocupar com as classes trabalhadoras que não se enquadram nesse sistema de home office, exigindo dos gestores das cidades uma atenção maior ao sistema de transporte público. 

Tudo isso nos confirma a tendência de que a cidade deve se descentralizar diminuindo a mobilidade urbana. As alternativas mais viáveis pós pandemia, trazem a ideia de cidade compacta e policêntrica, onde as pessoas possam trabalhar, estudar, se divertir e se deslocando o mínimo possível.

As ideias e opiniões expressas no artigo são de exclusiva responsabilidade do autor, não refletindo, necessariamente, as opiniões do Connected Smart Cities  

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