GWEC cita país como bom exemplo em análise sobre gargalos globais de mão de obra para energia do vento
Um novo relatório divulgado hoje conclui que a indústria eólica precisará treinar mais de 480 mil pessoas nos próximos cinco anos para atender à demanda do mercado global. Somente no Brasil, 3.737 profissionais precisarão passar por treinamento para sustentar a instalação programada de 9,7 GW adicionais de eólica em terra até 2025. O estudo foi conduzido pelo Conselho Global de Energia Eólica (GWEC) e pela Organização Eólica Global (GWO) em parceria com o Renewables Consulting Group (RCG).
O treinamento padronizado global é fundamental para garantir a saúde e a segurança da força de trabalho e salvaguardar a sustentabilidade da indústria eólica e a licença para operar na transição energética. Essa qualificação é essencial nos segmentos de construção, instalação, operação e manutenção da cadeia de valor da energia eólica, que representam apenas uma fração dos postos de trabalho desta indústria. Não estão incluídos nessa conta empregos gerados em aquisições, fabricação (o segmento mais intensivo em mão de obra) e transporte, por exemplo.
Atualmente, o mercado de treinamento da GWO, considerado o padrão global para treinamento da força de trabalho eólica, tem a capacidade de suportar a qualificação de 200 mil trabalhadores até o final de 2022. O relatório conclui que esse ritmo de treinamento pode não ser suficiente para formar outros 280 mil trabalhadores necessários para instalar os 490 GW previstos de nova capacidade de energia eólica que entrará em funcionamento nos próximos cinco anos.
Mais ambição, mais trabalho
Mais de 70% da nova demanda global de treinamento de mão-de-obra virá dos 10 mercados analisados no relatório: Brasil, China, Japão, Índia, México, Marrocos, Arábia Saudita, África do Sul, Estados Unidos e Vietnã. Os mercados avaliados foram selecionados pela diversidade regional e por serem os maiores mercados eólicos onshore do mundo, mercados de alto crescimento para vento onshore e offshore ou mercados eólicos emergentes.
“Fomos capazes de modelar com precisão a demanda futura de pessoal treinado pela GWO durante os próximos cinco anos – um período crítico no caminho para o zero líquido. O modelo e as previsões apresentadas serão regularmente refinadas à medida que mais dados se tornarem disponíveis e que o ritmo de crescimento da capacidade se acelerar”, explica Ed Maxwell, diretor do Renewables Consulting Group.
Para o especialista, há um potencial significativo inexplorado para a cadeia de fornecimento de treinamento e educação industrial em países de todo o mundo. “Organizações do setor com capacidade de oferecer o treinamento adicional necessário podem desenvolver programas GWO agora para atender a esta demanda futura”.
Com informações da Assessoria de Imprensa
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